Só te olhar, minha pressão fica baixinha...

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OIEEEE, adivinha? Essa fic era pra sair na sexta-feira, depois no sábado e eu não seria boa procrastinadora se não procrastinasse, né naum?
Cá está mais um romancinho água com açúcar, e óia, quando escrevo romance até eu sorrio de tão brega e melosa que fica, mas oushi! Você provavelmente também gosta que eu sei RISOS.
Universo alternativo e logo já trouxe Bruce farmacêutico e apesar de ter visto Viúva negra e estar lindo esse filme (pq não tem essa tag aqui?), Não tem spoiler não que aqui noiz só manda spoiler depois de uns meses.
É isso, boa leitura e cuidado pra mão não pregar com açúcar.
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Era um dia mórbido quando tudo começou a acontecer, porque as melhores coisas em nossas vidas costumam acontecer em dias exatamente assim, parados e calmos. Não que Bruce estivesse reclamando, inclusive amava debater com Tony, amigo de longos anos, sobre o fato de a sociedade moderna valorizar mais e mais fortes emoções vividas em períodos de tempo cada vez menores. Era como querer que um milagre acontecesse a todos os dias, e sinceramente, Bruce não poderia estar mais conformado com a sua situação atual.

Farmacêutico de um grande supermercado, quando falou aos pais que queria ser farmacêutico, sua mãe regojizou por ter a possibilidade de um filho doutor, e tinha tentado inultimente explicar a boa senhora que não era bem aquilo que ela imaginava e a pergunta de seu pai era simples “Dá dinheiro?”. Não fazia por mal, no fundo o lado lógico de Bruce se convencia que no geral, todos os pais ou responsáveis por alguém vão ter a preocupação insistente de querer ver a pessoa bem e não vamos ser hipócritas e dizer que o dinheiro não ajuda em tal estado, o estado de estar bem.

Mas o lado emocional de Bruce tinha problemas com o seu pai, era por isso que rolou os olhos e tinha dito que se virava, como realmente fez por sua vida inteira, se virou para se manter acordado, estudar e viver com a cara colada nos livros e segurar aquele maldito diploma valeu por todo seu esforço. Talvez pensasse em estar em algum local mais glorioso, como todo recém-formando, que tem a esperança de fazer várias descobertas, de fazer um nome. Mentiria se dissesse que ele mesmo de dezenove anos achava que estaria em uma farmácia, em uma loja praticamente vazia e jogando no celular, um daqueles joguinhos bobos, mas que te viciam de tal forma que por vezes há o questionamento em como diabos você acabou por estar na fase cinquenta em apenas uma tarde?

Mas ora, aquela calma estava prestes a mudar, porque afinal de contas, não teria uma história se tudo continuasse naquele ritmo efadonho. Uma ruiva, oh e que ruiva, marchava em passos certeiros e se estivesse em alguma animação, sairia a fumacinha de seu nariz em sua respiração. Ela carregava um papel que era amassado nas mãos e tentava achar as coisas na loja e além de não encontrar, também não encontrava nenhum funcionário da loja, pra completar a sua boa sorte no dia.

-Boa tarde- Bruce saudou enfiando o celular no bolso de qualquer jeito, já que havia uma cliente dentro do recinto, hora de ir para a persona profissional. Sorriu singelamente para a mulher, mas logo percebeu pela expressão facial do rosto da ruiva que ela não iria devolver o gesto.

-É, eu quero um remédio pra dor de cabeça, o mais forte que tiver- O homem assentiu e foi para a pratileira exata que continha a caixinha, até porque remédios comuns eram mais facéis de grudar em sua mente aonde ficavam- E mais uma coisinha, não tem ninguém mais trabalhando nessa loja não? Tá, eu sei que é um esquenta pro feriado que está chegando, mas qual é! Não é possível que todo mundo tenha sumido assim como se tivesse virado poeira.

Então ia ser um daqueles dias em que o cliente estava estressado, ótimo. Aquele era um dos problemas de lidar com o público, ou seja, o público em si. Bruce tinha uma péssima vocação para socializar com as pessoas e ser fechado em seu próprio mundo não ajudava em nada a lidar com a clientela, mas enquanto a ruiva resmungava, balançando o remédio pra todo lado enquanto falava, o farmacêutico conseguiu notar o pequeno papel na mão da mulher.

Hipotensão - BrutashaOnde histórias criam vida. Descubra agora