you make everything so... simple

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Donghyuck estava sentado no meio de um bar universitário, em uma mesa com mais vinte pessoas da Belas Artes, e entre elas, Mark estava sentado logo à sua frente. Naquele momento a única coisa que ele queria fazer era esmurrar a própria cara contra a mesa, mas aquilo iria assustar todos a sua volta, inclusive Mark, então ele se contentou em apenas cruzar os braços e gritar mentalmente.

Eu quero te chupar.

Essa mensagem era a última coisa que tinha mandado para Mark Lee, quando o viu todo suado e gostoso no meio daquela quadra. O problema era: até agora, a desgraça da mensagem não tinha sido visualizada pela anta sentada à sua frente.

Na verdade, ele não podia culpar Mark. Assim que ele fez a última cesta do jogo e o placar deu vitória para a Belas Artes, o mais velho não teve tempo de sequer tomar um banho e trocar de roupa, quanto mais olhar o telefone. Todos foram arrastados para um lugar que vendia frango frito e cerveja, para comemorar a primeira vitória de muitas naquela temporada de jogos.

- Que foi? O frango que você pediu está ruim? Você está com uma cara tão estranha – Renjun perguntou apontando para o prato de Donghyuck.

Jaemin, que estava sentado ao seu lado, pegou um pedaço do frango e experimentou.

- Não, o frango está bom. Essa é a cara normal dele. É feia assim mesmo – Jaemin constatou e deu um gole em sua cerveja.

Hyuck poderia ter retrucado, mas sequer estava prestando atenção. Ele estava, na verdade, esperando o momento que Mark olharia a porcaria do seu celular, mas ele estava tão distraído conversando com todos e bebendo que sequer tinha trocado uma frase completa com Hyuck, quanto mais olhado suas mensagens.

Depois do que pareceu uma eternidade, as conversas diminuíram e Hyuck finalmente viu o mais velho se calar e começar a comer. Pelo amor de Deus, ele não olha o celular nem para ver as horas? Ele xingou mentalmente.

Aproveitou que Jaemin e Renjun estavam ocupados demais brigando entre si pelo último pedaço de frango para prestar atenção nele e pigarreou, chamando a atenção de Mark. Este levantou os olhos para encarar Donghyuck, e abriu um sorriso discreto.

- Que horas são, Mark? - Ele perguntou numa tentativa de fazer o garoto mexer no próprio celular.

Mark rapidamente pegou o aparelho em seu bolso, mas na hora de ligá-lo... nada. Tela preta.

Deus só podia estar brincando.

- Merda, eu devo ter me esquecido de carregar.  A bateria acabou, desculpa - Ele fez um pequeno bico - Ei, alguém pode me dizer que horas são?

Alguém respondeu exatamente o horário, mas Donghyuck sequer escutou. A única coisa que em que prestava atenção eram as vozes em sua cabeça gritando para que ele se jogasse de uma ponte logo, mas não antes de levar o celular de Mark com ele.

Era isso, ele tinha se enchido de tesão e mandado uma mensagem vergonhosa para nada, absolutamente NADA.

Quer dizer, ele até poderia falar para Mark o que ele tinha em mente para os dois depois do jogo, mas o timing já tinha ido pro saco. Mark provavelmente estava exausto e levemente bêbado, além de que ainda precisava tomar um banho. A ideia de chupá-lo ainda naquele dia já não era mais uma opção.

Droga.

Hyuck suspirou e deu um grande gole de sua cerveja, enquanto encostava-se à cadeira.

- Grande sorte, Donghyuck, grande sorte.


-


No dia seguinte, logo de manhã, Donghyuck estava no vestiário do centro esportivo universitário, preparando-se para a partida de futebol que teria contra o pessoal da Educação Física. Ele tinha que admitir que, por mais que fosse ótimo em futebol, estava duvidando muito que iriam ganhar.

lemonade | markhyuckOnde histórias criam vida. Descubra agora