Semanas depois.
A pele arrepiou no momento em que ultrapassei as portas, o corpo praticamente implorando para me render ao ritmo envolvente.
The Cube, a boate mais exclusiva da América, estava como sempre repleta de máscaras. Era a regra: se você vai ao Cube, tem que usar uma máscara. Essa tradição existia desde a fundação do lugar e eu amava a liberdade que isso me proporcionava.
Lena não sabia que eu tinha sido convidada, o que adicionava um toque de mistério, já que você só ia ao Cube se fosse convidado, garantindo uma clientela bastante seleto.
As luzes avermelhadas davam um ar sofisticado ao lounge, e as pessoas, com suas máscaras, conversavam tranquilamente enquanto bebiam ou fumavam.
Fui até o bar, sentindo o vestido esvoaçar levemente conforme eu andava. Alguns olhares foram lançados em minha direção e eu retribuí com sorrisos para aqueles com quem já compartilhei bons momentos.
- Gin e tônica, por favor. - Pedi ao jovem barman, cuja tatuagem no pescoço era o único indício de que ele era meu barman favorito.
Ele me indicou uma banqueta e, sem dizer uma palavra, me serviu.
Bebi, imaginando quando ele chegaria. Os olhos castanhos e o terno elegante dele eram exatamente o que eu amava ver. E, embora eu o admirasse em qualquer traje, seria interessante vê-lo em roupas mais casuais.
O clima agradável foi substituído por algo mais sensual conforme os casais e trios iam partindo para os andares superiores, o barman a quem eu carinhosamente havia alisado o pulso uma ou duas vezes parecia acreditar que em breve estaria indo com ele.
Mas eu realmente queria tentar com o cara de terno uma vez, ele exalava algum tipo de aura hipnótica e eu o vinha observando há algum tempo.
-Esse se chama bpm. - O rapaz me diz estendendo um copo diferente o que eu habitualmente tomava, analisei sua tatuagem mais uma vez, ele era gostoso por baixo da mascara, eu podia dizer.
O corpo forte, os braços definidos e os cílios espessos eram atraentes.
Decido jogar, porque meu cara de terno não vem, e mesmo que viesse não olharia pra mim, ele geralmente deslizava pra fora com a moça de cabelos negros sentada num divã perto do quadro Leste.
Eu tinha observado, dolorosamente durante os as quatro ultimas edições eles partindo juntos, e geralmente logo após isso eu arranjava um par qualquer e seguia para os superiores.
O rapaz da tatuagem parecia esperar uma resposta.
-É muito bom, mas você é bom apenas em bebidas?
Ele sorri mais uma vez e eu sinto minha pele arrepiar.
-Eu sou o melhor aqui, gostaria de uma prova? - Ele diz com um tom baixo que me deixa alerta, para não cair tão facilmente.
-Vamos.
De outro canto do grande lounge, Emily Prentiss falou em um tom baixo.
-Ele está levando uma garota. Ela parece consciente, mas não consegui verificar se ela está sob efeito de alguma substância. - Disse para a escuta.Aaron Hotchner entrou pelas portas com a máscara no rosto, ajustando o terno
-Reid, Morgan, posicionem-se pela saída lateral. Ele deve tentar escapar por lá. - Disse, e sua voz ressoou na escuta de Emily.
Spencer Reid e Derek Morgan concordaram e saíram da van, atravessando a larga avenida enquanto tentavam não chamar atenção.
Penelope Garcia monitorava as câmeras da Cube através do sistema que ela havia acessado dias antes
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Mine / Trilogia Amores Livro II
FanfictionSpencer sabia que não era racional, que essa coisa na mente dele dizendo que não podia deixá-la era efeito dos anos trabalhando com a BAU. Mesmo assim não conseguia se desvencilhar do sentimento, e por isso estava disposto a ir longe o bastante para...