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— Maya, anda logo! –Naomi, sua melhor amiga, gritou no pé da escada pela terceira vez. — Sua mãe já tá no apartamento.
— Merda. –sussurrou pra si mesma e pegou a última caixa. —'Tô indo já. –disse alto o suficiente para a platinada ouvir.
Desceu as escadas e foi até o lado de fora da casa, entregando a última caixa para o homem que cuidava da mudança, foi em passos rápidos até o carro da platinada, que já a esperava com o mesmo ligado.
— Ela te ligou? –disse assim que entrou no carro e a platinada deu partida, Naomi assentiu com a cabeça.
— Ela falou que te ligou e você não atendeu.
— Tá no silencioso, nem vi. –escorregou no banco enquanto lia as inúmeras mensagens que sua mãe havia mandado perguntando o motivo da demora. Respondeu dizendo que o caminhão da mudança tinha atrasado e que elas já estavam indo.
— Tem festa sábado. Já confirmei e até peguei as pulseiras, estão ai no porta-luvas. –olhava boquiaberta para a platinada que apenas a olhou e sorriu largo, voltando a atenção para a estrada logo após.
— Tá então. –arqueou as sobrancelhas em um movimento rápido e voltou a atenção pro celular, colocando troublemaker-olly murs para tocar em volume médio.
— Sabia que você iria aceitar. –a garota soltou o volante por alguns segundos, levantando os braços em comemoração.
— O volante, Naomi, não solta o volante! –gritou assustada fazendo a mesma perceber o que tinha feito e o segurar, tomando controle do carro novamente.
— Desculpa, nem percebi. –riu sem graça. — Mas sabia que você iria comigo.
— Não tive muita escolha, né.
— Não mesmo. –a platinada sorriu convencida, fazendo-a soltar uma risada nasal. —Essa música outra vez? Pode trocar, anda. –disse assim que percebeu qual música tocava.
— Essa música é perfeita, seu gosto musical que é péssimo.
— Que mentira, mano, meu gosto musical é perfeito. –Naomi olhava para Maya com uma feição indignada.
— Aham. –riu alto e cedeu, trocando a música, agora woman-doja cat tocava em volume médio. — Mas voltando ao assunto dessa festa aí, quem vai?
— Nem sei, a Emma só disse que os amigos do irmão dela com certeza iam. –deu de ombros e virou na rua do prédio que Maya iria morar.
— Você não tinha rolo com um deles? Arun, Tarun, alguma coisa assim.
— Akkun. –ela revirou os olhos. — E sim, eu tinha, mas isso é passado, já faz muito tempo.
— Faz nem dois meses. –a olhou com o cenho franzido, enquanto entravam no estacionamento do prédio.
