Vinho

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Os soldados comemoravam mais uma expedição da qual voltaram vivos. Não haviam tido baixas nesta expedição, e isso era raro de acontecer. O Comandante Erwin Smith permitiu que os soldados tivessem uma noite mais relaxada, antes que voltassem para suas rotinas no quartel da tropa de exploração, em Trost.

Levi observava os soldados festejando, enquanto tomava seu chá. Não era adepto a bebedeira de vinho, mas também não iria se opor numa noite daquelas. Seus olhos percorreram todo o salão, mas já sabia que não encontraria o comandante ali, pois Erwin era mais reservado, e estava quase sempre em sua sala, secando solitariamente uma garrafa de vinho. Levi conhecia o comandante o suficiente para saber que ele estava fazendo isso antes mesmo de entrar em sua sala, e constatar que sua suposição estava certa.

- Como sempre, bebendo sozinho. – Levi falou, chamando a atenção do comandante.

- Queria que me acompanhasse, mas você se recusa a beber.

- Sabe que não gosto dessa merda, Erwin.

- Prove. Ao menos uma vez. – pediu Erwin, entregando a garrafa de vinho a Levi, que o fitou com reprovação. Levi não mexeu um músculo. Continuou fitando o loiro, de braços cruzados. – Beba, Levi. É uma ordem.

O moreno observou por mais alguns instantes, e bufou. Por mais que quisesse, nunca conseguia passar por cima de uma ordem do comandante, independente da situação. E o loiro sempre se aproveitava dessa fraqueza de Levi. O moreno tomou a garrafa ferozmente das mãos de Erwin, que sorriu ladinho. Levi virou a garrafa de vinho na boca, tomou três goles, e fez uma careta.

- Como vocês gostam tanto de beber essa merda?

- Continue bebendo, o gosto fica melhor com o tempo.

Erwin guardou os papéis que analisava dentro da gaveta de sua mesa, sentou mais relaxado em sua cadeira, e enquanto abria os botões de sua camisa, perguntou:

- Como estão as coisas lá embaixo? Os soldados estão comportados, bebendo civilizadamente?

- Por enquanto, mas eles só começaram a pouco tempo. até mais tarde, as coisas saem do controle.

Erwin olhou para Levi, apontou para a garrafa de vinho que o moreno usava e levantou as sobrancelhas, indicando que o moreno deveria beber mais. Levi revirou os olhos, e tomou mais três goles do vinho. Levi não tinha costume de beber, e só com aquela pouca quantidade de vinho, sentia seu corpo esquentar, e se sentia estranho. Ao parar de beber o conteúdo da garrafa, olhou para Erwin, que estava com o peitoral exposto, enquanto o observava também. Os olhos dos dois se encontraram, e Erwin disse:

- Podemos fazer nossa própria comemoração, também.

O moreno se perdeu por instantes, apreciando a bela visão do tórax e abdômen perfeitamente definidos do comandante. Já havia visto várias outras vezes, nas várias ocasiões em que os dois se trancavam naquela mesma sala e passavam vários minutos trocando carícias e fazendo sexo, mas Levi não sabia explicar, estava achando Erwin muito mais excitante naquele momento. Talvez fosse efeito da bebida, pensou ele. Seu corpo estava estranho, mas não ligava. Não era efeito da bebida se sentir atraído por seu comandante. Virou mais uma vez a garrafa de vinho na boca, e caminhou até Erwin, que já sabendo o que o moreno faria, se sentou ainda mais largado na cadeira, dando espaço para o moreno sentar em seu colo.

Levi sentou com as pernas abertas de frente para Erwin, e entregou a garrafa de vinho para o loiro, que não se demorou muito a beber mais do vinho. Enquanto virava a garrafa, Levi tratou de dar atenção ao pescoço e peitoral do comandante, deixando beijos molhados. O comandante não impediu os avanços do moreno, e colocou a garrafa de vinho em cima da mesa, usando suas mãos para tirar a jaqueta da tropa que Levi vestia, e depois, desabotoando os cintos do equipamento de DMT que o moreno usava. Colocou os cintos do equipamento em cima de sua mesa também, Levi tirou o lenço que estava em seu pescoço, e começou a desabotoar sua camisa branca.

Depois da ExpediçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora