𝓮 𝓭𝓮𝓻𝓻𝓮𝓹𝓮𝓷𝓽𝓮 𝓿𝓸𝓬𝓮... - 𝚋𝚊𝚋𝚒𝚌𝚝𝚘𝚛

45° ↵

ᨳ 𝘣𝘢𝘣𝘪 𝘰𝘯

God: bárbara? - pergunta ao entrar no quintal enquanto eu ouvia tudo do outro lado do muro.

Não, eu não fui pega. E sim, eu já estava do outro lado.

Plmr né, não vai ser um murinho que vai me parar!

Porém, naquele mesmo momento o relógio começa a apitar dando 15 minutos exatos. Desligo-o rapidamente.

É, um "murinho" não me para, agora eu não disse nada sobre um relógio...

God: que porra... - ouço o mesmo se aproximar - é es...

(Radinho): god? tá na voz?

God (radinho): fala. - diz ainda meio desconfiado observando o resto do quintal

(Radinho): fac tá descendo com a... - a partir daí não consigo ouvir mais nada, pois o mesmo entra para dentro da casa.

Pqp, nesse momento minha alma já havia me abandonado, só estava o corpo ali!

Coloco a mão no peito e xingo internamente o relógio. Logo depois, desço no meio do mato e me deparo com uma rua onde haviam várias casas "enfileiradas".

Observo alguns vapores subirem em um barraco próximo a casa da mãe do nobru, provavelmente para vigiar ali. Foi por pouco!

Decido ir pra trás de uma dessas casas e tenho a ideia de ir pulando de uma em uma até o meu objetivo final. Como a tainá havia dito, essas casas eram próximas a boca principal e no radinho do god disseram que eles estavam próximos daqui. Então, eu tinha basicamente a diferença de quatro casas até lá...

Porém, como de certa forma já me conhecem por aqui, se eu sair pulando de um lado para o outro, com certeza não vai dar bom!

Os muros dessas casas eram menores por algum motivo, então, não eram tão difícieis de subir quanto o de antes!

Ao entrar na primeira casa, havisto um varalzinho com algumas roupas. Pego uma blusa de frio grande e visto colocando a touca sobre minha cabeça. Pulo novamente o muro da casa, para a outra.

Não sei se a ideia era tão boa, já que dessa forma eu chamaria mais atenção ainda.

Quando ia pular a próxima casa, acabo me desequilibrando do muro e caindo feio. Ótimo, tava tudo tão perfeito para ser verdade...

Passo a mão pela cabeça onde doía e me sinto um pouco zonza. Depois de alguns segundos, alguém abre a porta da casa enquanto segura um celular em suas mãos, provavelmente desconfiado(a) da situação.

Xxx: Nobru? - diz ao discar no celular - acho que tem alguém aqui! - concluí a voz feminina.

Nobru???

Coisa boa... imaginem que linda vai ser a cena quando ele chegar aqui e me ver com a cara dando um salve pro chão! Mais lindo ainda vai ser eu tentando explicar o porquê eu "fugi" do cativeiro onde ele chama de casa. - Tudo isso e muito mais hoje, no jornal corrida dos gados com bárbara passos!

Nobru (celular): deve ser invasão, vai pra dentro da casa que eu tô descendo.

É fml, meu fim está próximo.

Xxx: não, não precisa f....

Realmente não precisa!! Ninguém te quer aqui não bruno.

Nobru (celular): entra!!

A pessoa desliga e decide entrar para dentro da casa, porém, ao cair algo das coisas que derrubei em cima da minha cabeça, resmungo baixo.

Realidade: gritei para um caralho.