festival das flores

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LEIAM AS NOTAS FINAIS ANJOS !!!

(...)

Desde que nasci as flores sempre se fizeram presente na minha vida, principalmente por conta da minha vó, que sempre foi minha melhor amiga e minha maior confidente, ela sempre foi uma grande admiradora da natureza e acho que isso diz muito sobre o que sou hoje, afinal meu amor pelas flores foi uma das coisas que pude absorver dela.

Desde muito pequeno a vida nunca foi fácil, sempre foi apenas eu, minha mãe e minha vó, não tenho nenhum irmão ou tio, também nunca conheci meu pai, o que com certeza me faz ter diversas páginas em branco, lembro-me como se fosse ontem de quando era pequeno e chegavam as apresentações de dia dos pais, eu sempre fazia questão de participar de todas e quando os meus amigos da época vinham me perguntar quem era meu pai e o que eu estava fazendo lá, eu colocava um lindo sorriso quadrado no rosto e respondia que eu estava ali não por um homem e sim pelas mulheres da minha vida, que sempre foram tudo para mim.

Sem sombras de dúvidas a partida de minha vó foi a pior coisa da minha vida, quando a vizinha ligou para mim pedindo para que eu fosse em casa porque tinha escutado um barulho muito alto de lá de dentro e ninguém estava respondendo foi como se algo dentro de mim estivesse a um fio de se destruir por completo.

Minha mãe ficou tão abalada, depois daquele dia ela nunca mais foi a mesma, sempre se lamentando por todos os cantos da casa, já que no momento que o acidente aconteceu, ela tinha saído para comprar algumas coisas no mercadinho da rua.

Quando eu cheguei e vi minha vó no chão, toda ensanguentada e com cacos de vidros espalhados pelo chão meu mundo desabou, foi como se um pedaço de mim morresse com aquela cena que estava ali, até hoje quando fecho os olhos toda aquela dor invade meu peito e me destrói mais uma vez e tudo volta, me deixando entre lágrimas e me fazendo lembrar que ela não está mais aqui, que não tenho mais seu colo e suas lindas palavras sobre sua primeira paixão, as flores.

Suas favoritas eram as camélias, ela dizia que era por conta da pureza que elas transmitiam, seu cheiro era doce e a fazia muito bem, posso dizer até que hoje também são as que eu tenho um carinho especial, sinto que estamos conectados através delas.

Eu sempre era presenteado com muitas delas, as brancas eram as que eu mais recebia, ela falava que eu as merecia por significarem a beleza perfeita, que eu tinha um coração puro e uma beleza única, também não posso esquecer das vermelhas, que eu sempre ganhava quando chegava de algum trabalho fotográfico, já que significavam reconhecimento, eu sempre serei grato a todo o amor que recebi, sempre me lembrarei de todos os momentos que vivemos sendo a companhia um do outro e do quão forte ela foi até seu último momento em vida.

Até hoje sua morte é uma incógnita, fizemos alguns exames para saber a causa exata mas pelo que sabemos ela teve uma queda de pressão e quando desmaiou acabou esbarrando em um jarro de vidro, o que chega a ser duvidoso já que no local em que ela caiu não havia nada feito de tal material. Como um jarro de vidro cairia em sua cabeça se no local não havia nenhum ? 

Hoje era o primeiro dia da primavera e como de costume o festival das flores acontecia, é um evento clássico da cidade, onde todos se reúnem para apreciar e conversar sobre as mais diversas plantas, principalmente as flores.

- o que foi tae ? - pergunta minha mãe ao ver que eu estava meio desconcentrado.

- você sabe dizer se aqui tem alguma floricultura boa ? - pergunto tirando a atenção de meu telefone e olhando agora para a mais velha.

- como assim boa ? 

- uma floricultura que tenha uma boa variedade, a coisa que eu quero comprar eu não encontro com muita facilidade. - explico e a vejo assentir com um semblante pensativo.

- tem a dos jeon's ! ela fica do outro lado do parque. - diz apostando na direção oposta a que estávamos. - mas você não disse que iria parar com isso ? - pergunta minha progenitora.

- mamãe eu preciso fazer isso. - respondo me levantando do banco. - pelo menos dessa vez. - digo por fim, saindo do local e indo então atrás da tal floricultura.

Desde que minha avó morreu, a dois anos atrás, todo início de primavera eu compro um buquê de camélias rosas, essas que significam a grandeza da alma e sempre as colocava de baixo da árvore que ela sempre me levava nas tardes de domingo para fazer um piquenique.

Após alguns minutos de caminhada sinto algo estranho, olhando para trás consigo ver um homem, totalmente vestido de preto e me olhava fixamente, além de estar andando em minha direção. 

Já sentindo meu coração errar as batidas acelero os paços, indo na direção indicada por minha mãe, enquanto procurava o lugar. Eu constantemente olhava para trás, infelizmente a cada ato o homem parecia mais próximo e minha mente já estava imaginando o pior, por sorte já era possível ver meu destino.

Quando já havia chegado entro sem sequer verificar se o local estava aberto, minhas mão suavam e tremiam, meu coração batia forte e em meu rosto era possível ver pequenas gotículas de suor, produzidas por conta da caminhada desesperadora.

- licença, bom dia, por acaso vocês tem camélias aqui ? - digo ao ver um garoto próximo ao balcão.

- bom dia, infelizmente não poderei te atender, ainda não começamos o horário do expediente, estamos nos organizando ainda, a primavera começa hoje e tudo aqui ainda está uma bagunça. - o moreno me responde e meu semblante se fecha, não acredito que passei por tudo aquilo para não ser atendido.

- que isso jungkook ! pode atender o garoto, já está praticamente tudo terminado por aqui e já estávamos quase abrindo a loja. - diz um homem de aparência mais velha saindo dos compartimentos de trás do lugar.

Jungkook, esse era seu nome.

- ok então... - o jeon suspira em concordância, parecia cansado. - camélias certo ? - pergunta.

- sim. - concordo.

- você tem conhecimento sobre flores ? Não são muito os que sabem o nome desta flor e menor ainda é a quantidade de pessoas que aparecem aqui já na intenção de levá-las. - pergunta o moreno.

- não não, minha vó era apaixonada por elas em especial, dizia que olhá-las a transmitia paz, por isso que conheço seu nome. - sorrio vendo o outro voltar com meu pedido em mãos.

- aqui. - diz me entregando as flores.

- obrigado por me atender. - agradeço o estendendo o dinheiro da compra.

- tenha um bom dia. - diz sorrindo, me levando até a porta do lugar. 

- desejo o mesmo. - sorrio, olhando agora para o parque, procurando o tal homem que por sorte não estava mais lá.

Em seguida saio do local em passos apressados, voltando até onde estava com minha mãe.

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Foi isso pessoal, espero que tenham gostado e obrigado por estarem lendo e acompanhando fielmente minha neném.

Votem e comentem o que vocês estão achando até aqui, isso me motiva muito.

E é com muito orgulho e uma imensa dor no peito que eu venho avisar que flores já está em sua fase final, estamos praticamente na contagem regressiva para o último capítulo e eu estou surtando com issoo !

Sobre a fic taegi eu já tenho data para seu lançamento, postarei o primeiro capítulo para vocês dia 11 de outubro, então me siga para receber a notificação para ler assim que for postado.

E uma última pergunta, qual seria a reação de vocês se eu confirmasse uma segunda temporada ? 




flores | JJK + KTHOnde histórias criam vida. Descubra agora