Capítulo 2

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Os anos haviam se passado depressa, Louise e Derick estavam bem crescidos, o pai exaltava cada vez mais o filho enquanto mal podia ouvir falar da pequena e angelical Louise. A algum tempo já havia cogitado manda-la ao internato, pois sempre teve por certo que mulheres só serviam para atrapalhar os negócios. Assim, antes que a filha se pusesse mocinha a mandaria para um colégio interno.

Era manhã de sexta feira, enquanto todos tomavam café, Guilherme resolve informar a filha a sua decisão.

-Louise, logo logo você fará seus 14 anos, por essa razão amanhã mesmo Paulo, o filho do nosso motorista vai levar você até o internato.

-Mais pai!...

-Sem mais, está decidido, eu não perguntei sua opniao sobre isso, eu disse que você vai! Ficou claro? - disse ele pontuando.

Sarai a olhou intensamente, tentando inibila, de qualquer afronta.

-Sim senhor! -Louise bateu continência para o pai, afim de provocar-lo e demostrando sua reprovação.

Guilherme lançou-a um olhar fulminante, enquanto se levantou profundamente irritado.

-Que droga! Não quero ir a esse internato Sarai! -disse ela colocando as duas mãos sobre a mesa.

- Meu amor, você não pode desafiar o senhor Lanceron, sabe que as coisas com ele são sempre dificeis, e pode ficar pior... Então, trate de obedecê-lo.

-Sarai estou farta de meu pai me tratar como uma criada dele, que ele dá ordens e eu tenho sempre que obedecer," faz isso, faz aquilo", eu não posso protestar ,por acaso ele é meu general?

Louise estava de fato muito chateada, afinal não era de agora que havia percebido que só tinha deveres, e nunca direitos. Fora criada pra obedecer, e no seu ponto de vista, isso não passava de marxismo da parte do pai.

-Venha meu anjo, acalme-se, vamos fazer suas malas, deixar tudo pronto, sua mãe logo vai descer e não vai gostar nada de ver você assim, e você sabe que com ela não pode argumentar.

Sarai a toma pela a mão, direcionando-a até o quarto, no caminho Louise virou -se e perguntou a sua babá:

-Sabe se Derick já acordou Sarai? - ela queria desabafar com ele, e como Guilherme o venerava, quem sabe não o fizesse mudar de ideia?

- Derick saiu mais cedo que seu pai princesa, a pedido de seu Guilherme, Paulo o levou até o escritório, para lhe mostrar alguma coisa que não sei o que é, sei que é de negócios.

- Entendi, e minha mãe já sabe disso? -disse ela escorando-se nos umbrais da janela e cruzando os braços.

-Não sei meu bem! Mais se quiser um conselho, não se envolva em problema, por favor.

Louise ficou alguns minutos calada, batendo a ponta do dedo sobre os lábios, só acompanhando com os olhos cada passo que Sarai dava do guarda roupas para a mala que estava em sa cama. Parecia está a espera de uma solução, até que do nada gritou:

-Sarai preciso ir até a casa da vovó, você pode me levar até lá? Por favor Sarai eles são minha única esperança, de não ter que ir a esse internato! - Dizia com os olhos verdes marejados de lágrimas.

-Não tenho permissão princesa! Sabe que o clima não anda nada bem nessa casa. Não acho que me darão autorização.

- Então eu vou falar com a dona "alteza", - Louise fazia áspas com as mãos, porque era assim que se referia ultimamente a sua mãe as escondidas.

- Filha porque você não deixa isso para depois? Sua mãe acabou de acordar,ainda nem desceu pra fazer o desjejum e você sabe como ela fica quando acorda...

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⏰ Última atualização: Oct 18, 2021 ⏰

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