Morreu?

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Bianca Andrade acordou do seu sono profundo, ainda perdida e atordoada ela olhou em sua volta e notou não ser o local onde estava. Era uma floresta que era dividida por uma estrada de terra, em seu corpo suas vestimenta também não era as mesmas, agora ela estava coberta por um vestido vermelho levemente rodado e volumoso.

Ela sentia seu corpo maquiado, estava totalmente diferente do que se encontrava em seu último momento lúcido, ao longe conseguiu ouvir o som de cavalos se aproximando, apertou seus olhos e viu somente os vultos luminosos deles, como se fossem fantasmas e eles carregavam uma espécie de carroça sofisticada antiga preta que parou em sua frente abrindo a sua porta quase que automaticamente.

Mesmo perdida e com medo ela decidiu subir e logo encontrou uma imagem bem conhecida.

- Óh meu Deus eu estou delirando- Disse ela colocando uma mão em sua boca- Eu sabia que se eu assistisse Dickinson várias vezes ia ficar louca igual a Emily.

A figura em sua frente riu levemente e negou puxando a fumaça de seu cigarro caseiro.

- Não Bianca, você não está louca, eu que quis aparecer dessa forma, também gostei da série quando você assistia. Enfim, como você já deve desconfiar eu sou a morte, e consequentemente, você morreu.

- Eu morri? Porra, e agora quem vai cuidar da Boca Rosa Beauty? Quem vai cuidar do meu Instagram? E dos meus gatos?- Ela dizia em desespero.

- Calma menina, eu tô aqui para negociar sua volta a vida, já que você morreu antes mesmo do previsto.

Bianca então levantou um olhar surpreso, estava disposta a negociar com seu lado CEO mas desistiu quando lembrou que não se tratava do Wiz Khalifa na sua frente, por mas que a figura seja a mesma, ela se lembrou que negociará com a morte.

- Bom estou disposta a fazer qualquer coisa. - Ela disse empolgada.

- Meu bem disposta a fazer qualquer coisas todos que passam por aqui estão, a questão é se você vai conseguir fazer.

- Eu posso tentar, e eu sempre consigo o que eu quero.

- Claro, vou direto ao ponto, você terá que trabalhar como cupido, basicamente juntar duas pessoas no prazo de dois meses. Caso não consiga eu te levo de vez.

- Olha não me parece tão difícil, eu preciso dos nomes, e queria de uma prova que eu não estou sonhando com isso tudo.

- Bianca, realmente é mais fácil do que você imagina, deve juntar Rafaella Freitas Ferreira de Castro ao grande amor de sua vida. Quanto a prova que você não está louca, quando você acordar vai estar marcada no corpo, uma tatuagem, uma ampulheta na sua mão direita quem conforme o tempo for passando ela sumirá, e somente você poderá ver ela.

- Tá bom, ok... - Ela analisou os detalhes e questionou- E onde eu vou achar essa tal de Rafaella? E com quem eu tenho que juntar ela?

- Me desculpe, eu esqueci de informar- Ele disse risonho- Você já a conhece ela, o nome artístico é Rafa Kalimann. Quanto a quem você tem que juntá-la, você só vai saber na hora    você vai sentir.

A menina então refletiu e se lembrou de Rafaella, realmente a conhecia e sabia que ela odiava Bianca. Uma vez em um jantar com amigos em comum a loira fez questão de ignorá-la, e elas sentaram na mesma mesa.

- Então acho que não vai ser tão fácil se tratando dela, mas vou tentar com todas as minhas forças.

- Eu gosto assim garota, agora venha sente se ao meu lado. Vamos voltar a vida.

Ela então se sentou ao seu lado e deitou a cabeça sobre o seu ombro, adormeceu lentamente e como se tivesse dormido dias acordou novamente. Ao abrir os olhos reparou que estava deitada na maca de um hospital rodada de aparelhos.

Bianca Andrade P.O.V

Olhei ao meu redor e tudo era branco. Notei vários aparelhos ao meu redor mas nenhum estava ligado, era muito estranho já que todos os cabos estavam conectados a mim.

Levantei meu tronco sentando na maca e me lembrei de observar se havia mesmo a tatuagem em minha mão, e ela estava lá como se eu tivesse acabado de fazer, mas eu não sentia nenhuma dor, nada.

Escutei alguém abrir a porta e notei duas enfermeiras que carregavam uma maca de metal, como aquelas usadas em necrotérios. Elas estavam dispersas até seus olhos observarem meu corpo.

- Olá gente, alguém sabe que dia é hoje?- Eu disse simples.

Olhei elas travarem, me olhavam chocadas e uma delas começou a ficar branca quase da cor da parede.

- Moça, tá tudo bem? Parece que você vai desmaiar.

- Você morreu- Ela disse em alto tom quase gritando perplexa.

- Bom eu acho que não né, tô aqui conversando com vocês.

- Deus seja louvado, é um milagre- A outra exclamou.

- Não Gabriela, ela morreu! A gente assinou o certificado de óbito a 5 minutos atrás, é um fantasma!- Ao dizer isso ela simplesmente saiu correndo da sala.

- Não liga para ela, você assustou a gente, achamos que tínhamos realmente te perdido, tentamos tudo e você não respondia.- A Enfermeira disse se aproximando de mim com o estetoscópio para medir meus batimentos.

- Eu fiquei fora muito tempo? O que aconteceu? Não me lembro de nada- Eu disse sincera.

- Você sofreu um grave acidente de carro, achamos estranho pois não apresentava nenhuma fratura, mas você não respondia, seus batimentos ficaram tão fracos, imperceptíveis.

- Então me deram como morta?- Eu questionei perplexa.

- Sim, sua mãe disse para nós que você não queria ser reanimada com choque, só tentamos a massagem cardíaca.

Eu não sei onde estava com a cabeça quando pedi isso para minha mãe, realmente preciso de uma psicóloga urgentemente.

- Eu vou chamar o doutor, e ligar para seus familiares novamente. Acho que dessa vez sua mãe não vai gritar comigo pelo telefone.

Assim que ela saiu eu recordei sobre minha conversa com a morte, ou Wiz Khalifa também, decidi que teria que caçar a Rafa Kalimann de qualquer jeito, me aproximar dela até dar de frente com o homem da vida dela, e então era fácil, juntar os dois.

O grande desafio será, me aproximar de Rafaella...

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Oii gente, então eu terminei minha última fic falando que eu não escreveria mais sobre Rabia.

Eu estava louca, enfim, estou aqui novamente agora com essa nova fic, espero que gostem.

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