THE BEGINNING

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- EU VOU EMBORA DESSA PORCARIA DE CASA, NÃO AGUENTO MAIS ESSA DROGA DE VIDA.- Gritei, indo em direção ao meu quarto e logo pegando uma velha mochila ,onde procurei colocar o máximo de roupa que conseguia.

- S/N, VOLTA AQUI, VOCÊ NÃO VAI A LUGAR NENHUM.- Meu pai gritou de volta, vindo atrás de mim.

- Ah, não vou papai?- Falei com ar de deboche.- E quem vai me obrigar a ficar?- Disse colocando as mochilas nas costas, com toda a coragem do  mundo junto a mim, pois meu pai era praticamente meu dobro, poderia me impedir numa facilidade só. Mas apenas ficou me encarando não acreditava que sua "menininha" havia se tornado tão inconsequente. - A questão é - continuei a falar. - Eu não fico mais um segundo de baixo do mesmo teto dessa vadia, que você trouxe para casa e ainda chama de mulher.

- S/n,querida...- Meu pai tentou se acalmar. - Você está sendo injusta com     Cindy, ela é como uma mãe para você. - Senti vontade de vomitar, e meu sangue esquentar como se fosse explodir a qualquer momento, mais do que já havia.

- NUNCA MAIS. - Gritei. Mas logo respirei fundo tentando voltar a tom aceitável de voz. - Nunca mais mesmo,  compare essa biscate com a minha mãe, aliás que Deus a tenha. - Falei,pois minha mãe tinha morrido quando eu tinha apenas dez anos,e quando completei quinze meu pai conheceu Cindy, fazendo minha vida virar um inferno. - Minha mãe era uma mulher digna, não precisava se aproveitar de ninguém para se dar bem na vida, eu cansei pai, de ver você sendo feito de idiota. E também cansei dessa vadi... - Me segurei. - Mulherzinha, tentando tomar o lugar da minha mãe, e me tratando como um nada. Ela realmente conseguiu o que queria, eu vou embora. - Cindy observava tudo,as vezes dava até para ver seu sorriso vitorioso saindo de seus lábios, mas rapidamente ela voltava a se fazer de vítima. Eu odiava ver meu pai sendo feito de idiota, ela só queria seu dinheiro. Ali eu não ficava mais, estava cansada de tudo isso.

00:30. Eu realmente não sabia para aonde iria essa hora, mas resolvi arriscar, meu pai tentou me impedir. Porém ao mesmo tempo que ele era mais forte do que eu, eu era mais rápida. Na minha mochila, que agora pesava em minhas costas, enquanto eu andava pelas ruas um pouco mal iluminadas do meu bairro, havia algumas peças de roupas, coisas para higiene e um pouco de dinheiro da minha mesada. Eu estava quase me aarrependendo, com medo e com frio, apenas eu e minha segurança. Para onde eu iria? Droga.

Até que veio na minha cabeça um apartamento que meu pai possuía, porém ficaria um pouco longe, eu planejava pegar um táxi e pagar com o dinheiro que havia na minha mochila. Enquanto pensava comigo, passei por um grupo de garotos. Se eles não tivessem feito gracinha, eu nem perceberia.

- Ei, garota. Isso é hora da princesinha estar na rua? - Continuei andando o mais rápido possível, mas podia ver que eles estavam me seguindo.

- Qual é gatinha?! Vai mais devagar, rápido assim,só na cama. - Os garotos riram é até onde deu pra ver haviam quatro, não pude ver muito, o medo me impedia de olhar para atrás, em minha cabeça eu só conseguia pensar "continue andando".

- Olha, Krys. Eu acho que ela está com pressa, hein?! - Um garoto com a voz maravilhosamente rouca falou, e logo começou a rir.

- Ei, delícia, não corre não. - Falou um dos garotos, não fazia ideia de quem se tratava. Eu estava morrendo se medo, confesso, mas ao mesmo tempo eu já estava me irritando com aqueles babacas e meus pés já estavam doendo de tanto eu andar rápido. Então senti uma mão segurar meu braço com força.

- Qual parte do "Ei, delícia, não corre não" você não entendeu? - Um garoto com os olhos lindos verdes falou. Ele tinha um olhar um tanto malicioso.

POSSESSIVE {adaptaçao Alex and you}Onde histórias criam vida. Descubra agora