Na Akatsuki: De Volta à Konoha - Spin-off

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Sakura ~

Sakita mostrava animadamente todo seu quarto, enquanto eu pensava apenas nos olhos de Itachi. Eu não poderia voltar para trás com minha escolha, apesar de que ver ele chorando pela primeira vez (eu diria) partiu meu coração. Eu o havia magoado, mas ainda assim, eu queria salvar eles e parar de ser taxada inútil pelo menos uma vez. Eu sempre era salva por alguém, por que agora eu não posso salvar eles, certo?

— E esse é o espelho que tia Konan me deu, ele tem o símbolo da Akatsuki. — Ela diz animada.

Sorri tristonha para a mesma, e em um ato involuntário a envolvi em um abraço.

— Eu te amo minha garota, você está se tornando uma ninja muito habilidosa, saiba que apesar do que acontecer, você sempre será minha filha.

Sakita nada diz, apenas retribui o gesto, como se presentisse que algo estava errado ali.

— Bom, vai dormir, irei ver seu irmão, vou checar se ele está dormindo. — Eu disse vendo o rosto daquela cujo o rosto é tão parecido com o meu, exceto pela a marca em seu rosto, que lembra o pai.

— Tudo bem, boa noite, mãe. Até amanhã. — Ela sorri.

Saio de seu quarto e então sigo rumo ao quarto de Chisak, eu iria partir quarta-feira, era melhor para todos, e acho melhor eu não avisar ninguém, isso só vai piorar a situação.

"Toc Toc"

Bato na porta de madeira, e do lado de dentro pude ouvir a voz grave de meu filho dizendo um "Entre". Suspiro logo colocando a mão na maçaneta girando-a para abri-la.

— Olá, Chisak, está tudo bem?

— Eu ouvi a conversa sua e do pai.. — Ele estava em pé, olhando a foto em cima do criado mudo, a foto cujo todos estavam juntos. — Por que não disse nada para ninguém? — Ele perguntou, e por um momento eu vi que ele não estava calmo, apenas queria trazer o ar de calmaria.

— Não era para você ouvir esta conversa!

— Eu sei, mas eu ouvi e nada vai mudar isso. — Ele me olha. — Quando nos contaria?

— Eu recebi a carta hoje, eu ia deixar em off por um ou dois dias, passar com vocês sem lembrar daquela bendita carta! Mas Itachi viu que algo estava errado, então, eu disse a ele. A intenção não era você ter ouvido toda a conversa. Peço minhas desculpas por isso, mas, eu fiz minha escolha para salvar a todos.

— Deve haver outro jeito de sairmos dessa, sem sacrificar uma vida humana. Você pode até pensar que seu ato é sábio, mas quem garantirá que depois que sua cabeça for cortada, Konoha não virá atrás de nós para nos matar? Hum? Isso é uma proposta sem garantia, mãe, pare de acreditar em tudo. — Ele diz.

— Chega! Eu fiz a minha decisão. Eu cresci e vive em Konoha até minha adolescência, sei que tem pessoas lá dentro que são confiáveis, outras não. Entendo que esteja bravo, e triste, mas eu faço isso por todos, e não adiantará nada, ninguém irá me impedir. — Justifico decidida.

Apesar de tudo o que eu disse me machucar mais que uma facada, eu não tinha escolha. Eu prefiro que meus filhos me vejam morta, do que eu vê meus filhos mortos.

— Tudo bem. — Ele não protesta, fazendo-me estranhar.

Chisak ~

Como eu poderia deixar minha mãe se sacrificar por todos? Entendo que ela deseja proteger-nos, mas está proposta derrepente, isso, está me deixando nervoso. Algo de errado tem nisso, ela pode ter crescido em Konoha, pode dizer que confia em certas pessoas lá, ainda assim, o pressentimento ruim não sai de meu corpo.

Quando ela contaria?
Sakita sabe?

Eram tantas perguntas que passavam em minha mente. Tudo estava indo bem, e feliz, e derrepente desmoronou por conta de uma bendita carta.

Eu não deixarei que acabem com a minha família, por mas que eu sei que os pais não duram para sempre, mas minha mãe é nova, eu e Sakita somos novos, meu pai descobriu a exatos dezesseis anos o que é ser amado, e eu sei que se ele perder a mulher que ama, ele nunca mais será o mesmo, não posso deixar tudo acabar.. Eu não posso.!

— Vou deixar você dormir. — Minha mãe diz tristonha. — Deixe este assunto em off por hoje, amanhã eu conversarei com todos no almoço.

— Uhum, está bem. Irei dormir agora. — Decido não olhar seu rosto, pois se eu olhar, eu com toda certeza irei deixar escapar uma lágrima.

Ela caminha até mim, e quando chega me da um toque em minha testa.

— Durma bem, Chisak, eu lhe amo, e você junto de sua irmã, sempre serão meus bebês.

Aperto minha mão em punho na tentativa de não chorar.

— Durma bem. — Sussurrei.

Ela então sorri, aquele sorriso meigo que sempre vi no rosto de minha mãe. E assim, ela se retira de meu quarto dando-me uma última olhada.

Narrador(a) ~

Já em outro lugar, encontrava-se Sasuke, o mesmo havia ganhado sobrinhos lindos, apesar de só tê-los visto uma única vez. Agora o emo, caminhava em direção a uma casa abandonada para passar a noite. Ele nunca mais voltou para Konoha, e nem sabe como está Naruto e os demais, apenas sabe que nada está como antes.

Sasuke ainda nutria sentimentos por Sakura, mas tentou oculta-los para não ter problema. Ele foi um babaca antigamente, e ele queria redimir-se, mas nem saberá como.

Pegou um pão que havia trazido e começou comê-lo em silêncio, como ele sentia falta da equipe 7, sentia falta dos momentos em que passará antes de seguir Orochimaru por busca de poder para matar Itachi. E o engraçado disso tudo, é que sua cede por vingança sumiu quando viu Sakura grávida a dezesseis anos atrás, e por fim, ele matou Orochimaru, e ganhou poder para conseguir, agora, se redimir de seus pecados.

Sasuke não se culpava por ter sido um babaca antigamente, pelo contrário, ele via tudo errado. Ele não sabia da história completa, tudo o que ele sabia era simplesmente uma mentira, uma mentira na intenção dele acabar com a única família que ele tinha. Antigamente, Itachi até poderia querer morrer, para se livrar da dor da lembrança de quando ele matará sua família por ordens, mas ele agora tendo uma família, com toda a certeza, ele não quer mais morrer, porque em meio a tantas turbulências, ele encontrou sua âncora de felicidade, o seu meio de fuga para esquecer e parar de ter aqueles benditos pesadelos e aquelas benditas lembranças.

E no final, todos estavam felizes, por mas que Sasuke sentirá um vazio dentro de si.
Mas.. Porquê?