14...

71 2 0
                                    

Capítulo 14 – décimo sétimo dia

Já era madrugada e fomos caminhando até o carro como se não tivéssemos pressa. Estávamos em silêncio e eu queria agarra–lo ali mesmo, mas ao mesmo tempo eu queria me jogar da janela do carro em movimento por ter sido tão fraca e me entregado daquela forma em nosso primeiro beijo.

Olhei de canto de olho para ele que deve ter notado minha cara de arrependida e sorriu levemente.

–Eu não vou achar ruim você estar arrependida de ter ficado comigo. Isso sempre acontece. – ele falou baixo tentando disfarçar um pouco de decepção.

–Não! Não é você! – falei tentando manter a calma.

–Sou eu. – ele falou sério e aquilo me deu um aperto no coração.

–Não tem nada de errado com você. Eu só estou constrangida com o que aconteceu... eu... eu não costumo fazer essas coisas... eu... estou morrendo de vergonha de mim... – falei com sinceridade.

Lorenzo freou o carro com tudo e estacionou no primeiro lugar vazio virando de frente para mim super rápido.

–Eu não quero se envergonhe por fazer algo que te dê prazer. Não quero nunca que repita esse absurdo que acabou de dizer. Jamais sinta vergonha de você, entendeu? – ele passou a mãos pelos cabelos como se estivesse agoniado com alguma coisa. – Você é linda pequena! Seu corpinho é perfeito! Seu sorriso é perfeito! Seu jeito é encantador... Meu Deus, eu estou ficando louco!

Lorenzo se ajeitou no banco e encarou o volante passando as mãos no rosto. Ele estava nitidamente agoniado com alguma coisa e eu suspeitava que era o mesmo que eu estava sentindo.

Me aproximei dele e virei seu rosto para que ele olhasse para mim. Seus olhos estavam tristes e seu rosto sério. Parecia que o velho Lorenzo estava dando as caras.

–Ei... – seus olhos me fitavam e devagar desceram até meus lábios. Minha respiração ficou mais difícil e naquele momento parei de me preocupar com o que aconteceria daqui para a frente.

Encostei meus lábios nos dele e nossas línguas se encontraram com urgência. Lorenzo passou o braço ao redor da minha cintura e me levantou como se eu fosse uma sacola vazia. Sem dificuldade alguma ele me encaixou em seu colo fazendo com que o volante me empurrasse ainda mais para ele.

–Eu estou ficando maluco pequena... só penso em você... só desejo você... só quero você... eu estou perdido!

Sua voz grossa fazia meu corpo se arrepiar ainda mais. Era como se cada palavra que ele dissesse, ligasse um botãozinho de encharcamento dentro de mim.

Eu estava me sentindo a própria torneira lá de casa.

Beijei seus lábios com delicadeza e senti seu volume aumentar entre minhas pernas. Era surreal o quanto nossos corpos desejavam um ao outro.

Me afastei de seu colo e abri seu zíper com as mãos trêmulas. Eu nunca tinha sido tão ousada na minha vida. Segurei seu membro duro e fiquei preocupada ao pensar que aquilo estava duro demais e que não entraria em mim nem se eu fizesse uma simpatia. Comecei a fazer movimento de vai e vem com as mãos e Lorenzo gemia baixo.

Meu Deus, aquele homem era lindo em todos os momentos.

Meu juízo me dizia para parar, pois estávamos na rua e poderíamos ser presos, mas o olhar de Lorenzo em mim, me fazia perder qualquer vestígio de seriedade.

–Você tem... camisinha? – perguntei envergonhada.

Lorenzo pegou sua carteira no painel e me entregou depressa. Abri devagar e tirei o preservativo que estava quase pulando na minha cara. Rasguei a embalagem com cuidado e tirei o anel de borracha que havia dentro. Coloquei na ponta de seu membro duríssimo e fui desenrolando com delicadeza.

–Você está me matando! – ele falou com a voz embargada de prazer.

Seus olhos me fitavam e parecia que ele enxergava a minha alma. Eu me sentia completamente desnuda com seu olhar em mim.

Me levantei com cuidado e afastei minha calcinha encaixando seu membro na minha abertura. Eu não fazia sexo há muito tempo e fiquei com medo de sentir dor, mas a vontade que eu estava de Lorenzo falou mais alto.

Fui sentando devagar e aos poucos Lorenzo foi entrando em mim e eu ia sentindo sua rigidez que me deixava pasma. Naquele momento eu percebi que só tinha ficado com homens com pênis meia–boca e o quanto havia desperdiçado minha vida por aí. Lorenzo se moveu para cima entrando todo em mim e isso me fez sair completamente de meus devaneios fora de hora.

Eu sentia o quanto eu estava molhada, pois Lorenzo deslizava com facilidade em mim. Suas mãos enormes seguravam minha cintura e quando ele subiu mais meu vestido para segurar meu traseiro, seus dedos enormes seguraram a minha calcinha e a rasgaram antes que eu pudesse dizer qualquer coisa.

Lorenzo colou seus lábios nos meus e se movimentava para cima enquanto eu ia com o corpo de encontro a ele para baixo. Senti–lo dentro de mim atualizou todas as definições de prazer que pudessem existir.

Ele segurava minha cintura com suas mãos enormes e me puxava de encontro a ele como se não quisesse que eu me afastasse nunca mais.

Lorenzo me deu um beijo intenso e apoiou a cabeça no banco do carro me encarando com seus olhos lindos. Ele puxou a alça do meu vestido e segurou meu seio com sua mão direita, enquanto a esquerda passeou pelo meu corpo até entre nós dois fazendo movimentos circulares em meu clitóris. Ele se aproximou devagar e colocou meu seio e sua boca, e movimentou a língua em meu mamilo fazendo meu corpo todo se arrepiar.

–Eu não vou conseguir aguentar mais... – eu falei num sussurro desesperado.

–Goza pra mim pequena!

Seus olhos encontraram os meus e antes que eu pudesse sentir vergonha por estar tão vulnerável, eu senti um orgasmo atravessar meu corpo de forma surreal. Minhas partes baixas latejavam e pude sentir Lorenzo pulsar e se derramar dentro de mim junto a um gemido sexy, que quase me fez gozar novamente.

Aos poucos nossas respirações foram se acalmando e eu saí de seu colo com cuidado voltando para o lado do passageiro ajeitando o meu vestido. Eu estava me sentindo muito envergonhada e olhei para Lorenzo de relance e ele me olhava com seu olhar que me desmontava inteira. Ele segurava seu membro que ainda estava um pouco duro e acariciou meus cabelos com a mão livre.

–Você é perfeita pequena... – ele falou com a voz baixa e rouca.

Sorri envergonhada e abaixei a cabeça sem saber o que dizer.

–Hey.. – ele falou levantando meu queixo – Você é linda! Não sinta vergonha de nada do que fizer!

Me aproximei e beijei a ponta de seu nariz.

–Você também é lindo! – falei sorrindo.

–Ah, mas isso já sabia! – ele falou rindo me fazendo dar um tapa em seu braço.

Revirei os olhos e ele me puxou para mais um beijo de tirar o fôlego.

–Pronta para ir para casa? – ele perguntou enquanto ainda segurava seu membro que por alguma macumba ou magia estava duro feito pedra e eu concordei ansiosa para chegar em casa.

Ele puxou o preservativo devagar para evitar fazer sujeira, deu um nozinho como se amarrasse uma bexiga e colocou no lixinho de seu carro. Fiquei com vergonha por isso, mas meu raciocínio foi interrompido quando observei ele se ajeitando e guardando sua anaconda dentro da calça. Seus olhos seguiram os meus e sua risada chamou minha atenção.

–Em casa você vai ter mais linda. – ele falou brincando e ligando o carro nos levando para minha casa. Ou era nossa casa?

30 DiasOnde histórias criam vida. Descubra agora