"It's was always you"

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"Hazel eyes, I was so color blind
We were just wasting time,
For my whole life, we
never crossed the line
Only friends in my mind"


Ah, aqueles olhos, aqueles malditos olhos castanhos...Eram gentis, eram hipntozantes...

Em uma gélida tarde de outono, à beira de um lago apostavam quem conseguiria jogar uma pedra mais longe na água e como sempre, ele vencia, mas não se gabava disso, o prêmio dele já era ver o amigo completamente irritado resmungando que ele havia roubado em um jogo impossível de se roubar.

Mas isso sempre se repetia, por um ano, dois, três, quatro, cinco...Até que estivessem ambos em seus 20 anos, as brincadeiras pareciam bobas para qualquer um que visse, mas fora uma vida jogando ao seu lado, ele não trocaria isso por nada.

Ele não esperava que nessa tarde receberia um pequeno colar com a forma de um Sol enquanto o mesmo colocava no próprio pescoço um com a figura de uma Lua.

"- Assim eu poderei ficar contigo independente da distância, eu nunca vou sair do seu lado, você e eu, para sempre"

Oh, ele se lembrava, lembrava de sentir as bochechas queimando como o fogo, de como teve vontade de quebrar a distância que havia entre os lábios, das borboletas voando em seu estômago, da sensação boa que era amar.

A melhor sensação que teve em vida, fora justamente aquela que lhe tomou o ar dos pulmões.

"- Você aceita casar comigo?"

Ele responderia que sim! Claro que responderia! Mas havia um problema...

Não foi para ele a pergunta.

E a resposta que tanto ansiou dar, foi dita pela ruiva chorosa, mas ele não a culpava, não, culpava a si mesmo por ter acreditado naquelas palavras.

Ele havia sim chorado na cerimônia, mas apenas o irmão tinha percebido que era de tristeza não de alegria, como poderia ficar alegre sabendo que aquele que mais amava nunca seria seu agora?

Se colocou em frente aos dois recém-casados, falsificou um sorriso enquanto os parabenizava. Quando a mulher saiu para poder conversar com a madrinha ele desfez o sorriso, mostrando para o outro sua expressão de tristeza.

"- Mada? O que foi?"

Ele retirou o colar de dentro do terno e o colocou sobre a mão do homem que arregalou os olhos em choque.

"- Eu espero que você seja feliz"

Quem poderia acreditar? Dois corações partidos em uma festa de casamento! Irônico, não? Tal como Madara, que mesmo depois de anos vendo o amor de sua vida criar uma família com outra, ainda ia naquele lago jogar pedrinhas sobre a água.

"- Acho que finalmente ganhei de você."

FIM

Naquela tarde de outono {Hashimada}Onde histórias criam vida. Descubra agora