——𝗔𝗣𝗥𝗜𝗟 𝗖𝗔𝗥𝗧𝗜𝗘𝗥
Entro pelos enormes portões da Yale recendo olhares curiosos e outros de surpresa, abraço os livros que estavam em meus braços e abaixo a cabeça afim de me esconder dos olhares mas era impossível. Eu acabei de me mudar para a Califórnia então eu não sei nada daqui além da minha casa e o meu nome, eu vim pra cá apenas para estudar na Yale, eu morava em New York mas eu sou francesa. Sai da França quando eu ainda tinha 13 anos e morei em New York até os meus 19 e agora eu estou aqui na Califórnia.
Eu estava tão entretida em meus pensamentos que nem percebi que estava indo em direção a uma pessoa que também não estava prestando atenção, mas nossas atenções foram tomadas ao nossos corpos se esbarrarem e meus livros irem ao chão.
—Oh me des- — tento me desculpar, mas sou interrompida.
—Olha por onde anda!— a menina em minha frente disse.
Ela era linda.
Tinha cabelos loiros e longos, olhos verdes claros que quase refletiam no sol, um corpo cheio de curvas que chegavam a dar inveja.—Eu estava me desculpando antes de você me cortar, você também poderia está prestando atenção.— respondo.
—Vem cá, quem é você mesmo?— pergunta toda autoritária.
—April Cartier.
—Você é nova aqui, né? Então, se eu fosse você tomava cuidado e reevia o seu jeito de falar comigo.— ela diz.
—E por que?— arqueio a sombrancelha.
—Meu pai é o dono da Universidade, você está aqui graças ao meu pai.
—Estou aqui graças ao meu dinheiro.— ela abre a boca pra me responder mas alguém diz primeiro que ela.
—Ah menina é que ela se acha a dona da escola, sendo que não manda nada.— uma voz masculina atrás de mim começa a dizer.
—Por que você não morre Havier?— ela revira os olhos.
—Esse é o meu desejo todos os dias sendo teu irmão.— ele ironiza. Hm gostei de você, Havier.
—Já falei pra não dizer isso! Não somos irmãos, idiota. Vamos meninas.— ela sai irritada junto de duas meninas.
—Você me salvou, obrigado.— suspiro aliviada olhando pra ele.
—Me deve um favor.— diz e soltou uma risada.— Tô brincando, só ver a cara de raiva dela já foi um favor e tanto.
—Vocês são realmente irmãos?— pergunto curiosa.
—O pai dela casou com a minha mãe, nós moramos na mesma casa já faz quatro anos.— lamenta.
—E você é feliz?— pergunto e ele solta uma gargalhada. Meu Deus que fofo!
—Por incrível que pareça, eu sou.
—Deus ainda opera milagres!— jogo as mãos pro alto.
—Amém, me chamo Havier Brooks.— se apresenta.
—April Cartier.
—Você é uma das pessoas novas que vai cursar dança!— eu assinto.
—Como sabe?
—Morar com o diretor tem seus privilégios, eu faço dança também e perguntei a ele quantas pessoas novas teriam.— respondeu.
—Ah sim.
—Olha, nós temos 20 minutos antes da nossa aula começar, quer tomar algo? Eu posso te apresentar para alguns amigos.— se oferece.
—Pode ser.
Havier é um garoto muito engraçado e doce, além de sair com cada pérola maravilhosas. Ele tem seus cabelos castanhos claros e seus olhos azuis escuros, quase um preto, ele é alto deve ser uns 1,88, tem um físico magro, e um estilo impecável. Ele me contou muitas fofocas sobre as pessoas da escola, me contou sobre seus amigos e outros.
—Eles brigaram na frente de todo mundo naquele dia, todo mundo ficou chocado com as revelações.— termina de contar uma briga de sua meia irmã com o ex namorado, que é melhor amigo de Havier.
—Meu Deus! Mas eles voltaram?— ele abriu a boca para me responder mas depois ficou sério olhando algo atrás de mim.
—Mas que merda, Peter!
Havier se levantou e me puxou junto com ele até um lugar que eu não fazia idéia, chegamos em um corredor pouco iluminado e vazio, só tinha um garoto andando, melhor, se arrastando. O coitado quase não conseguia andar, ele segurava nas paredes e andava.
—O que foi, Havier?— pergunto.
—Peter!— chamou o garoto que estava quase caindo e ele se virou.
Ele era lindo, porém estava em um péssimo estado, seus olhos verdes claros estavam um pouco vermelho e ele tinha a parte de baixo dos olhos vermelha como se tivesse chorado. Seu nariz estava vermelho também e ele não parava de fungar, seus cabelos estavam bagunçados e suas costas amarrotadas.
Havier correu até o tal garoto enquanto eu continuei caminhando até eles normalmente, Havier segurou o maxilar do garoto com uma das mãos e levantou seu rosto.
—Aí Havier, tá me machucando!— reclama o garoto. Ele quase não conseguia falar direito e ainda estava com um cheiro péssimo de álcool.
—Sério isso, Peter? Você bebeu no primeiro dia de aula? Se Charles ver você assim ele te mata, seu merda!— Havier briga com o garoto.
—Você não sabe a confusão que está lá em casa.— diz o garoto rindo.
—Eu não acredito, você tá drogado?— ele segura o garoto com força.
—Não, óbvio que não.
—Olha pra você, seu otário! Já não mandei você parar com isso caralho? Eu vou matar a merda daquele traficantezinho de merda!— ele solta o garoto fazendo ele cair.— April, quer fazer aquele favor que está me devendo?
—Mas você disse que- — me cortou.
—Leva ele pro banheiro e faz ele ficar o mais sóbrio possível!— ele saiu correndo antes que eu pudesse dizer algo.
Olhei para o tal garoto que estava jogado no chão tentando levantar, eu fui até ele e fiquei o encarando por alguns minutos em um conflito se eu ajudava ou não ele. Mas eu também me perguntava o motivo dele está assim, agora não é hora pra isso então resolvi ajudar.
Me abaixei em sua frente fazendo seus olhos se prenderem em mim e eu passei seu braço pelo meu ombro, me levantei ajudando ele também. Ele não disse uma palavra apenas me olhava enquanto eu o guiava para o banheiro mais perto.
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Sun and Moon
Romance𝐎𝐬 𝐩𝐢𝐨𝐫𝐞𝐬 𝐟𝐢𝐧𝐚𝐢𝐬 𝐬𝐚̃𝐨 𝐚𝐪𝐮𝐞𝐥𝐞𝐬 𝐪𝐮𝐞 𝐚 𝐠𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐧𝐚̃𝐨 𝐞𝐧𝐭𝐞𝐧𝐝𝐞, 𝐪𝐮𝐞 𝐚 𝐠𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐧𝐞𝐦 𝐭𝐞𝐦 𝐜𝐡𝐚𝐧𝐜𝐞 𝐝𝐞 𝐢𝐦𝐩𝐞𝐝𝐢𝐫. 𝐒𝐚̃𝐨 𝐚𝐩𝐞𝐧𝐚𝐬 𝐜𝐚𝐨𝐬 𝐬𝐮𝐫𝐩𝐫𝐞𝐬𝐚... duas pessoas completamente dife...