Beast or Human

Introdução

-Feche tudo Jarvis, já vou ter que ir dormir.

Anthony Stark manda coçando os olhos ao bocejar e andar até a porta automática de sua oficina, estava cansado de trabalhar o dia inteiro e mais um pouco da noite, poderia amar seu trabalho mas sua exaustão vinha, querendo ou não era um ser humano comum.

_Já estava na hora, senhor, são três da manhã...

A porta automática fecha atrás de si, logo desligando todos as ferramentas e aparelhos de dentro do laboratório.

O meio da floresta era calmo o suficiente para poder escutar somente o nada, e como estava com sono não colocaria AC/DC para despertar. Contudo, o maior engenheiro de tecnologia dos EUA mau sabia que por conta disso ouviria grunhidos de um animal raivoso batendo em seu grande portão metálico, arranhando e quase uivando.

-O que é isso, Jarvis?

O moreno questiona andando até uma janela próxima e espiando o lado de fora, encontrando um tipo de lobo meio homem abaixo, pelagem escura mas talvez clara, não sabia exatamente por estar tão escuro quanto o inferno. Stark não estava assustado, muitas coisas poderiam acontecer no meio do nada.

_Um lobisomem, senhor.

-Não brinca.

Diz sarcástico antes de correr não tão desesperado pelo corredor esquerdo da mansão e descer as escadas que ligavam no centro do térreo, atravessando a porta e indo ao lado dela, digita um código em um painel e rapidamente retira uma arma de um suporte que sai da parede, havia programado muita coisa na casa, inclusive aquilo. Com uma pistola carregada de dardos tranquilizantes, Tony corre para o lado esquerdo do muro e abre outra porta, esta sendo pequena, e a atravessa com cuidado. O monstro estava lá, batendo, arranhando e grunhindo para sua porta cravada nos muros de pedra antiga, Howard Stark teria um ataque se visse que aquele monstro estava estragando seus bens.

-Só um...

Sussurra para si mesmo mas que também é escutado pela fera a metros dali, seu coração dispara assim como os dois dardos em direção da pele grossa da besta. Não queria machuca-lo e nem eletrocuta-lo, poderia servir para algo no fim. O efeito sonolento do tranquilizante funciona, porém muito mais devagar que o planejado, tanto que a fera consegue chegar até ele e toca-o com suas enormes mãos com garras e pelos.

-Porra.

Antes de cair ao chão, o bicho com traços de gente o encara com seus olhos humanos, uma íris tão azul quanto o céu de dia e uma compaixão tão grande que beirava ao puro. Cai no chão, fazendo um som abafado de algo pesado espatifando-se na grama.

-Caralho, deu medo agora.

Ri no fim da frase ao passar a mão livre nos cabelos, tentando desacelerar sua respiração e acalmar seu coração eufórico.

O pelo era dourado.

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