Twelve.

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Dedico este capítulo para:

Z4ynsGirI
copyoflarrie
houistlove
hsghosthing

Agradeço todo carinho e atenção, obrigada por terem reservado um tempo para entrarem em contato comigo para me incentivar a continuar a obra. Assim como a todos que ainda permanecem lendo essa história, também dedico esse capítulo a vocês.

Tudo nas notas finais.

...

O dia posterior da conversa melancólica foi como o esperado por Louis e Harry, um dia estranho. Foi uma manhã sem contato visual, conversas desvencilhadas de assuntos particulares, focando apenas na rotina das crianças. Não houve brincadeiras ou reclamações sobre o controle quebrado da garagem, o dia foi monótono e triste. Nos pés da escada, enquanto apaga as luzes para enfrentar mais uma noite mal dormida, Louis pensa que fodeu tudo mais uma vez. Até porquê, eles estavam bem. Consideravelmente bem, levando em conta toda a frustração e sentimento reprimidos, conseguiam manter uma boa convivência e prolongar um diálogo agradável. Após pisar no primeiro degrau, mais um pensamento pertinente ecoa em sua mente.

Então é isso, não há mais outra chance. Lide com a própria merda.

Que pensamento agradável para se ter antes de adormecer.

Enquanto Harry, ele escuta os passos leves do outro homem pelos corredores, já está deitado há uma hora... Mas seus pensamentos continuam acesos, despertos e insistentes. Ele não pode apagar o turbilhão de coisas que pensa no momento. As lembranças que surgem sem avisar também não ajuda. Quando vem as recentes, incluindo as brigas e namoros mal sucedidos, a amargura surge em sua garganta... No entanto, quando chega na parte boa, todos os sentimentos rancorosos se convertem em lagrimas nostálgicas. Ele inspira várias vezes esperando afastar as armadilhas mentais, decidindo deixar o passado em seu devido lugar.

Até porquê, o passado é muito diferente do presente. Em seu passado há lembranças conturbadas, porém os momentos bons e felizes prevalecem... Ou então, sua memória só busca aquilo que o conforta. Enquanto o presente é sólido, você pode moldar a forma que quiser, está em seu alcance. E no momento, o que Harry tem em mãos é uma cozinha vazia em uma manhã rotineira. Louis havia deixado as crianças na escola, Alicia adormeceu após a primeira mamadeira, era apenas ele. O presente é pior do que o passado, Harry decide enquanto segura sua xícara de café. Lembrando que, o presente sempre pode piorar. Quando o som do carro de Louis alcança seus ouvidos, ele tem a certeza disso.
Chaves sendo jogados em um canto qualquer, passos leves e acanhados... Definitivamente é Louis. Harry o conhece o suficiente para saber que está recostado no batente, com as mãos no bolso do blazer.

— Eu quero ter uma conversa com você. — É a voz de Louis. — É uma conversa de adultos, de pais. Não se preocupe, nada sobre dois adolescentes apaixonados.

Harry suspira cansado, porém aceita o que está por vir. Ele assiste a figura de Louis sentar-se em sua frente, o moreno está muito elegante para o ocasião, aparenta ter largado seu dia de trabalhar para realizar esse diálogo. Louis não pode deixar de checar Harry, olheiras escuras e linhas de expressão perturbarantes em seu testa, Harry não está bem. De forma cuidadosa, o castanho espalha na mesa inúmeras folhas contratuais, separando as em montes.

— Processo do divórcio, concluído. — Ele empurra em direção ao outro.

— Eu não quero conversar sobre isso. — Harry repreende todo o assunto que está por vir, ele imediatamente afasta os papéis. Louis entende seu cansaço, é nítido na feição do rapaz.

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