Te Quiero

1.6K 111 1
                                    



Valentina

Nós ficamos tão quietas perdidas uma nos braços da outra que acabamos dormindo. Acordei quando a chuva já havia parado, não se ouvia nada além do silêncio lá fora. Juliana estava deitada ao meu lado e notei algo úmido tocar a minha pele, levantei os lençóis e notei que era um pouco de sangue. A olhei e me preocupei em pensar que a teria machucado, que ela tivesse sofrido mesmo que não demonstrasse. Ela havia confiado em mim, se entregando pela primeira vez. Sim, nós agimos por impulso. Nos desejávamos muito e o desejo carnal foi algo que não conseguimos ignorar, culpem os meus hormônios, afinal tenho 17 anos, por favor né.

Essa noite ela poderia ter morrido lá fora, essas meninas precisam pagar pelo que fizeram. Eu tenho que fazer algo e devia aproveitar que Juliana estava dormindo. Me levantei da cama vesti a minha roupa e sai pela porta em silêncio para não acorda-la. A cabana onde Juliana dormia estava toda escura. O que eu podia fazer?. Notei então um frasco de vidro vazio empoeirado não muito longe e havia muitas formigas. Sorri e então soube o que fazer em seguida.

Respirei o ar fresco e me dirigi até as formigas, tirei a tampa do frasco e enchi com as formigas. Me aproximei da cabana e me assegurei de que não havia ninguém acordada, tentei abrir a porta mas seguia trancada. Voltei para o bosque e peguei um galho para abrir a janela, me aproximei da janela que era perto da porta, coloquei o galho e empurrei a trava para cima. Escutei a janela se abrir e fiquei em silêncio para ver se alguém havia escutado, mas continuavam dormindo. Empurrei a janela e coloquei a minha mão para abrir a porta com cuidado e entrei com passos de tartaruga. Fechei a janela para não gerar suspeitas e peguei o frasco, o abri despejando as formigas na cama de Caitlin. Peguei o frasco vazio na mão e fechei a porta com a chave e sai em silêncio. Coloquei a chave dentro do frasco e o escondi no meio dos arbustos e corri de volta para a minha cabana, entrei em silêncio e Juliana continuava dormindo. Tirei a roupa para ficar nua outra vez e me deitei ao lado dela na cama. Quando me deitei ela se acomodou e se aninhou em meus braços, escutei os gritos que vinham de longe e sorri. Sim, definitivamente ela teria varias marcas vermelhas pelo corpo pela manhã. Escutei o movimento do lado de fora da cabana, as meninas estavam tentando abrir a porta da cabana que eu havia trancado. Juliana acordou e me olhou sem entender. 

-O que está acontecendo? O que são esses gritos?..

-Eu não sei, deixa que eu vou lá ver. Fica na cama Juls, mas se vista, vai que aparece alguém aqui.

Ela assentiu e se levantou para vestir a calça e a camiseta, depois voltou para a cama. Eu me aproximei e a deixei um beijo antes de sair pela porta. Quando sai dei de cara com a supervisora Katherine.

-Valentina! Você tem ideia de onde está Juliana Corona?.

Lhe assenti e sinalizei para dentro da minha cabana.

-Sim, ela está aqui comigo. Passou a noite aqui porque as meninas com as quais ela dorme a trancaram para fora, fecharam a porta e a deixaram no meio daquela tempestade. _falei cruzando os braços.

-O que? _ela me olhou surpresa.

-Foi isso mesmo que você escutou, Juliana quase teve uma hipotermia, suas roupas estão todas molhadas no chão, pode olhar para ver que o que falo é verdade.

Ela fez que ia entrar e eu assenti, quando entrou notou as roupas molhadas de Juliana. Juliana a olhou envergonhada e coberta com os lençóis. Notei que ela não escondeu a pequena mancha de sangue que estava no lençol e a supervisora notou. Ela olhou para mim e logo para a Juliana, cruzou os braços e suspirou.

-O que vocês estavam fazendo aqui?. Quer saber? Não me importa, só vou tolerar isso porque hoje é o seu último dia senhorita Corona. Eu não vou nem perguntar se vocês saíram daqui porque já vi que estavam muito ocupadas.

True Love G!POnde histórias criam vida. Descubra agora