16 de julho de 850 Distrito de Trost 3 dias antes do ataque a muralha Rose Sexta-feira meia-noite e quarenta e cinco. ─────────────────────────
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HANA HARUNO encarava tristemente a grande muralha. Observando atenta e quieta a grande construção que cercava a cidade de Trost prestando atenção na pedra lisa e parcialmente suja que parecia cobrir a luz da lua, Hana mal podia ver nada além da penumbra e do escuro que tomava conta dos céus.
Ela sentou-se no telhado do dormitório onde dormia junto com os outros soldados da Survey Corps. Já tinha certo tempo que não parava para descansar, Hana virou o rosto para a esquerda, vendo a torre em que os oficiais permaneciam. A Haruno sentiu as bochechas arderem por ter levado uma bronca de Levi mais cedo, ela havia esquecido de limpar a louça na hora do almoço e sabia que Levi era um fanático por limpeza e ter rido por Acidente após perceber a altura do Ackerman não ajudava sua situação vergonhosa.
Não era nem a questão de ter sido chamada a atenção, mas sim por isso ter acontecido na frente de Armin.
Ah, Armin com seus olhos azuis de oceano, seu cabelo loiro como ouro, seu sorriso mais brilhante que o sol, sua voz suave como a mais bela música. A doçura e timidez acompanhada da inteligência do Arlert faziam Hana rir sozinha ao pensar nele, seu coração se aquecia toda vez que o rosto de Armin surgia em seu pensamento.
Era ainda estranho para ela pensar em Armin como algo além de seu melhor amigo O garoto sempre foi sua figura de conforto, a pessoa na qual seu corpo, seus poros e todo o seu organismo se acalmavam sempre que seus olhos se encontravam com o azul das pupilas de Armin.
━━ ah Droga ━ A felicidade de Hana durou pouco quando sua garganta começou a arranhar, e ela a engasgar com as pétalas de rosa e as tossir quase se sufocando com a quantidade que expeliu. Com a cabeça tonta e o corpo dormente, Hana suspirou. Já tinha dois dias que começou a sentir os sintomas da chamada Doença Hanahaki Byou, uma lenda que dizia que ao se ter um amor não correspondido seu corpo seria recoberto internamente por rosas estas cresceriam, até matar aquele que a portava, apertando seus órgãos lhe matando de forma lenta e agonizante.
━━ Hana? Você está bem? ━ A garota tomou um susto, encolhendo seus ombros ao ouvir a voz de Mikasa abrindo a Portilhona que levava para o telhado vendo a Haruno tossir e segurar a barriga como se estivesse com dores. A Ackerman se aproximou em passos pequenos podendo ver perfeitamente o sangue e as flores, Ela arregalou os olhos e tentou socorrer a mais nova porém foi interrompida pela própria Haruno
━━ Mikasa, oi. Eu estou bem
━━ Não, você não está. Hana você não fala com a gente tem dois dias, mal te vejo nos treinamentos ou em qualquer coisa que seja. Você não age assim. O que tá acontecendo com você?
