Lar durável por um ano

14 4 0
                                    

Depois de alguns minutos, Allyson voltou para o quarto, juntas descobrimos que debaixo da cama tinha gavetas. Cada uma arrumou suas roupas, e depois descemos para a lanchonete do primeiro andar dos dormitórios.

— Lauren, eu compro a comida e você escolhe um lugar para nos sentarmos.-Confirmo com a cabeça, e vou em direção aos sofás.

No primeiro andar tinha poucas pessoas: um garoto loiro com uma jaqueta de algum clube de futebol americano, outro garoto negro vestindo jaqueta de couro na lanchonete ao lado de Allyson, os dois conversavam animadamente, e por último uma garota morena usando calças pretas e um moletom sentada em um sofá.

— Merda, caralho, puta que pariu! -Ouço a garota proferir baixo em português.

— Hei! Brasil? - pergunto empolgada.

— Isso! Deu certo! -Ela fala alto em português.

— Quê? - pergunto em total confusão.

— Ah! É que vi um vídeo de uma menina no tico teco, falando que se você xingar em português os brasileiros te acham! Deu certo, não? -Ela se levanta do sofá.

— Realmente deu certo! Aliás, meu nome é Lauren.

— O meu Veronica! Sou do Rio Grande do Sul e você…

— Do meu país, Minas Gerais!

— Ah! Você sabe fazer pão de queijo?

— Mais ou menos, mas acredito que sai pelo menos um. —

Uma hora testaremos, porque pão de queijo é tudo!

— Sim, fato.

— Lauren? Seu sanduiche. - A voz de Allyson relata atrás de mim, me viro a vendo segurar uma caixinha com um sanduíche e um saquinho com cachorro quente.

— Ah, obrigada! Quanto foi? -Pergunto pegando alguns poucos dólares no bolço das minhas calças.

— Não precisa pagar, foi tudo baratinho.-Allyson e sua simpatia de sempre.

— Allyson, eu pago.-Insisto. Certo que eu não tenho muito dinheiro, o que tenho é o que o programa me deu, mas eu sempre paguei tudo que eu consumi fora da minha casa, não será aqui que farei diferente.

— Shiiih, Lauren, a garota ta te oferecendo comida de graça! Tá na bíblia brasileira “não rejeites comida dada de bom grado de seu amigo gringo”! -Gargalho com as palavras de Veronica.

— Oh! Você também é do Brasil? -Allyson pergunta.

— Sim! Estou procurando mais brasileiros porque suponho que não aguentaria sozinha. -Novamente gargalho e Allyson me segue.

Emfim, pego meu sanduíche, depois pago-lhe. Sento-me no sofá, juntamente de Veronica, Allyson faz o mesmo.

— Vocês começarão que ano? -Veronica pergunta.

— Nós duas, faremos o último!-Allyson responde acenando para mim.

— Eu também! Vocês têm cara de inteligentes, isso é bom… para mim! -Rimos da fala da morena.

— As aulas começarão na próxima semana, já escolheram as matérias que vão querer fazer?-A baixinha pergunta. 

— Artes, Música e espanhol.-respondo rapidamente.

— Boa escolha! Farei espanhol e Música também! -Estende a mão e damos high-five

— Vamos ver se achamos mais um brasileiro?-Veronica pergunta, mexendo as sobrancelhas.

— Como?-Pergunto cautelosa.

— Assim: FORA BOLSONARO! - Veronica berra em português. Engasgo com a comida enquanto tento parar de rir, Allyson arregala os olhos.

— Meus Deus Veronica! - a pequena exclama. Veronica apenas da um sorrisinho divertido antes de alguém gritar:

— FORA BOLSONARO!-Uma garota que estava descendo as escadas que grita e sorri largamente ao nos ver.

— Achamos!- Veronica diz empolgada.

A garota, mais alta que qualquer uma de nós, com cabelos lindamente dourados, vestindo uma calça jeans clara e uma camisa branca gola V, o que mais me chamou atenção foi o que ela usava nos pés, chinelos e meias. A mais alta praticamente desfilou até nós. Veronica se levanta assim como eu.

— Oi! Meu nome é Veronica, essa zoi verde aqui do meu lado é a Lauren, a baixinha gringa que está sentada é a Allyson! - Veronica fala em português.

— Oi, gente! Meu nome é Dinah! Que bom que achei vocês, já estava prestes a pegar uma bandeira do Brasil e pendurar nas minhas costas.-Eu e Veronica rimos de suas palavras, já Allyson não estava entendendo nada, mas continuava comendo e prestando atenção em nós.

— Nos conhecemos faz apenas uns minutos também - Veronica aponta para mim e Allyson.— Assisti a um vídeo de uma garota afirmando que se falar palavrões em outro país, os brasileiros “acham” você, deu certo!

— Eu vi esse vídeo também! Segui uma parte que a garota fala para andar de chinelos e meias. - Dinah fala com uma expressão desgostosa no rosto, enquanto aponta o dedo para seus pés. — Um terror para a moda.-a maior sussurra — Mas agora achei vocês!-Exclama e nos puxa para um abraço.

— Gente, eu tenho que começar a aprender português se eu for ter que realmente conviver com vocês.- Allyson fala, nos viramos rindo.

— Eu te ensino, Allyson!- Veronica fala, com um sorrisinho.

— Ih! Senti o cheiro, se afasta Veronica. A gnomo parece ser santa.- Dinah fala.

— Heii!- Allyson exclama. —

Falei nada de mais, gigante.-A garota morena diz, cruzando os braços.

— Minha filha, meu gaydar apitou para vocês duas, não para Ally! - Dinah diz fingindo inocência. Assim que entendo de fato o que ela falou arregalo meus olhos.

— Ai sabe, a gente da o braço e a pessoa já vai queren- - Dinah rapidamente interrompe Veronica.

— E já vai querendo o cú, né minha filha. Te entendo. Então, quantos anos vocês têm? - Allyson arregala os olhos supostamente pela palavra que Dinah proferiu, a mesma gargalha alto.

— Dinah, pelo amor de Deus! - Todas nós rimos.

Estranhamente, no meu primeiro dia aqui, já me sinto em um novo lar durável por um ano!

Heyy!
Veronica e Dinah juntas são um barato.

Ahh, e elas falam inglês quando tem alguém próximo tipo a Ally, mas quando estão só as br's falam em PT.

Camilinha daqui a pouco aparece carmaa!

N esqueçam de dar a ☆
☺︎︎

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Sep 14 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Love, Respect and CompassionOnde histórias criam vida. Descubra agora