O Presente

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Valentina

A pior coisa em ser filha de um reconhecido milionário é saber que toda a sua vida já está planejada, e no meu caso a minha vida já estava desde o segundo em que a minha mãe me deu a luz no hospital em Dublin. E aqui estou eu sentada no telhado da nossa mansão abraçada aos meus joelhos, olhando para o nada. Todos estão comendo e falando, contando as histórias do grande León Carvajal.

Já fazem 3 horas que chegamos do cemitério e nossa casa está cheia de pessoas, não quero falar com ninguém, só quero ficar aqui sentada no meu canto. Não entendo porque ele teve que morrer. Maldito seja o idiota que o atropelou, foi tudo tão rápido e eu não posso nem defendê-lo, ele ficou bêbado depois de discutir com a minha mãe e encontrou a morte. Eu não tenho amigos e a razão disso é porque todos me acham uma "diferente", "esquisita" uma em um milhão como dizem. Nasci com um membro masculino entre as minhas pernas e as meninas só se aproximam quando descobrem que a minha família é milionária.

Minha mãe ainda não teve coragem de falar comigo sobre tudo que aconteceu, mas eu sei que ela quer que eu já me prepare para comandar a empresa, eu não quero isso, não quero fazer parte do grupo Carvajal, não quero tomar o lugar do meu pai!. Prefiro que a minha mãe se encarregue disso, e que eu possa dar continuidade a minha vida solitária e miserável como sempre.

-Valentina!

Revirei os olhos ao escutar a voz da minha mãe, e a vi se inclinar-se sobre a janela para não cair.

-Valentina, desça agora. Quero que seja sociável com os sócios do seu pai.

Respirei profundamente e apertei meus punhos.

-Não quero falar com essas pessoas, por favor me deixa em paz!

-Valentina... _falou com um tom angustiado
-...Por favor não me deixe sozinha hoje, se amanhã quiser se isolar do mundo tudo bem, mas hoje não.

Assenti e suspirei. Comecei a descer do telhado e a vi sorrir, quando eu já estava com os pés no assoalho de madeira ela se aproximou e me abraçou forte, passou os braços em torno dos meus ombros e me levou para o salão principal. Descemos pelas escadas , e ela me levou até um homem com óculos que me sorrio.

-Você deve ser a Valentina?

Assenti e sorri como pude, ele me estendeu a sua mão e eu a aceitei só porque tinha o olhar fixo da minha mãe sobre mim. Hoje eu precisava me comportar para o meu próprio bem.

-E você deve ser Jhonatan Corona, o politico amigo do meu Pai. _ele me assentiu, e eu não gostei nenhum pouco do modo como me olhou.

-Ual! você tem lindos olhos como os do seu pai.

-Esse é o legado que o Léon me deixou _disse a minha mãe me abraçando, e eu sorri como pude.

Porque ela sempre tinha que me comparar com ele? colocando tanta expectativa em mim?

-Se me dão licença eu vou ir me sentar um pouco. _falei me dirigindo para uma poltrona bem longe deles.

Eu não suportava quando ela me comparava ao meu pai, e minha mãe sabia disso. Ela não gostou da minha atitude e me olhou brava, se via que ela estava esgotada. Eu não queria falar com ninguém, e muito menos com aquele homem. Jhonatan Corona o político mais corrupto da Irlanda, essa é a verdade mesmo que ninguém tenha coragem de falar em voz alta.

Juliana

Meu pai não estava em casa e eu precisava aproveitar esse momento para ir comprar um presente para a minha mãe Verônica, amanhã é aniversario dela. O meu pai é político trabalha para o ministro, e claramente ele está do lado errado da lei. Não é bem um homem justo. Não concordo com os seus métodos para fazer as coisas, mas quem sou eu? Ele me deixa aqui trancada o dia todo com seguranças por toda a parte. Se não fosse Mateo meu guarda-costas eu não sei o que seria de mim.

True Love G!POnde histórias criam vida. Descubra agora