O manual do jovem moderno (por um jovem antiquado)

Capítulo 2 - já que está, que fique!

No capítulo anterior, vimos que a adolescência é um período substancial para o desenvolvimento do ser humano, que por sua vez, passa pelos anos mais vergonhosos da sua vida nesse período. Mas tal qual o passarinho que se vou obrigado a aprender a voar, você vai ter que aprender a conviver com anos de adolescência.

Quando começa? E o mais importante, quando acaba? Não sabemos! Eu costumo dizer que a adolescência é treinada pelo BOPE, você não sabe de onde vem, nem pra onde vai, só sabe que quando menos esperar, ela chega, e quando se acostumar, ela vai em bora!

Tá... Eu sei que falando assim parece que é um bicho de sete cabeças, e que você não vai dar conta, mas por mais que ela dê um frio na barriga, tenho certeza que você vai tirar de letra. Então vamos para a lição de número 1: Já que está, que fique!

Água morro a baixo, fogo morro acima e adolescência... Não tem quem segure.

A primeira lição desse manual já é de aceitação, pô, aceita que dói menos. Não dá pra correr das espinhas, dos problemas de família ou das crises existenciais.

Quando crianças, todos assistimos a filmes ou desenhos animados que retratavam os adolescentes como criaturas reclamonas, de cara amarrada que acreditam que a vida não vale a pena, e aí, quando crescemos , adivinha? descobrimos que tudo isso é verdade! começamos a ter uma visão terrível sobre a vida, sobre a sociedade e sobre o mundo a nossa volta, mas veja bem... já parou pra pensar no porquê  disso tudo?

Quado  crianças, idealizamos o mundo ideal, e planejamos o nosso futuro baseado nisso. A casa com piscina, o carro do ano, a faculdade de medicina e o casamento perfeito, e quando chegamos perto do momento da "prestação de contas" percebemos que não temos mais do que um emprego medíocre, um cartão com limite baixíssimo mas surpreendentemente cheio de dividas e brigando para se formar no curso de administração e bum! crise existencial!

A crise existencial vem como uma pancada na cabeça, te destoa, te faz perdder o foco, acreditar que nada vai dar certo e que você não vai chegar onde planeja. Mas esse livro não é um a manual de como ter crises existenciais, não é mesmo? É um manual de como tirar de letra essas situações, então... vamos lá!

Aceite esse tempo, mas não se curve a ele! Essa frase resume tudo o que discutimos nesse livro, mas se me permite uma segunda frase sobre, seria "as coisas tem o valor que você dá a elas".

Situação hipotética: Você saiu com seus amigos e lembra que esqueceu a sua carteira em casa (se bem que hoje a grande maioria não usa mais carteira) você tem duas opções de reação

Opção A: Você se acha um inútil por não conseguir lembrar da  sua carteira, dá uma desculpa esfarrapada e volta pra casa e fica refletindo que deixou de sair com seus amigos porque esqueceu a carteira.

Opção B: Você diz "galera, aguenta aí que eu esqueci a carteira" E VAI BUSCAR O RAIO DA CARTEIRA!

Sentiu a diferença? Você não é um coitado, menos ainda um imcopentente por imprevistos acontecerem com você. Sobreviver a adolescência é sobre isso.

Já que está, que fique, aguenta firme que logo passa, deixe acontecer, mas não deixe te consumir.