.one shot

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Johnny Suh era um bobo apaixonado.

Johnny e Taeil se conheceram numa festa universitária bem tarde da noite na casa de Doyoung, amigo em comum entre os dois. E desde que se beijaram pela primeira vez nessa festa, acabou que sempre se esbarravam e aquilo virava convite para uns amassos pelo resto da noite.

O problema começou quando começaram a se encontrar fora das festas, o que nem demorou muito após as duas primeiras ficadas. Johnny e Taeil se esbarravam até demais dentro da faculdade.

Um dia se encontraram na cafeteria, no outro dia Taeil recebeu um convite direto para o apartamento do americano e, mesmo Johnny não acreditando que ele iria, o Moon apareceu com uma sacola de supermercado cheio de besteiras para eles. Foi assim que os dois passaram o restante do dia comendo e assistindo filmes, rindo abraçados no sofá.

E isso se repetiu milhares vezes.

O americano era muito lerdo para perceber que desde o momento que se viram pela primeira vez, estava apaixonado por ele. Foi perceber quando numa festa cheia de caras e garotas interessantes, tinha seus olhos apenas em Taeil. Queria dançar apenas com ele, de preferência as músicas mais lentas e românticas. Na verdade, Johnny sentia ser capaz de dançar até as músicas mais tristes com o coreano.

Mas não era apenas isso.

Johnny adorava receber os carinhos de Taeil, quando este estava morrendo de sono. Ou em alguma ocasião onde ele cantava para si, com uma voz de anjo. E Johnny não suportava o momento de vê-lo ir embora no fim do dia, não queria desfazer o abraço que Taeil recebia tão bem. O americano não podia esquecer ainda de como adorava acordar com ele ao seu lado, ou como sente a falta de Taeil quando toma café sozinho.

Julgava sua mente um pouco distorcida por pensar coisas como essa às 3 horas da manhã, após horas trocando toques e atos carnais com ele.

— Hyung...

Taeil se encontrava com a cabeça apoiada em seu peito, abraçando seu tronco com uma preguiça gostosa de se ver.

— Hm? — Johnny sorriu, gostava de qualquer som que saía da boca dele.

— Ontem, na festa... — o americano fazia carinho no cabelo de Taeil — Eu queria muito dançar com você.

— Você dançou comigo, Johnny — ele proferiu com uma risada suave.

— Eu sei... mas eu queria muito, sabe?

— Johnny... eu não estou te entendendo... — sua fala expressava um pouco de confusão tentando entender seu companheiro.

— É que... tinha muita gente lá ontem...

— Sim, eu me lembro.

— Mas eu só conseguia ver você... — Johnny de repente parou o carinho que fazia, sentindo seu coração bater rápido.

— Johnny, eu... não sei onde você quer chegar com isso...

— Eu... acho que gosto de você, sei lá — para evitar contato visual ele olhava para o teto.

Um silêncio repentinamente tomou conta do local, como se ambos estivessem absortos em meio aos seus próprios pensamentos.

— Você acha? — Taeil indagou, colocando ênfase no fim da pergunta.

— É... eu acho...

E novamente o silêncio retornou, fazendo Johnny repensar e querer voltar no tempo para que não estivesse preso naquele momento. Seu coração batia absurdamente rápido, sentia que poderia passar mal ali mesmo.

— Pois, hm... eu também acho que gosto de você, sabe? — Taeil passava os dedos no peitoral de Johnny, como se fizesse um desenho invisível no local.

— Você acha? — Johnny repetiu a frase do Moon, que soltou uma risada.

— Sim, eu acho.

O silêncio retornou ao local de novo, mas dessa vez não era desconfortável, era como se o ambiente ficasse leve de repente.

Johnny se sentou na cama e Taeil fez o mesmo ao seu lado, olhando para o americano. Eles se encararam por um tempo desse jeito.

— A minha formatura está chegando... — Johnny pronunciou.

— Você vai?

— Eu vou... você iria comigo? — Johnny se aproximou um pouco e Taeil fez o mesmo.

— Se você me convidasse... talvez eu até fosse — o Moon sorriu, chegando mais perto alternando seu olhar entre os olhos castanhos e a boca.

— Você... dançaria comigo? — Johnny sussurrou com os lábios perigosamente perto dos seus.

— Porra, Johnny.

Em um movimento rápido Taeil foi ao colo de Johnny, juntando seus lábios iniciando um ósculo lento porém cheio de paixão por ambas as partes. Os braços do mais alto envolveu a cintura do coreano, que tinha os seus em volta do pescoço do primeiro.

Ficaram um bom tempo desse jeito, apenas os dois em seu próprio mundo.

— Eu gosto de você pra caralho, Moon Taeil — Johnny acariciou seu rosto, olhando cada detalhe de sua face.

— Eu também gosto de você pra caralho — os dois riram, se beijando uma última vez naquele momento.

— Você dançaria comigo na festa de formatura, Taeil? — o americano questionou novamente, fazendo o Moon sorrir.

— Esse é o jeito Johnny de me pedir em namoro?

— Talvez? — o citado sorriu em resposta.

— Então, talvez eu queira dançar agarradinho com você, Johnny Suh.

- fim -

por um acaso já está postada no spirit, pensei várias vezes e por que não postar aqui também?

me inspirei na música slow dance with you da marceline em hora de aventura, quem quiser procurar fique a vontade.

.slow dance with you - johnilOnde histórias criam vida. Descubra agora