Prólogo

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- Jason me solta... - Digo com dificuldade. - Você não vai consegui me segurar, o prédio está caindo. - Assim que eu falei o prédio despencou mais um pouco fazendo ele ser arrastado e eu escorregar, mas ele continuou me segurando.

- Nunca!... - Ele diz me olhando firme. - Não vou soltar você... - Seus olhos me o observavam. Pela primeira vez o medo estava em seu olhar e o meu não estava muito longe também.

- V-Você não vai... consegui Jason... - Digo com dificuldade, estava me controlando para na chorar. - Vamos acabar caindo juntos. Não faz isso com você.... - Meu olhar estava triste. Enquanto isso observava seus olhos cinzas que me olhavam com muito terror.

Por um momento tudo parou e apenas observei sua face como uma câmera fotográfica, queria guarda aquilo. Assim mesmo se fosse pela última vez.

Seu rosto que agora estava pálido até demais e sua testa suada por conta do seu esforço. Seus lábios estavam levemente cortados, sua mandíbula estava totalmente travada, seus cabelos brancos que estava mais bagunçados que o normal e seus olhos cinzas que eu tanto amava, estavam escuros demais e tristes.

- Não! Eu não vou te soltar!.. - Continuo segurando firme a minha mão que já estava escorregando. - Vamos cair juntos. - Seus olhos observaram meus olhos azuis. Ambos se encontraram como se tivesse tendo uma tempestade junto com um tsunami.

- Não posso fazer isso com você... - Meu olhos se encheram de lágrimas. Tirei um dedo.

- Não Evie! Por favor... - Sua voz soou muito mais triste.

- Desculpa... - Murmuro e olho para seu rosto novamente.

Solto mais um dedo, bem na hora que o prédio despencou novamente fazendo ele ser arrastado e eu escorregar mais. O prédio novamente despencou mais rápido e com isso soltei minha mão, porque se não ambos caíram juntos.

- NÃO!... - Escuto ele gritar com desespero e se jogando até o meu encontro.

Por fim me vejo caindo lentamente junto com aqueles destroços. A última coisa que vi foi os olhos dele e sua mão esticada como se quisesse me segurar lentamente.

Mas acho que era tarde demais.

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