Capítulo 12 - Corra.

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Lauren

O sol está baixo no céu quando o movimento perto da casa me chama a atenção. Camila, aproximando-se do jardim com seu rosto desenhado em linhas duras e seus olhos queimando um castanho ardente, como se testemunhando os tormentos nos poços do inferno.

Sua demanda é um estrondo rachado de um trovão.

- Onde você esteve?

Em confusão, olho ao redor.

- Onde mais estaria?

- Procurei você por duas horas. - Camila atravessa o jardim para ficar diante de mim. - Não conseguia ouvir onde você estava, não conseguia encontrar o seu perfume. E essa coisa maldita... - Agarra a corrente pendurada no meu pescoço. - Me levou através de cada fodida sala na casa!

- Ela tem sido estranha hoje. - Explico. Assim como ela. - É claro que estou aqui fora. Onde mais estaria?

- Você não deveria estar aqui. - Sua voz é rouca conforme segura meu rosto em suas mãos, seu olhar descontroladamente procurando o meu. - Tenho mais para te dar. E não queria correr, mas estamos sem tempo.

- Ok. - digo lentamente, tentando acalmar o pânico que está crescendo dentro de mim, testemunhando a urgência dela. - Está com os presentes ou precisamos entrar?

- Está dentro. Está fora. - Virando-se, ela varre o braço em um semicírculo, como se indicando o jardim, ou além. - É tudo isto. Mansão Cabello.

- O que? Como isto pode ser meu?

- Preparei a papelada esta semana. Tudo isto vai ser seu.

Esta é outra proposta?

- O que você quer dizer exatamente?

- Não tenho qualquer família para quem deixá-la. E no meu coração, você sempre foi minha esposa. - Seu olhar atormentado queima no meu. - Então, se algo acontecer comigo... É seu.

- Nada vai acontecer com você. - Mesmo a alegria de ouvi-la me chamar de sua esposa não pode superar a dor do que seguiu isto. Meu peito dói só de pensar nela ferida... Ou pior. - E não quero esse presente. Não assim.

- Você vai pegá-lo, - rosna o comando ferozmente. - Porque não confiaria a propriedade a outra pessoa. E tenho algo mais a te dar.

Não tenho certeza se quero mais algum dos seuspresentes.

- O que você...

Mas vou pegar isto. Sua boca reivindica a minha, suas mãos capturando meu rosto e me aproximando contra seu peito duro. Tenro e doce, cheio de um desejo que traz lágrimas aos meus olhos, seu beijo se sente como uma declaração de amor, de lar e para sempre.

Minha garganta está obstruída com emoção enquanto ele se afasta, enrolando a corrente de ouro em torno de seu punho.

- Lauren Jauregui. - diz com uma voz tão vazia que cada palavra parece ecoar a partir de um espaço vazio no peito. - A promessa que fiz quando te dei este colar... Esse voto não significa nada. Não tenho a intenção de casar com você agora.

Sem fôlego e com dor, olho em silêncio para ela.

- Meu presente final é a sua liberdade, - continua asperamente. - Agora vá para malditamente longe da Mansão Cabello.

Liberdade...?

Levanto os dedos trêmulos para o meu pescoço. A corrente se foi. Em vez disso, ela oscila em seu punho... Mas é apenas um colar e um pingente de diamante novamente. Apenas uma joia.

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