CAPÍTULO 2 - CECÍLIA

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Famintas, chegamos em minha casa, parecendo dois furacões atrás de comida, por sorte, Maria já havia feito o almoço enquanto estávamos na escola, ela foi minha babá quando criança, e agora é de minha irmã caçula, praticamente já faz parte da família por tantos anos conosco, ela mora aqui também, já que sua filha mais nova moda fora do país, então veio morar com a gente em meio dificuldades financeiras. Sinto o cheiro lá da porta, deixo a mochila ao lado da porta, tess faz o mesmo e me acompanha até a cozinha.

— Meu deus que cheiro maravilhoso - digo entrando na cozinha vendo Maria ao lado da pia arrumando o lanche de minha irmã, para a escola, me aproximo deixando um beijo em sua bochecha, e um abraço de canto.

— Olá meninas, com fome? Eu fiz parmegiana. - ela aponta para os pratos feitos em cima da bancada, me devolve um beijo na bochecha e cumprimenta tess.

— Obrigada, Maria.

Vou até a bancada pegando os dois pratos, entregando um a Tessa, apontando ao microondas para que possamos esquentar. Me sento na bancada que o microondas estava, e logo me vem a cabeça o que tess havia me falado hoje.

— Que horas é o pocket show lá, do seu namoradinho?

— Primeiramente ele não é meu namorado - sinto ela me fuzilar com o olhar enquanto fala - e é as quatro da tarde.

— Vocês estão juntos á praticamente dois anos, escuto você falar dele á dois anos - minha indignação toma conta de minha fala - não é possível que isso seja uma ficada séria de dois anos - enfatizo o dois ao final da fala.

— Nós queremos ir com calma, ok? Pra que a relação não esfrie - ela diz colocando sei prato no microondas, quando eu retiro o meu e me sento a mesa.

— Devagar? Quem morreu nesses dois anos já está até em estado de decomposição - dou uma garfada a olhando.

— Cecília! - diz incrédula com que acabo de dizer.

— O que? Estou falando a verdade.

— É um tempo razoável, não tenho culpa que seus relacionamentos não duram mais de dois meses.

Paro de comer no mesmo instante, tess se vira e sente o que acabou de dizer, tento não me abalar com o que a mesma diz, já que é verdade.

— Desculpa ceci, tópico sensível. - a mesma se senta na mesa juntamente ao seu prato.

— Está tudo bem, não é mentira. - suspiro fundo, e volto a comer - ele te faz bem e é o que importa.

Ficamos em silêncio durante toda a refeição, fiquei meio sentida com o que tess tinha dito, mesmo que fosse verdade, me sinto meio incomodada por ver todos dando certo com alguém e quando é comigo, sempre acabo estragando.

O único garoto que realmente mexeu comigo, e eu me apaixonei com tanta intensidade, foi Guilherme. Sempre fomos muito próximos, acabamos nos aproximando cada vez mais, realmente fui muito apaixonada nele, até nos afastarmos, por minha culpa, sempre foi, mas ainda somos amigos hoje em dia, amigos com benefícios.

Nunca me aproximo demais, por ser um total caos e não querer envolver ninguém nisso, tess sabe como me sinto em relação a isso, sempre acabo ocultando coisas, que acabam deixando a pessoa que está comigo distante, e terminando comigo. Na minha cabeça estou fazendo o certo em não deixar ninguém entrar nesse caos, protegendo, mas no final acabo sozinha.

Depois que terminamos de comer, me levanto pegando os pratos e colocando na lava louças, continuo quieta, aérea, pensando sobre o assunto, tess já se adianta e vai para meu quarto se arrumar, já estava quase na hora de irmos ver James.

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⏰ Última atualização: Dec 13, 2021 ⏰

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