Prólogo

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"Estocolmo é um estado PSICOLÓGICO em que a pessoa submetida a intimidação, medo, tensão e até mesmo agressões, passa a ter empatia e sentimento de AMOR e amizade por seu AGRESSOR

A princípio, as vítimas passam a se identificar emocionalmente com os sequestradores por meio de retaliação e/ou violência. Pequenos gestos gentis por parte dos raptores são frequentemente amplificados porque o refém não consegue ter uma visão clara da realidade e do perigo em tais circunstâncias. Por esse motivo, as tentativas de libertação são tidas como ameaça. É importante notar que os sintomas são consequência de um stress físico e emocional extremo. O complexo e dúbio comportamento de afetividade e ódio simultâneo junto aos raptores é considerado uma estratégia de sobrevivência por parte das vítimas.

É importante observar que o processo da síndrome ocorre sem que a vítima tenha consciência disso. A mente fabrica uma estratégia ilusória para proteger a psique da vítima. A identificação afetiva e emocional com o sequestrador acontece para proporcionar afastamento emocional da realidade perigosa e violenta a qual a pessoa está sendo submetida. Entretanto, a vítima não se torna totalmente alheia à sua própria situação, parte de sua mente conserva-se alerta ao perigo e é isso que faz com que a maioria das vítimas tente escapar do sequestrador em algum momento, mesmo em casos de cativeiro prolongado.

Não são todas as vítimas que desenvolvem traumas após o fim da situação.

O caso mais famoso e mais característico do quadro da doença é o de Patty Hearst, que desenvolveu a síndrome em 1974, após ser sequestrada durante um assalto a banco realizado pelo grupo de extrema-esquerda (o Exército Simbionês de Libertação). Depois de libertada do cativeiro, Patty juntou-se aos seus raptores, indo viver com eles e sendo cúmplice em assalto a bancos.

A síndrome pode se desenvolver em vítimas de sequestro, em cenários de guerra, sobreviventes de campos de concentração, pessoas que são submetidas a prisão domiciliar por familiares e também em vítimas de abusos pessoais, como pessoas submetidas a violência doméstica e familiar. É comum também no caso de violência doméstica e familiar em que a vítima é agredida pelo cônjuge e continua a amá-lo e defendê-lo como se as agressões fossem normais."

-Uh, é sério mesmo que acreditam nisso? É óbvio que é tudo farsa -Veronica falou fechando o seu livro.

-Como você pode ter tanta certeza Ronnie? -Midge perguntou-lhe

-Tendo ué, as vítimas fingem para saírem vivas -Veronica falou e viu a amiga torcer os lábios

-Não acho isso -Midge falou fechando o caderno que anotava tudo

-essa pesquisa foi totalmente inútil -A morena Resmungou cruzando os seus braços

-Fazer oque não é mesmo? A professora pediu -Midge falou

-Grande merda -Resmungou a Lodge

-Vou indo para a sala de inglês,tenho prova lá -Midge falou se levantando

-Nem me lembre, tenho de História -A morena choramingou,aquela era a pior matéria do mundo

Midge se despediu da amiga e foi para sua sala, deixando Veronica sozinha, que logo se levantou e foi para sala de história

Já agiam vários alunos ali, e a professora também já se encontrava sentada em sua cadeira

[...]

Veronica resmungava vários palavrões enquanto fazia sua prova de português, ela estava mais perdida que cego em tiroteio.

Aquilo estava escrito em árabe? Por que a ruiva não entendia absolutamente nada?

-Professora escrota do Caralho,que porra é essa escrito aqui desgraça? tomara que morra engasgada com o pênis do marido -a Lodge sussurrava escrevendo a resposta que achava correta

Veronica olhou para os lados, vendo seus colegas de turma concentrados em suas provas, menos uma...

A morena de mechqs rosas baixinha, de olhos negros e pele morena a olhava como se fosse matá-la, a Lodge engoliu seco, se virando para sua prova novamente

Se a morena não se enganava, aquela era Antoinette Topaz, uma garota que todos consideravam estranha, pelo simples fato de ficar nos cantos, Observando tudo, anotando e até mesmo decorando atos, como se estivesse calculando algo.

Jughead perdeu o cargo dele ano passado, quando a estranha chegou do nada, sem dizer de onde veio e oque ia fazer por ali.

-Professora, A Lodge está colando -A morena escutou a voz desconhecida por ela é se virou, vendo Toni a olhar debochadamente

Ela havia falado? desde que Topaz entrou a mesma não avia dito uma palavra sequer e a maldita falou para dedurar a morena.

-Cheryl por favor me entregue a sua prova -A Professora falou chamando a atenção da Lodge.

-Mas isso é mentira -Veronica falou nervosa, se ela ficasse sem nota seus pais a matariam

-Me entregue a Prova Lodge, e por favor se retire -A Professora falou fazendo Veronica bufar e gemer frustrada com a situação

Liberou toda a raiva dentro de si e rasgou a prova, deixando-a em cima da mesa de sua professora, em pedaços.

-Veronica Cecília Lodge eu não aceito esse tipo de comportamento em minha sala de aula -A Professora falou se levantando

-Foda-se -a morena respondeu saindo da sala

Escutou sua professora gritar seu nome mas a única coisa que fez foi ignorar e ir até o portão de saída, estava em semana de prova como percebido, aquela seria sua última.

Bufou ao perceber que teria que ir para sua casa andando, já que sua amiga ainda estaria fazendo as suas bentidas provas.

Deu de ombros e começou a caminhar pela calçada, a casa da morena não era longe, porém ela odiava ter que andar, principalmente com o sol forte.

Cecília estava na metade do caminho quando escutou um barulho, fazendo a mesma travar, seria um animal, não é mesmo?

Ela estava sentindo uma sensação estranha, como se estivesse sendo perseguida, mordeu os lábios olhando para trás, e não vendo absolutamente ninguém.

-Ok Cecília, pare de Paranoias -Falou para si mesma, em seguida soltando uma risadinha nervosa.

Revirou os olhos para si mesma e voltou a andar, aliás, ela não chegaria em casa sem fazer aquilo.

Enquanto andava Veronica se perguntava quem veio primeiro, o ovo ou a galinha, e ela tirou as conclusões de que o Ovo veio primeiro.

Deu um pulo ao escutar uma buzina, e olhou para o lado, vendo quem ela menos queria ver ali, com seu sorriso cínico.

-Entra -Toni falou para a garota ruiva, que negou imediatamente.

-Não.

Toni olhou para trás da ruiva, dando uma piscadinha, deixando Veronica confusa.

Quando Cecília deu de ombros e iria voltar a andar, sua visão ficou turva e escura.

ESTOCOLMO (Versão Beronica) Onde histórias criam vida. Descubra agora