Meu Fofo Lenhador // Beauany

3: Surpresa Na Estrada!

🍁 JOSH BEAUCHAMP 🍁

Dirijo minha caminhonete de volta da cidade cantarolando uma música qualquer, enquanto meus pensamentos voam longe. Morar afastado de tudo e todos foi uma escolha minha, mas as vezes a solidão aperta sem pena e de uma forma assustadora.

Sempre quis construir uma família, com filhos cachorro e tudo que temos direito, sei que para algumas pessoas esse pode ser um pensamento bobo, mas para alguém que nunca teve uma família e um desejo que pretendo realizar com a pessoa certa.

Saio dos meus devaneios quando ao longe vejo uma velha caminhonete estacionada ao lado da estrada, uma moça está sentada na porta do automóvel com mãos e rosto escondidos por entre uma farta e bela cabeleira cacheada imersa em pensamentos.

Paro meu carro próximo ao seu e desço chamando atenção da moça, não sou de dar atenção à desconhecidos na estrada, mas não seria homem se não ajudasse a moça sozinha em uma estrada deserta e já querendo anoitecer.

- Olá! - ela levanta o rosto vermelho por um provável choro - Você está bem? - apresso-me a perguntar - Está sentindo alguma coisa? - ela nega, e respira fundo tentando cessar o choro. 

Olho melhor para a mulher e quase perco o fôlego com a beleza da mesma, seu cabelo castanho com cachos espalhafatosos emolduram o rosto jovem e delicado, um corpo com curvas maravilhosamente acentuadas onde logo me imagino conhecendo cada uma delas.

Não seja um babaca Joshua Beauchamp!

Me repreendo por pensar em sacanagem quando a moça claramente não está bem, não sou um maldito tarado e nem ao menos conheço a garota.

- Meu carro quebrou e não sei o que fazer. - Diz cansada - Você é a primeira pessoa que passa aqui em horas! - enfia os dedos por entre seus fios tentando controla-los. 

- Me fale o que aconteceu com o carro e dou uma olhada. - Aviso e vejo ela me olhando dos pés a cabeça e corando lindamente quando a pego no flagra.

Vermelha como um morango, perfeitamente linda! 

- Ele começou a fazer uns barulhos estranhos e parou de súbito. - Deu de ombros tristonha. 

Vou até o capô que já estava devidamente levantado, e a julgar pelas mãos sujas da moça devo imaginar que ela tentou resolver alguma coisa aqui. Olho o que sei, e vejo o quão mal está a situação, não entendo muito de carros, mas creio que este não está nada bem. 

- Você está dirigindo a muito tempo? - questiono imaginando que ela possa ter abusado demais deste carro que já teve dias melhores.

- Hoje faz três dias que viajo, dei apenas pequenas paradas. - Dá um pequeno sorriso sem graça. 

- Isso explica muita coisa, estas caminhonetes são muito boas, mas para uma longa viajem ela precisaria passar por uma boa revisão antes. - Assente com cara de choro - Fique calma, vamos tentar dar um jeito! - sou interrompido quando um choro alto estridente parte de dentro da velha caminhonete. 

- Oh meu Deus Emma! - resmunga passando as mãos pelo rosto, e da a volta no carro. 

Fico parado como uma estátua, ela tem uma bebê, deve ser casada e tudo mais, o que ela faz tão longe e sozinha? Com uma bebê, em vários dias de viajem.

Me aperta o coração quando escuto seu choro baixinho enquanto cochicha com a bebê, sou uma grande manteiga derretida quando se trata de mulher e crianças em apuros. 

- Vai ficar tudo bem meu amor, a mamãe vai cuidar de você! - murmura enquanto a menininha de cabelos castanhos como o dela mama avidamente - Sempre te protege. -  beijou a mãozinha pequena que a bebê pôs sobre sua boca.