É neste mundo sobrenatural onde nossa história começa, não estamos mais em South Park, estamos em um lugar totalmente desconhecido, mas com pessoas que já conhecemos muito bem. Não sei a exata localização, apenas sei dizer que é longe demais de South Park. Em uma cabana escura, habitam o povo gótico, quer dizer, quatro desse imenso povo, eram os principais representantes do Povo Gótico, importantes membros da Corte Gótica.
Como sempre estavam fumando, bebendo café e lendo suas leituras deprimentes, do lado de fora da cabana, estava um cemitério, onde Pete estava sentado em cima de um túmulo, observando o triste canto dos corvos. Coincidentemente estava lendo O Corvo (The Raven), de Edgar Allan Poe, ao mesmo tempo em que fumava e jogava as cinzas no chão, enquanto a baixa névoa do local começava a cobrir parte de seus pés.
Fumar era uma das inúmeras distrações dos góticos quando não se tratava de beber café ou ler contos góticos e ouvir músicas punk-rock, mas Pete preferia fumar além de beber café, estava tudo num silêncio mortal quando os outros três amigos de Pete chegaram para lhe fazer companhia.
- Quem quer ler seu primeiro poema sobre morte? - perguntou Henrietta.
- Vou ler só os únicos 5 versos que fiz. - disse Michael.
- Anda logo e não seja conformista. - alertou Firkle.
- '' Morte, se és tão misteriosa, porém agradável aos olhos de muitos
Faça apenas um único favor para nós que tanto te visam
Livre-se por favor daqueles vampiros babacas
Que diminuem os números de nosso povo e que também
Faz muitos perceberem que não existimos''
- Caraca!
- Concordo, eles são todos uns babacas conformistas que só sabem passar toneladas de maquiagem no rosto e fazer umas três mil perfurações em seu corpo por causa daqueles malditos piercings. - Pete disse.
- É verdade. - Todos concordaram.
- Agora eu vou ler o meu, fala de como a escuridão me faz bem. - Prosseguiu Henrietta.
A fala da jovem foi interrompida por gritos familiares, que convocavam os quatro para reunir-se na sala geral da Corte, eis que o Rei Gótico chama os quatro góticos para discutir assuntos importantes sobre seus eternos rivais:
- Creio que não sabem por que os chamei aqui.
- Não somos conformistas, cara. - Todos disseram.
- Excelente, pois tenho uma missão para vocês: soube que os vampiros vão dar uma grande festa e em seguida discutir uns certos planos para nos destruir. Por isso quero que vocês quatro se enfiem dentro daquela festa e nos contem absolutamente tudo.
- Você só pode estar louco, eles nunca nos deixariam entrar lá, somos góticos e eles nos odeiam e nós os odiamos. - Disse Michael.
- Por isso que vocês vão vestidos de vampiros, se enturmem com eles, vocês agora são espiões. - Disse o Rei.
- Não vou me vestir como um daqueles cuzões! - gritou Henrietta.
- Andem logo, pois assim vocês vão nos ajudar a destruí-los de uma única vez.
Claro que os góticos não se conformaram, mas foram obrigados a cumprir as ordens do Rei, já que eram os quatro principais representantes da Corte. Em uma sala separada, os quatro vestiram suas roupas de vampiro, com casacos, maquiagem e até mesmo tinturas de cabelo coloridas, o que os tornava praticamente irreconhecíveis. O mais desafiador eram as presas de vampiro, colocá-las sem espetar seus lábios ou língua era muito difícil, sem contar que nenhum deles estava acostumado a usar aquilo, e a primeira sensação foi muito ruim.
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Obscuridade - Lábios Venenosos
FanfictionNesta fanfic sobrenatural, os Góticos e Vampiros são conhecidos por serem inimigos naturais, e uma guerra está prestes a estourar entre esses dois povos. No entanto, o gótico Pete acaba por se apaixonar por Mike, o príncipe vampiro. Porém, o perigos...