Emma Swan.

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POV EMMA

Mais um dia cheio no restaurante, e tudo que eu queria era chegar em casa, jogar os pés pra cima, e degustar de um bom vinho.

Minha cabeça estava doendo, e sabia que era efeito do meu recente término com Killian.

Killian e eu namoramos por 3 anos, ficamos noivos, e iriamos nos casar dentro de alguns meses, porém, em uma noite, a idiota aqui resolveu surpreendê-lo, e quem acabou surpreendida foi eu.

O safado estava na cama com outra mulher. Nosso relacionamento ia bem? Não! Mas também não ia tão mal ao ponto de pegá-lo na cama com outra. Tudo bem que a distância sempre nos atrapalhou, mas não era tão grave assim, eu dava meus pulos para encontro-lo em São Paulo ... mas para ser sincera, acho que isso nunca foi o verdadeiro problema. O verdadeiro problema era o amor, esse sentimento creio que nunca existiu entre nós.

Estacionei meu Jaguar em minha vaga, desci do carro e peguei o elevador.

Meus pensamentos foram imediatamente para o bendito fim de semana que passaria na chácara de meus pais em Petrópolis. Como contaria para a senhora Mary, que meu noivado com Killian tinha chegado ao fim? Minha cabeça latejava ainda mais só por imaginar a reação dela. Com meu pai eu não me preocupava, ele nunca gostou desse noivado mesmo.

Assim que destranquei a porta da minha cobertura, fui imediatamente tirando meus saltos, mesmo tendo mania de organização, eu deixei os sapatos ali na entrada mesmo. Caminhei até a adega que tinha em minha cozinha, escolhi uma maravilhosa garrafa de vinho francês, e despejei o líquido em uma de minhas taças. Apoiei a mesma em meu balcão, dobrei as mangas de minha camisa, fiz um coque desajeitado, voltei a segurar a taça, e caminhei até minha sacada.

Analisei melhor a vista, Rio de Janeiro era lindo de qualquer lugar. Eu morava no Leblon, bem perto do meu restaurante, e perto também da minha faculdade, o que facilitava bastante as coisas.

Deixei que um sorriso escapasse por meus lábios, ao ver as cores que o entardecer trazia. Tudo que eu queria era relaxar, eu sabia que grandes surpresas esperavam por mim, conseguia sentir isso.

Estava feliz também com a volta de Robin, meu irmão foi para os Estados Unidos a dois anos, e agora estava de volta, detalhe, estava de volta com sua namorada. Como era mesmo o nome dela? Puxei em minha memória ... Renata? Não! Regina! Isso mesmo, minha cunhada se chamava Regina.

Provavelmente era mais uma mulher incrível que Robin namoraria por algum tempo, e em seguida descartaria como se fosse nada.

Bom, eu queria acreditar que não. Mas conhecendo meu irmão como eu conhecia, provavelmente era isso que ele faria.

Olhei rapidamente a chamada em meu celular, e sorri ao ler o nome de Ruby, minha melhor amiga / irmã / administradora, escrito no visor.

-Qual é o problema da vez? - Perguntei bebendo um pouco do líquido da taça.

-Não é problema, bom, eu acho que não é ...

-Diga de uma vez, Ruby. Não vamos poder ir para Petrópolis, é isso?

-Bem que você gostaria que eu dissesse sim, não é ?! Afinal, se não fôssemos você não teria que dar explicações para a sua nada amável mãe.

-Ruby, não é nada disso ... eu estou animada para ir, quero rever meu irmão ...

-Um machista, ignorante, que sempre amou ter o que era seu ... aham, tá bom que você está animada para revê-lo.

-Eu estou ... talvez esse novo relacionamento tenha o feito mudar.

-O diabo não muda, Emma.- Segurei o riso. Ruby e Robin não se davam muito bem, motivo? Ele era machista, egocêntrico, e preconceituoso.- Eu tenho é dó da mulher que estiver com ele ... essa vai pro céu direto.

-Aí Ruby, para com isso ... eu acredito na mudança das pessoas.

-Porque é boba. Olha o que aconteceu quando achou que o Killian tinha mudado ... levou um chifre gigante, me assusta muito o fato de conseguir passar nas portas ...

-As vezes eu odeio você.

-Me odeia porque sabe que eu estou certa ...- revirei os olhos mesmo que ela não pudesse ver, e deixei um sorriso escapar.

-Ok senhorita sempre certa, diga o motivo de ter me ligado.

-Saudades não conta?! - ela gargalhou do outro lado.- Agora é sério, teremos uma reunião sobre a expansão do restaurante para Paris. Vamos chegar provavelmente para o almoço.

-OK! Eu ligo e aviso a dona Mary. Vou culpar você ...

-A culpa sempre cai nos mais fracos, não é ?! Culpe minha mãe, você sabe que com dona Ingrid a Mary não se mete.- eu gargalhei dessa vez.

-Doida. Mas mudando de assunto, como a tia Ingrid está?

-Muito bem, ela estará na festa amanhã a noite, e está furiosa com você.

-Comigo? - perguntei incerta.

-Sim, com você, faz quantos meses que você não a visita mesmo? - deixei um suspiro escapar, eu estava em falta com minha tia.

-Ok, assumo a culpa. Faz seis meses que não a vejo pessoalmente. Mas agora vou visitá-la mais vezes.

-Ótimo, diga a ela quando se encontrar. Agora eu vou indo! Beijo loirão!

-Beijo Ruby.- sorri e encerrei a chamada.

Algo dentro de mim dizia que o dia de amanhã me reservava fortes emoções.


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A irmã do meu namoradoOnde histórias criam vida. Descubra agora