Capítulo 60

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Lilith foi o mais rápido que pode em direção ao quarto das meninas, lá mesmo preparou uma mala rápida com tudo que precisaria no momento, depois se precisasse de algo mais ela seria capaz de usar sua magia.

Enquanto isso no salão em que a discussão ocorreu Zelda estava de joelhos no chão, em prantos, ela não sabia como recuperar Lilith, não sabia como contar a verdade, ela precisaria de um plano, não sabia nem ao menos viver sem a mulher.

A ruiva viu sua vida em pedaços novamente, mas ao menos tinha suas filhas, ou não.

Ela tinha perdido tudo.

Alse estava brava, muito brava, confiava na ruiva para tudo, a amava como uma segunda mãe, mas jamais a perdoaria por ter partido o coração de sua mãe biológica, jamais. A menina saiu correndo para alcançar a morena, tentar acalma-la e entender direito o que tinha acontecido, mandou Stolas ir atrás de um copo de água com açúcar para todas as duas mulheres.

Sabrina também não acreditava que sua tia seria nem ao menos capaz de fazer aquilo com Lilith, sabia que seu amor pela rainha do inferno era mais verdadeiro que tudo nesse mundo, algo ainda estava errado e ela queria saber o que, mas antes tinha que dar apoio a sua tia.

Enquanto Alse foi até a morena, Sabrina envolveu sua tia em um abraço para tentar acalma-la um pouco, depois elas conversariam.

" Tia acalme-se, nós vamos resolver okay? Vocês só precisam de tempo! "

" Não Sabrina....Não! "

Zelda tentou falar mas desabou no choro novamente, não sabia nem ao menos se tinha vontade de viver mais.

Alse procurou a morena em tudo quanto é quanto do castelo, sua última opção era o quarto de suas irmãs.

Não perdeu seu tempo batendo na porta, abriu e deu de cara com a mulher trocando a roupinha de suas filhas.

" Mãe...."

" O que foi? "

Lilith estava rígida, estava sendo grossa para não demonstrar fraqueza, da última vez que ela mostrou fraqueza para alguém, para a ruiva, ela acabou machucada, se segurava ao máximo para não chorar.

" Me conte o que aconteceu..."

" Eu confiei nela Alse...eu confiei! "

A rainha colocou a filha no berço, estava perdendo as forças aos poucos, ja não conseguia nem ao menos ficar em pé.

Caminhou até uma parede e nela encostou, escorregou seu corpo em meio as lágrimas que insistiam cair, abraçou os joelhos e deixou que o choro a consumisse.

Alse apenas caminhou e sentou-se do lado da mãe, do mesmo jeito que Sabrina fez, a abraçou e lhe deu conforto.

Cerca de meia hora depois a morena se acalmou nos braços da filha.

" Acabou, tudo que eu fiz pela Zelda, acabou..."

" Não mãe, espera um pouco, vocês ainda precisam conversar...não acredito que ela faria isso com você..."

" Mas ela fez, eu vi com meus próprios olhos, eu estava lá, ela fez na minha frente! "

" Me conte essa história direito! "

Em meio a soluços, lágrimas e dores, a morena contou sua versão da história para a filha.

Foi uma tarefa muito difícil, reviver todos aqueles fatos.

" Ela a chamou de amor, disse que tinha sentido saudades, e depois a beijou...."

" Mãe você tem certeza que ela fez isso? "

" Tenho Alse! "

" Não passou em nenhum momento pela sua cabeça que ela pode ter sido enfeitiçada? "

" Não acho que tenha sido, ela estava muito certa de suas palavras, quando as proferiu. "

A rainha se levantou ainda um pouco com dificuldade indo em direção as duas filhas para pega-las no colo.

" Mãe...você vai embora? "

" Eu não consigo ficar aqui, vou lembrar de cada momento, não consigo..."

" Você vai levá-las? "

Alse disse se referindo as pequenas que estavam em seus braços.

" Eu preciso, não quero dar mais trabalho para Zelda, me aturar apenas para ter poder ja foi um fardo enorme para ela. "

" Não fala assim mãe..."

Nehuma palavra mais foi dita pela rainha, ela apenas se tele-tranportou para sua sala de quadros, aquela mesma sala em que ja tinham ido anteriormente, a sala em que cada quadro levava a algum lugar.

Ainda com as duas filhas no colo, Lilith entrou em um em que nele havia um jardim extenso de flores, uma paisagem de tirar o folêgo, quando as mulheres foram em busca da lâmina do anjo Lilith contou a história desse quadro para Zelda, contou que utilizava-o quando precisava fugir, quando precisava pensar, e esse era o momento ideal para utiliza-lo.

Já dentro do quadro, a morena andou um pouco entre as flores, ela tinha um rumo, uma cabana de madeira, parecida com a de Mary wardwell na qual viveu por cerca de um ano fingindo ser a mulher.

No meio do caminho uma memória se despertou na mente da mulher, ela estava sensível devido a todos acontecimentos recentes.

Lembrou-se do dia em que levou a ruiva para aquele lugar, deitou-se com ela sobre as flores, demonstrou todo seu amor por ela, lembrou de quando ela era feliz.

Era claro em seus olhos o quanto estava quebrada, destruída, despedaçada, até mesmo alguém que não conhecia a mulher era capaz de perceber tais sentimentos.

Entrou na cabana e ajeitou algumas coisa, fazia algum tempo que a mulher não ia no local.

Ajeitou um lugar para dormir, pensou em trazer os dois berços das meninas usando sua magia, mas mais do que nunca ela precisava das duas bebes, agora elas eram seu único motivo para felicidade.

Deitou-se na cama abraçando ambas que logo caíram no sono ainda no conforto da mãe.

Não demorou muito e Lilith também apagou, estava exausta...

Enquanto Lilith fugia Sabrina dava um jeito de acalmar um pouco sua tia ruiva, mas infelizmente não teve sucesso.

Sua última solução foi chamar sua tia Hilda, ela sim saberia como acalma-la.

Em menos de alguns minutos Hilda apareceu assustada no castelo, seu desespero aumentou mais ainda ao ver que sua irmã estava no chão em prantos.

" O que aconteceu?! "

Hilda estava desesperada.

" Depois de conto tia...apenas acalme-a, sei que consegue! "

" Tudo bem...eu preciso de algumas ervas...."

" Me diga quais que eu trago direto de casa! "

" Preciso de Alecrim, erva doce e lavandas.....tem um pote na cozinha com um liquido vermelho traga-o também! "

Não passou um minuto e tudo ja estava nas mãos de Sabrina.

Hilda pegou tudo da mão da jovem com um pouco de pressa e começou a misturar tudo com o liquído vermelho.

Zelda já não sabia mais o que sentir, uma crise de soluços começou a atacar a mulher.

" Aqui Zelds...beba tudo! "

" Não quero! "

A ruiva estava relutante em beber o que sua irmã estava lhe dando

" Não perguntei se você queria eu mandei você tomar! "

" Vamos tia, beba por favor! "

Revirou os olhos mas tomou o copo da mão de sua irmã, virou tudo de uma vez como se fosse uma de suas bebidas favoritas.

" Quanto tempo demora tia Hilda? "

" Menos de um minuto! "

Esse foi o minuto mais longo da vida das mulheres.

" Esta mais calma tia? "

A troubled LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora