Esse é o maior capítulo que eu já escrevi. Ele está cheio de informações importantes para a estória e explica muita coisa do passado. Então peguem uma xícara de chá e uma coberta porque ele está bem longo.
Comentem e votem pra eu ficar feliz kkk
Boa leitura.
Uma das últimas coisas que Taehyung se imaginou fazendo em sua vida era, um dia, voltar para Daegu. Aquela cidade lhe trazia lembranças. Lembranças das quais ele queria ficar longe.
No primeiro momento, após receber o pedido achou até engraçado. Sua mãe queria lhe ver. A mesma mãe que por tantos anos negou o mínimo que um filho precisa. Depois ficou com raiva, lembrando-se de todas as vezes em que precisou dela e havia sido ignorado. E por último, se sentiu triste.
Triste por não conseguir esquecer, por não conseguir superar e deixar aquilo para trás. Triste por algo como aquilo ser necessário, porque se tivesse uma mãe como a dos outros, visita-la não seria algo difícil, seria algo agradável, gostoso e familiar.
Mas Taehyung não podia negar que estava curioso. Fazia alguns anos que a mulher havia o contatado, mas recentemente parecia estar mais interessada, mais determinada. E depois de ouvir Jeongguk — que lhe disse para ir, ir e resolver tudo aquilo de uma vez — ele decidiu que iria.
Não era mais uma criança. Podia sair de lá quando quisesse, não estava preso e nem dependia de ninguém. E isso era uma das coisas que lhe davam segurança para ir. Isso e Jeongguk.
Havia pedido ao garoto para ir com ele, e se tivesse recebido um "Não", não achava que teria coragem de ir sozinho. Por algum motivo, ter o mais novo ao seu lado lhe dava segurança, uma segurança que ele não sabia de onde vinha. Mas de fato, só tinha se permitido a cogitar a ideia de falar e ouvir sua mãe por causa do garoto.
Fazia dois dias seguidos que não parava de chover. O céu estava escuro e cinza, como se tentasse lhe dizer alguma coisa.
Tinha acordado cedo naquela sexta-feira, na verdade acordar não seria bem o melhor termo a se usar já que o rapaz mal tinha conseguido dormir. Se sentia ansioso, seus cigarros tinham ficado na oficina e seus doces acabaram.
Decidiu que era melhor se arrumar e ir para oficina mais cedo do que o de costume.
E quando estava pronto para sair, ouviu o som da campainha.
Casa dos Jeon, 7:00 da manhã
Jeongguk tinha virado a noite desenhando, estava ansioso demais esperando o anúncio da tarefa do primeiro dia do concurso. Passara a noite inteira conferindo seus cadernos, folheando todos eles em busca de algo que o fizesse acreditar que tinha mesmo competência para participar daquilo.
Sem vontade de dormir, desceu até a cozinha para servir-se de mais uma xícara de café. Só se lembrou de que havia deixado a touca no quarto quando já estava lá na metade da escada. Voltou correndo e vestiu-a.
Acontece que desde que voltara para casa, ele andava se escondendo dentro do quarto, ou quando precisava sair para buscar comida, vestia uma touca grande de lã que comprou quando viajou para Nova Zelândia com os pais há alguns anos atrás. Tudo isso para esconder as orelhas com os brincos. Os pais estranharam, mas não questionaram o estilo do garoto.
— Acordou cedo filho. — Jaehyun surgiu na cozinha, já vestido em seu terno bonito e bem alinhado — Isso tudo é saudade de ir comigo pra empresa? — sorriu, abrindo a tampa de sua garrafa térmica, enchendo-a com café.
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Strawberries and Cigarettes | taekook |
Hayran KurguJeongguk e Taehyung, eram, para se dizer no mínimo, diferentes. Jeon Jeongguk era um jovem tímido e inexperiente prestes a se formar no ensino médio, levava uma vida entediante, sendo o taekwondo uma das únicas coisas que lhe motivavam a levantar da...