Prólogo

35K 3.5K 4.5K
                                    

   

 Eu não sou alguém comum

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Eu não sou alguém comum. Matar animais era o meu hobbie favorito. Não posso negar que era interessante vê-los tentando inutilmente fugir de mim. Tudo isso, para anular pelo menos um porcento da vontade que eu tinha de matar alguém, mas não qualquer um, eu queria acabar com o meu próprio pai.

   O homem que todas as noites batia na minha pobre mãe, apagando aos poucos suas lembranças como bailarina, destruindo seus sonhos, e sugando qualquer vontade que ela tinha de viver. Lembro-me como se fosse hoje do dia que era para ser divertido mas acabou virando meu maior pesadelo. O carro, a água e as lágrimas.

   E assim se foi a única pessoa cujos meus segredos sabia e guardava a sete chaves, a única que comprava os medicamentos que impediam o meu lado assassino ressurgir. E para falar a verdade, eu tinha medo do que eu poderia me tornar sem eles.

   Assim se seguiu à minha vida, cresci com um pai bêbado que me culpava pela morte de sua querida esposa, tsc...hipócrita. Fugi de casa e por incrível que pareça me formei em psicologia.
Queria entender a fundo o que pessoas como eu pensavam, faziam e agiam, já que eu não era assim a tantos anos.

   Agora a pergunta principal é: Onde eu quero chegar com todas essas informações? Bom, quero apenas contar minha história, cabe a você gostar ou não. Mas saiba que é melhor temer a sua sombra, talvez eu possa estar te observando. Ou melhor, o paciente do quarto 36 está te observando.

                             —————

–Bom dia, seja bem vindo ao Centro de Reabilitação Repath. O que deseja? – a atendente de voz extremamente irritante dizia com um sorriso enorme estampado no rosto.

–Vim pagar a mensalidade.

–Certo, seu nome e o nome do paciente por favor?

–Park Jimin e Park Seo-Han

–Hum, ok senhor. O valor é de 40.000 Wons.

-Aqui.

   Jimin passou o valor ansioso para ir embora daquele lugar, não queria passar nenhum minuto no mesmo teto que aquele bêbado muito menos ter que pagar aquele valor altíssimo por um cara que não vale metade disso. O Park podia ser alguém com sede de sangue, mas ainda tinha pequenas emoções humanas que não conseguia controlar ou excluir.

   Esta é sem dúvida a principal diferença entre psicopatas e sociopatas. Enquanto os sociopatas são capazes de sentir remorso e culpa, traços psicopáticos incluem a falta de empatia, culpa e remorso. Jimin se encaixava na primeira opção, só não tinha certeza se os sentimentos vinham dos remédios que o tornavam "humano", ou ele era realmente um sociopata.

–Quer fazer uma visita para o paciente? Acho que ele iria gostar.

–Não obrigado, já estou de saída.

Quarto 36- O Início (Jikook)Onde histórias criam vida. Descubra agora