Capítulo 4°: "Eles estavam extremamente desconfiados."

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As semanas se passaram bem, Belinda e eu estávamos mais próximos, era bonito a forma que ela se alegrava ao meu lado, e bom eu tentava também ficar feliz. Olhava para meu pai agora, que terminava de receber o pagamento da guarda real.

-Entregou uma pequena trouxa de couro com várias moedas de ouro dentro.- Aqui está pelo seu serviço.

-Obrigado!- Meu pai agradeceu, e guardou no bolso de trás, o pagamento.- Belas não?- Comentou vendo um dos guardas, observar as espadas que estavam com as suas proteções ainda.

-Sim.- Ele retirou uma da proteção, e pode observar todo seu brilho. Passou o dedo na lâmina e de imediato começou a sangrar, o homem sorriu.- Beleza fatal não?- Olhou para meu pai que concordou com a cabeça.- Bom...fique de prontidão.- Informou ao meu pai.

-Por que?- Perguntou sem entender a informação.

- Vossa majestade pensa em invadir mais um reino por esses tempos.-Explicou.- Irá precisar de espadas e escudos.- Meu pai acenou com a cabeça.- Bom, tenho que ir. Até.
-Alfonso se aproximou de meu pai.- Pagaram bem pelo serviço?- Olhava de forma curiosa.

-O suficiente.- Informou de forma ríspida.- Volte ao trabalho.- Porém pareceu pensar um pouco.- Na verdade preciso que faça um favor.- Poncho levou sua atenção a ele, meu pai pegou algumas moedas e entregou a ele.- Preciso que compre alguma coisa para que possamos comer, porque hoje não dará tempo de voltar para casa.- E por fim vimos meu irmão sair.

O tempo se passou, e meu irmão não voltava a preocupação que antes estava em meu pai, começou a me tomar também. Vozes exaltadas, e gritos começaram a ecoar por toda a rua, chamando nossa atenção.

Seguimos e chegamos ao meio da cidade, onde grande parte do povo do reino estava concentrado, em volta de algo que eu não sabia o que era, passei por algumas pessoas, esbarrei em outras e cheguei a cena que eles presenciaram.

Havia uma linda jovem, de cabelos castanhos e olhos cristalinos como água e que refletiam uma bela luz, ela estava na frente de uma pequena garotinha que tinha as mesmas características que ela. As duas pareciam tão assustadas, trajavam roupas de cores fortes, como os primeiros raios de luz do sol, ou a cor de uma poça de sangue.

-Ladra!- E deu um tapa, quando encarei o homem que fazia isso me decepcionei, era Alfonso.- Vai aprender a nunca mais roubar.- Suspendeu sua mão no ar, para mais um tapa. Eu corri para frente das duas, o impedindo.

-O que pensa que está fazendo?- Indaguei.- Me responda.- Ordenei me aproximando mais dele.

-É uma ladra.- Respondeu de forma rápida tentando se aproximar das duas, mas eu impedi.

-A voz de uma mulher soou no fundo da discussão.- São ciganos,que sejam punidos.- E uma pequena parte comemorou.

-Eu olhei incrédulo para as pessoas ao meu lado.- Querem bater em uma mulher e criança por serem de diferente crença?- Alguns concordaram com a cabeça.- Pensam que são quem? Acha que nosso Deus se agrada?- Alguns começaram a se dispersar da multidão, me virei para as duas e as ajudei a levantar e limpar suas roupas.

-Thomas um senhor que era dono de uma banca de maçãs veio até mim.- Menino ela roubou uma maçã.- Apontou para a pequena menina que se escondeu atrás da jovem.

-Jovem está que se colocou ao meu lado e se pronunciou.- É apenas uma criança com fome, tenha compaixão.

-Agarrou o braço da jovem.- Ciganos ladrões isso que vocês são.- Ela desvencilhou seu braço.- Pague de alguma forma nem que seja com a sua vida!

-Cadê sua nobreza, Thomas? Ela some quando se sente superior?- O provoquei.- Bateria nela novamente, Alfonso? Se acha homem por isso?

-É uma cigana, Christopher.- Tentou explicar, mas demonstrei uma feição curiosa.- Iria matá-la, serviria de exemplo para aqueles ratos do povo dela.- Riu juntamente com Thomas.

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