𝗣𝗮𝗿𝗮𝗶𝘀𝗼, 𝗧𝗵𝘂𝗿

𝗙 𝗢 𝗨 𝗥

FERNANDES, point of view
São Paulo, Brasil

Eu estava com meu sogro, e com o meu pai andando pela a rua atrás de um terno para o baile.

Entramos em uma loja bem grande, onde tinha vários manequins com ternos chiques.

─── É aqui que nós vamos encontrar esse bendito terno, eu sinto ─── meu sogro fala juntando as mãos como se tivesse pedindo para Deus

─── têm que ser aqui, eu não vou dá mais nenhum passo se não for aqui ─── meu pai fala

─── S/n é bem exigente, e eu tenho que agradar ela ─── falo e eles ri

─── minha filha não é muito fácil ─── meu sogro diz fazendo careta

─── o que a gente não faz por amor? ─── meu pai fala e concordamos

Uma mulher logo vem nos atender, e graças á algum deus, o terno que S/n pediu tinha aqui nessa loja.

Provo a roupa, e serviu completamente para mim, era como se tivessem feito para minha pessoa.

─── ótimo, agora podemos ir
─── meu pai pede

Vou me encontrar com a S/n em um parque, ela queria me ver para alguma coisa que eu não fazia ideia do que seja.

O parque não era tão distante, e logo eu cheguei vendo a garota sentada em um banco olhando para os lados.

─── Oi linda ─── beijo ela

─── senta aqui ─── ela pede batendo no seu lado ─── precisamos conversar

─── pode falar ─── passo meus braços ao seu redor

─── eu mandei ─── ela fala e eu tento entender do que ela esteja falando ─── eu mandei minha inscrição para a faculdade

─── mas S/n, por que não me contou antes? ─── falo

Aquela notícia foi pior que uma facada.

─── eu estou te contando agora, as inscrições começaram ontem, e eu quis mandar logo ─── ela fala

─── você pelo menos pensou em mim? ─── pergunto e ela não responde
─── porra S/n, é claro que tu não pensou em mim, tu sempre quer as coisas do teu jeito

─── não fala assim comigo ─── ela pede

─── vai, e faz o que tu quer, mas quando tu se ferrar não vem correndo atrás de mim

─── eu posso falar? ─── ela diz

─── falar o que? Que em menos de semanas tu vai terminar comigo e embora, desistir de tudo aqui, desistir de nós ───  falo com raiva

─── tu acha que eu não pensei em tu? ─── ela pergunta e me mantenho calado  ─── eu já tava até vendo lugares para nós morarmos juntos, trabalho para mim, até cachorro para nós criar eu tava vendo

─── ridículo, tu é ridícula ─── eu falo e recebo um tapa na cara forte

─── eu sou ridícula por pensar no meu futuro? ─── ela diz ─── se você não quiser ir comigo você fica aqui e se fode sozinho, mas eu não vou desistir do meu sonho por um menino que me chama de ridícula, e nem sabe o que quer fazer com a vida ─── Ela me olha com desgosto ─── quando você parar com criancice me procure, você sabe onde eu moro ─── ela sai dali, e me deixa só

Ela estava certa, mas minha raiva não me deixou pensar na hora. Eu não sei o que vou fazer na vida.

O tapa que ela me deu ardia, a marca ainda deve está aqui.