cap 01- epilogo

6 1 0
                                    

De novo....aqui deitada olhando o céu azul claro, foi assim o verão inteiro, acordo, tomo café, coloco uma roupa fresca, falo com a senhora Kimiko minha vizinha, vou a sorveteria, volto para casa e me deito aqui, ver o tempo passar, sem que eu pudesse fazer nada, apenas apreciar, e ignorar Mahina que sempre vem me chamar para ir a praia ou algo assim. Hoje é o último dia, e a Mahina já me mandou muitas mensagens pedindo para sair com ela, entendo que ela quer me ajudar, mas oque fazer quando não se quer ser ajudada? eu tentei mas não há nada que eu possa fazer.

Amanhã começa tudo novamente, já que minha única amiga se formou ano passado...invisível de novo,mas vou apenas desligar o celular e a ignorar.

Me levanto do gramado verde, e entro em casa pela porta de vidro, vejo minha mãe chegando de mais um dia de trabalho.

- ah, boa tarde filha- vem até mim me analisando- não viu minhas mensagens? nem a de seu pai pelo visto- entra na cozinha- já disse que tem que nos comunicar o'que anda fazendo, sabe que nos preocupamos com você- ela vem e segura minha mãe.

  -eu sei mae me desculpe- digo olhando para baixo- e que Mahina me enche o saco- ouço sua risada- mas então, vou arrumar minhas coisas para amanhã- quando ia sair ela pigarreia

    -então, eu e seu pai achamos melhor você estudar na escola do bairro, a karasuno, Itachiyama e muito longe para você, no momento- quando ela diz gelo na hora, impossível isso, nao,nao,nao,nao- filha... e o melhor, seu pai vai trazer seu uniforme quando voltar do trabalho- diz carinhosa.

    -não importa, de qualquer forma serei invisível, como sempre- falou meio triste, mas na real sim importa, eu cresci na Itchiyama era estranho para mim, mesmo que em ambas eu não faça diferença

-não fale assim querida- me abraça- entendo que você sente muito ainda a perda dele, mas se distanciar dos outros não fará curar, se abra querida, o Sakusa iria querer isso de você- quando ela diz aquilo saio de seu abraço e corro para meu quarto e tranco a porta- QUERIDA POR FAVOR- ela grita lá de baixo.

Era para eu ter morrido naquele dia, nao ele, nao meu irmao, faz alguns meses que ele se foi, e eu continuo aqui, sozinha, sem ninguém para me fazer chorar de rir, ou me ensinar a jogar vôlei, meu irmão era incrível.Chorava descontrolada lembrando dele jogando, e vindo me contar sobre o jogo, e dizendo que eu era tão boa quanto ele, que...poderia ser melhor que ele, mas mesmo sendo irmã dele, era invisível, as meninas vinham falar comigo para me pedir para dar os presentes a ele, era chato, foram 1 semana de babação em cima de mim, depois disso, voltou a ser como era antes, e foi um alívio para mim, me sentia sufocada com toda aquela gente.

Estava sentada no chão até ouvir um grito vindo da frente na casa, me levanto olhando na janela, vejo um menino ruivo baixo, e um alto de cabelos escuros, eles jogavam vôlei, muito bem até, um deles olha e eu me abaixei rapidamente- droga- penso, engatinho no chão até a porta e saiu dali, me levanto e desço as escada e vejo meu pai com uma bolsa laranja e preta escrito karasuno na frente.

-Oi querida boa tarde, na verdade boa noite né- olha o relógio- como foi o dia?senhora kimiko disse que deu sorvete a ela- ele ri baixo junto a mim

- ela tem me feito companhia durante esse mês de ferias- falo entrando na cozinha junto a ele e sinto logo o cheiro de comida.

-hmmm, o'que faz querida?- diz, chegando perto dela e lhe roubando um selar.

- Estou fazendo o preferido de Emi-me olha- ja sabe oque e?- sorri.

- Missoshiru certo?- falo me sentando perto do balcão- espero- sorrio.

- sim, hoje vamos comemorar o recomeço de Emi- ela diz com esperança.

- que nossa filha... seja ela- meu pai me abraça.

Logo toda a comida fica pronta e nós três nos sentamos à mesa, conversamos muito, como sempre, meu pai contou sobre o dia, e minha mãe contou como as secretarias do novo sócio são metidas, e rimos. O jantar acabou e recolhemos tudo, hoje era meu dia de lavar a louça.

-boa noite filha- me beija na testa- durma bem.

-boa noite pai- sorriu.

-boa noite querida, até amanhã- passa a mão em meus cabelos- será um grande dia.

Volto a lavar a louça com a luz fraca que tinha em cima da pia.

- sakusa, amanhã será um dia novo- falo calma- um recomeço, para mim, e para nossos pais.

termino, e me retiro para meu quarto, tomei um longo banho e me deito logo dormindo, mas logo acordo, são 3h da manhã, é sempre assim, olho o teto branco com estrelinhas rosa, e depois olho para o papel de parede de meu quarto, nele tinha vários cavalos, me imaginava montada neles, e indo para bem longe daqui, realizando meus sonhos mas, agora, não é mais possível.

Quando noto já amanhecia... por quanto tempo fiquei aqui pensando?

269 diasOnde histórias criam vida. Descubra agora