chapter 1

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- Por que não esta comendo, filha? - a voz do homem se esticou por toda a sala.

- Estou satisfeita já. - meu olhar caiu sobre meu pai, que vestia ternos caros.

- Quer outra coisa meu amor? Posso pedir para a empregada preparar. - dessa vez, foi minha mãe que falou.

Eu apenas neguei.

- Acho que já irei me deitar. - disse pedindo a permissão para que pudesse sair da mesa.

Mas foi negada, e eu vi aquele olhar de raiva pairar sobre os seus olhos.

- Fique, não é educado sair antes dos mais velhos. - meu pai comentou e eu apenas respirei sorrindo.

- Deixe ela querido, amanhã irá para o estúdio cedo, tenho certeza que está cansada.

Eu iria me opor aquilo, mas não deu muito tempo, uma batida forte foi distribuída na mesa, chamando minha atenção para aquilo, meu pai praticamente socou o móvel. E eu apenas revirei os olhos, iríamos começar com mais uma discussão.

- Você mima demais essa menina, é por isso que ela está ficando tão mal acostumada.

Ouvir aquilo do mais velho me fez apertar com força a taça de água em minhas mãos. Minha mãe apenas permaneceu calada, e ele repetiu:

- Ela está ficando igual você, uma inútil que só gasta meu dinheiro.

Pronto, aquilo foi o ápice, mamãe jogou a taça de vinho em sua roupa, e ele se levantou assustado. Eu vi, quase como uma visão, o que aconteceria em seguida, e pela pressão do que poderia vir, joguei a taça de vidro em minha mão no chão, o barulho foi o acaso para que os dois me olhassem, o estilhaço do vidro bateu um pouco nos meus dedos, dando pequenos cortes ali. Mas eu ignorei a sensação de queimação que se fez na minha pele, enquanto uma empregada chegava para limpar a bagunça. Meu pai me olhou pesado e eu apenas dei de ombros, já mamãe, vi correndo para fora da sala.

Quando meu progenitor abandonou o local, dando uma bronca na empregada eu finalmente pude respirar, o homem não era alguém violento fisicamente, mas mentalmente ele conseguia destruir o psicológico de qualquer um. E mamãe era a única que conseguia enfrentar ele cara a cara, mas por hora, e eu também temia que chegasse um dia, que ele fizesse algo pior do que gritos e ameaças psicológicas.

Todo dia era como um inferno, viver dentro dessa casa.

- Obrigada. - a voz sem graça de minha mãe se fez presente a onde eu estava.

E eu apenas concordei pegando a caixa de primeiros socorros que ela me estendeu.

- Não fiz nada, apenas quebrei uma taça sem querer. - respondi limpando os cortes em minhas mãos, e ela concordou.

Vi ela pegar um casaco pesado ao lado da entrada do hall.

- Irei sair, diga a seu pai que voltarei tarde. - vi pegando a chave de seu conversível azul.

- Vai ver seu amante? - eu perguntei sem olhá-la.

- Vou.


A família Empire era alguém complicada, e eu vivia quase como um boneco de fantoche nela.







[...]






Depois do ocorrido mais cedo, eu fui para o quarto, o jantar estava arruinado e eu não estava afim de olhar para o rosto de meu pai, mas eu sabia muito bem que ele viu minha mãe sair depois daquilo, então evitei encontrá-lo, para não responder perguntas das quais eu não saberia a resposta.

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⏰ Última atualização: Jul 20, 2021 ⏰

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