𝙍𝙤𝙮𝙖𝙡𝙩𝙮, 𝙾𝚒𝚔𝚊𝚠𝚊 𝚃𝚘𝚘𝚛𝚞

Prólogo

Em uma manhã ensolarada, uma menina de 9 anos, Princesa de Kwaakre, admirava alguns de seus irmãos mais velhos treinando esgrima no pátio do castelo. Ela sentia seu coração acelerado vendo toda aquela adrenalina, ela queria estar ali também, lutando, mas ao invés disso, estava deitada em um tecido de pequenique com a cabeça do no colo de sua mãe, a Rainha. Sua mãe era belíssima, tinha a pele tão branca quanto papel, algumas sardas avermelhadas serpenteavam seu rosto, suas orelhas tão pontudas quanto qualquer outra, cheia de jóias. Seu cabelo era longo, cacheado e ruivo, da mesma cor de seus cílios e sobrancelhas, ela era realmente uma fada, apenas não havia asas.

"Mamãe, por que não posso lutar como os meus irmãos?", ela perguntou ainda com os olhos seguindo cada movimento das espadas.

"Porque os meninos que lutam, filha. Mas algumas meninas também lutam."

"Eu posso lutar?" ela olhou esperançosa com os olhos brilhando para sua mãe.

"Querida... Seu pai ele não vai gostar da ideia..."

"Por favor, mamãe!"

A mulher respirou fundo e olhou para o marido que estava de pé no outro lado da arena, e então respirou fundo. "Eu darei um jeito, querida.", e sorriu.

Então a garotinha pulou abraçando seu pescoço comemorando loucamente, e a mãe ria. O rei vislumbrou-as e permitiu-se dar um grande sorriso bobo.

Anos se passaram, e a garotinha já tinha 15 anos. Naquele mesmo dia a Rainha deu um jeito de convencer o Rei a deixar a pequena [Nome] a treinar esgrima, não foi uma tarefa fácil, mas ela conseguiu. Desde então a Princesa comparecia a todos os treinos e cada vez se destacava mais com o seu talento para a coisa. Ela desviava, girava, previa os movimentos do adversário; Quando tinha 12 anos ganhava de quase todos os garotos da sua idade, no final da luta os garotos estavam suando e com raiva, e ela ria, dançava e zombava da cara deles. Mas havia um garoto, Principe do reino vizinho, que ia treinar lá as vezes, afinal, seus reinos eram aliados, e aparentemente ele gostava de se exibir. Ele tinha cabelos castanhos e não muito curtos, as orelhas pontudas típicas de todos os feéricos, mas o que mais se destacava nele eram os assustadores chifres vermelho-vinho que ele havia aos lados da cabeça, lhe dando um aspecto demoníaco e assustador. O príncipe era estupidamente bom, e quase sempre ganhava da Princesa, e adorava esfregar isso na sua cara. Ela havia medo dele, embora lutasse contra esse sentimento, mas aquela aparência misturada com a fúria que o garoto tinha deixava isso difícil. A Princesa não demorou muito para desenvolver raiva do Príncipe, e esse sentimento era claramente mútuo. Certamenre inimigos naturais.

A Princesa relembrava toda a jornada dela na esgrima agora, ela estava prestes a ir para a final da Competição de Esgrima Anual que acontecia entre os três reinos do Triângulo, ela enfrentaria o Príncipe de Kmoreb, Oikawa Tooru. Assim que anunciaram seu nomes cada um saiu de um dos lados da arena. A plateia vibrava. Eles pararam frente a frente fazendo uma breve mesura, raiva emanando de ambos, cada um desejando com todas as suas forças derrotar o outro, então, se afastaram e puxaram suas espadas da bainha, ficando em posição de luta.

A Princesa tinha seu cabelo [cor] preso em um coque com uma trança contornado a cabeça, como uma coroa, e alguns fios de cabelo bagunçados na nuca e no rosto por conta das outras lutas. Suas orelhas pontudas livres de qualquer tipo de jóia. Ela usava uma roupa típica de batalha, uma blusa e uma calça preta azulada coladas ao corpo, um cinto duplo de couro que portava a bainha da espada, uma bota cano alto preta, e uma capa negra que batia nas suas panturrilhas.
Já o Principe usava uma blusa cinza larga por baixo de uma armadura de couro que deixava seus braços livres para se mover com mais facilidade, a calça parcialmente ligada a suas pernas e botas pontudas.

Assim que foi dada à largada ambos voaram em encontro um do outro, o tilintar das espadas zunindo em alto e bom som. Eles mantinham um ritmo agressivo e rápido, todo ataque de um era impedido pelo outro. Até que o Príncipe à ataca na altura do peito, a Princesa se abaixa e a espada pega levemente em seu rosto fazendo um corte ali, porém ela se jogou por baixo das pernas do príncipe, ficando em suas costas em um piscar de olhos, ela se movia de forma extremamente rápida. Quando ela ia por a espada no pescoço do Príncipe ele se virou e bateu com o punho de sua espada no punho da espada da princesa. A espada dela voou para longe ao mesmo tempo que ela sentiu um baque em seu joelho e desmoronou de costas, ela tento se levantar apoiando-se nos dóis cotovelos mas a espada do Príncipe já estava a centímetros de sua garganta, e ele em pé com as pernas sobre cada lado de seu corpo, com as sobrancelhas franzidas de ódio com uma delas sangrando com um corte. Ela havia perdido.

Em um movimento inesperado ele cravou a espada no chão ao lado do rosto de [Nome] e se ajoelhou em apenas uma perna ao lado dela, os olhos presos um no outro, a raiva neles tão quente quanto carvão. "Sabe por que você nunca ganha de mim, [Nome]?" Ele diz olhando fundo em seus olhos.

"Não."

A respiração de ambos desregulada por conta do esforço e do cansaço pela luta.

"Porque você só consegue ganhar daqueles imprestáveis sem objetivo, aqueles que não se esforçam. É por isso, [Nome], que você nunca ganhou, e nunca vai ganhar de mim."

A Princesa estremeceu, e ao mesmo tempo, a raiva pelo Príncipe cresceu consideravelmente em seu peito. Se antes ela não tinha um objetivo claro, agora ela tinha, e era se tornar melhor do que ele. Muito melhor. Ou, talvez, muito pior.

Ele se levantou, puxou a espada do chão guardando-a na bainha e se virou para a multidão para comemorar, sua feição mudando drasticamente no momento em que ele se virou, mudando da carranca de raiva para um sorriso estupido e vanglorioso.