"Se você soubesse metade das coisas que passo dentro de casa, você entenderia o motivo de eu querer ficar na casa do meu namorado todos os dias!" falei para minha vó e ela deu risada.
"me fala, me fala o que você passa na sua casa, o que sua mãe faz para você, em? você só quer ficar na casa daquele seu namorado inútil pelo fogo, você é uma vagabunda. o dia que você aparecer grávida, eu quero ver quem vai ficar do seu lado. Se vai ser aquele merdinha ou sua família." quando alguém da minha família falava assim do Vincent meu coração se partia em mil pedaços.
"vocês não conhecem ele, para de falar assim dele. eu já tenho 18 anos e vou sair de casa o mais rápido possível. quando eu sair você pode ter certeza de que não vai precisar fazer mais nada por mim." sai da sala e fui para o meu quarto.
"amor, posso ir p sua casa?" "claro amor, vou passar ai p buscar vc"
Vincent é um amor, trabalha, tem um relacionamento bom com os pais e sempre me ajuda quando minha família fala essas merdas dele e de mim.
"eu cheguei vida"
depois de ler a mensagem desci com uma mala de roupa e com meus produtinhos mais importantes, eu ja tenho roupa na casa dele então não era necessário levar muita coisa.
"o que elas fizeram dessa vez amor?" ele me perguntou depois que eu entrei no carro.
"o de sempre amor... elas falam que eu sempre estou triste e que eu nunca tenho motivo, que eu sou relaxada, nunca faço nada. eu estou cansada delas falando que eu sou um fracasso, amor." me segurei para não chorar.
"eu te amo, amor. vem morar comigo. meu apartamento é aquela bagunça que você sabe, mas eu prometo que a gente da um jeito para deixar tudo do jeitinho que você gosta meu amor." olhei para ele rindo.
"eu te amo vida, eu te amo muito."
[...]
chegamos no apartamento dele e eu liguei meu celular.
21 ligações perdidas de "mãe" "onde você esta?" "ja foi dar né sua vagabunda" "eu nao sei pq eu dei de tudo por vc"
comecei a chorar.
"que porra você ta vendo ai?" vinnie pegou o celular da minha mão e leu as mensagens "caralho amor, desliga essa merda e vem aqui. sua mãe é podre... desculpa, mas ela é podre."
desliguei o celular e deitei no colo dele, ele começou a fazer carinho em mim. com ele eu me sinto segura, me sinto bem e feliz.
"eu te amo." disse antes de dormir.
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