Miragem.1

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Mais uma loucura partilhada, vamos entrar nesse mundo quente de oásis e miragens além da imaginação, com um protagonista skeik disposto a tudo para conquistar a mulher amada e uma jovem sonhadora que queria ser livre para voar...
Escrita com meu amor ThalyaVieyra e dedicada a BrunaCampos07

Já são seis meses...

Seu pai se recusa a voltar para o México, o ano em que estamos é 1898, mais um século próximo a acabar e nós mulheres ainda somos vistas como mercadorias, como submissas a viver rente a sola do sapato de um homem...
Ele a prometeu que em um ano voltariam para o México e faltava mais seis longos meses naquele oásis infernal, ela vivia rodeada de criados que lhe ensinavam de tudo sobre aquela civilização arcaica, mais sua amiga e criada era quem mais lhe ajudava a passar por esse tormento, ela lhe ensinava coisas tradicionais e o único que lhe interessou foi a dança, ela estava se sentindo livre ao dançar como as locais, as mulheres Árabes se cobriam dos pés a cabeça e ela se recusava a seguir esses costumes, ela mal saia de casa e quando saia era com varios guardas reais já que seu pai era sócio do sheik daquele país, ela não o conhecia mais sua fama o precedia e ela sabia que em seu harém tinha mais de mil mulheres.

Elena: todas devem ser insatisfeitas... creio eu- sorriu olhando para a amiga que lhe ajudava se arrumar para a noite, o tal sheik viria para jantar- não sei por que meu pai insiste em que eu o receba, não suporto homens arrogantes, nem esse lugar que é pior do que o México- ela tinha visto coisas terríveis e atentados contra as mulheres.

Aisha: mesmo não gostando do Sheik é melhor você ser bem educada com ele já que seu pai está fechando negócios aqui no país e bom ele o Sheik é quem manda em tudo aqui.

Elena: não sou obrigada... ele me parece ser um homem arrogante e pretensioso, seu país é o pior de todos, como pode seus homens trocam mulheres por camelos- ela falou horrorizada, nesse lugar ter camelos era sinal de riqueza e prosperidade- aqui não passamos de moeda de troca... e isso me recuso a aceitar, no meu país acho o hábito de um casamento arranjado já estranho de mais, meu pai me deixou livre para escolher com quem irei casar se é que casarei um dia, se é pra ser governada por um homem estúpido e prepotente prefiro morrer solteirona.

Aisha: nós não temos escolha Elena, nascemos aqui e infelizmente temos que aceitar a nossa realidade, não há muito o que fazer- falou com pesar- os homens sempre mandaram no mundo e contra isso não se pode fazer nada.

Elena: pois eu não aceito essa vida... eu lutaria tentando me livrar dessas amarras- ela olhou para as roupas que deveria usar, as mulheres cobriam a cabeça em sinal de submissão e ela não faria isso nem para agradar o todo poderoso- não usarei isso... nunca usei e não começarei agora, vamos antes que a cabeça gigantesca dele infle até estourar.

Aisha: eu admiro sua coragem de querer enfrentar o mundo mais é uma pena que as coisas nem sempre sejam como queremos... Vamos sim.

Elena ia contestar mais não tinha por que fazer isso, Aisha era de outro mundo, um mundo mais difícil do que aquele que ela mesma vinha, ela desceu e sentou esperando o tal sheik chegar, as mulheres não bebiam mais Elena fugia a essa regra ela levantou e foi se servir de vinho, ao se virar deparou com vários homens entrando na sala com certeza era a comitiva real, eles trazinham grandes espadas em suas cinturas e olhava para frente era como se o mundo ao redor não existisse, ela viu ele entrar e nossa... ele era belo, charmoso e tinha um olhar de dono do mundo que lhe fez estreitar os olhos e fugindo do protocolo real ela o encarou diretamente sem se deixar abalar por tanto poder.

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