2° Dia de aula e desejou mentalmente que hoje, tudo aconteceria rápido e sem dor.Bruno adentrou no ônibus escolar com fones de ouvidos e passou praticamente marchando no corredor que se é formado,se é incrível como a aqueles adolescentes de St. Marie pareciam ter ingerido uns 50 litros de energético - Somente pela animação, estão todos falantes e agitados. Que ninguém percebe o mesmo adentrar e isso é secretamente um alívio. Se acomoda em um assento vazio no lado esquerdo, e apóia a cabeça na janela fria.
No fone uma melódica Lana del Rey cantava de modo funesto - A música lhe trás recordações profundos de Anna. Se era isso que o casal de amigos escutavam todas as manhãs antes da aula, seu coração se comprime dentro do próprio peito.
A saudade aperta e estar sozinho no ônibus escolar em meio a aqueles desconhecidos - Fazia com que a falta ficava mais evidente. Se a jovem o estivesse com ele naquele momento, estaria com o semblante fechado pelo sono. Porém diria algo tão sem sentindo que o faria rir.
Cerra os olhos castanhos com uma ardência intrínseca pelas lágrimas - Por Marte, Bruno se é um rapaz forte e não choraria na frente daqueles estranhos. O ônibus faz mais uma parada em seu caminho, e o rapaz sente a movimentação de uma nova entrada de um grupo de adolescentes - Vários estudantes passam por ele, mas como um ser invisível não o notam ou o encaram. No entanto, Bruno sente alguém se sentar ao seu lado e se assombra.
Temeroso lentamente virá a face e percebe se tratar de uma garota - Provavelmente veterana, é uma adolescente sobre peso e de salientes sobrancelhas bem desenhadas negras. Loura e de profundos olhos verdes, se é bonita contasta silênciosamente Bruno.
Tímidamente se afunda no assento e percebe o porquê a aquela desconhecida, escolheu se sentar exatamente com ele - Ela é como ele. Um casal de garotas passou por ela e gritaram "Baleia". A jovem ao escutar essa ofensa, realiza uma careta.
Não ela não se é exatamente como Bruno, pois mesmo sendo ridicularizada revida.
--- Essas idiotas. --- Diz a jovem baixo, porém o mesmo escuta.
--- Parece que para estudar no St.Marie, precisa ter um neurônio à menos ou ser babaca com alguém. --- Admite Bruno.
Assustada ao ver que o rapaz ao lado tinha a escutado, a loura ruboriza. Porém um sorriso tímido surge.
--- Me chamo Olivia. --- Os olhos verdes de Olivia parecem duas grandes e preciosas esmeraldas. --- Prazer.
Se é a primeira vez dentro às vinte e quatro horas, que alguém verdadeiramente foi gentil com ele - E ele não soube como responder, ainda incrédulo.
--- Sou novato e meu nome....é....Bruno.
--- É o seu segundo dia. --- Análisa. --- Os dias nesse inferno, vão ficando piores com o passar do tempo.
--- Esses jovens ricos, são muito cruéis. --- Confessa, se recordando do modo violênto que fora recebido. --- E se cala novamente.
Voltando sua atenção para a janela e a paisagem que passava diante seus olhos, e o reconforta - A principio fora à primeira pessoa de fato legal, e que não o esnobou ou o tratou de forma descartável ou olhou o que o garoto tinha de modo financeiro. Mas ainda não está pronto para iniciar nada socialmente, apesar de odiar estar só se é uma linha de conforto indescritível.
E ainda existe um espaço vago deixado por Anna, apesar de ser um receio bobo - O mesmo contém medo, de esquece-lá. De se ocuparem o espaço deixado pela jovem, ela ir desaparecendo com o tempo e o resquício das memórias que ainda se tem dela, ficando perdidas na nebulosidade que se é o labirinto de sua mente.
Bruno compreende que não se é assim que funciona às memórias humanas e o cérebro - Entretanto, como explicar isso ao coração ?
--- Gosta de Lana de Rey --- Dispara Olivia olhando ao visor do garoto e tentando puxar o mínimo de assunto, possível. --- Gosto dela mas prefiro Taylor Swift.
--- É parece, mais sua cara. --- Grune.
--- Tenho cara de ter tido um coração partido e após ter escrito uma música ?! --- Rebate Olivia.
"Que idéia idiota foi dizer isso, Bruno. Anna com toda certeza diria isso, se estivesse aqui". Reflete.
--- Estou brincando -- Exclama a adolescente soltando uma risada nasal o fazendo rir também.
--- Não falei, por mal. --- Se retrata novamente. --- Me desculpe.
--- Bah ! Pare de conversar comigo, na defensiva.Não quero mais, que peça "desculpas".
--- Me desculpe, por pedir desculpas e ... --- Ao notar o que acabou de ser feito, Bruno ficou em silêncio e se interrompeu. --- Sou péssimo em fazer amizades novas.
--- Digo o mesmo --- Reflete, colocando uma madeixa dourada para atrás da orelha.--- Estou em St.Marie há exatos três anos, e praticamente sou uma loba solitária.
As palavras de Olivia soam reconfortantes, é como se não tivesse só naquele barco. O homem-aranha também, continha poucos amigos.
O trajeto até o colégio se é longo e Bruno se é precavido - Realizou com antecedência uma playlist, para se entreter em toda jornada. No entanto, não estava em seus planos uma simpática garota se sentar ao seu lado no ônibus. E tentar fazer amizade com o mesmo.
A jovem retira da mochila cor de rosa um livro e entrega de modo delicado a Bruno, depositando no colo do rapaz. O garoto lê a capa e percebe se tratar de uma obra, "Pequeno Príncipe" - Um livro que sempre obteve vontade de folhear.
--- Meu avô uma vez me disse, que para se iniciar boas amizades, temos que compartilhar assuntos semelhantes. --- Olivia fala em um tom suave. --- Espero que você ame Pequeno Príncipe, e todos os dias podemos falar sobre algo e que você não precisa pedir....Desculpas.
Então amanhã Bruno terá uma motivação verdadeira para voltar a St.Marie.
E hoje Bruno tem uma motivação para começar à uma nova obra.
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Borboletas de Vidro [Romance Gay]
Teen Fiction"Não existem mais borboletas no estômago, elas se estilhaçam como vidro." ______________________________________ Bruno observou o próprio mundo desabar, com o suicídio de sua melhor amiga - Como um karma profundo o mesmo resolve pelo bem d...