Depois de sua aventura para descobrir o responsável pela Linha do Tempo Sagrada com Sylvie e indiretamente causando a criação de infinitas outras Linhas Temporais, Loki vagou por entre dimensões a procura de um propósito: Mobius.
[Loki/Mobius]
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Loki não sabia quanto tempo tinha se passado desde que encontrou o responsável pela Linha do Tempo Sagrada e Sylvie executou sua vingança, e Loki nunca mais viu os dois. Depois de voltar para a TVA e cair em uma outra inexplicável realidade, onde ninguém o conhecia e a TVA era controlada por somente um Guardião do Tempo — o Homem Além do Tempo, Kang —, Loki foi obrigado a correr atrás de um outro objetivo.
A traição de Sylvie ainda ecoava em sua mente e fervia por entre suas veias, deixando um gosto amargo na boca. Sabia que Loki não era alguém confiável, e aquele cenário era quase inevitável — afinal, Sylvie só acreditava em si mesma e mais ninguém —, mas ainda assim machucava pensar nela.
E Loki tinha mudado, de um jeito. Ainda era o Deus do Caos, Mentira e outras bobagens, mas não era o mesmo Loki que deixou Nova Iorque em 2012, obcecado por um poder disfarçado de propósito. Então Loki deveria arranjar um jeito de consertar aquela bagunça, não é? Restaurar a Linha do Tempo Sagrada, ajudar a derrotar Kang ou quem quer que ele fosse. Sacrificar-se pelo bem maior, todo aquele papo de herói.
Acontece que Loki não era um herói. Era egoísta, mesquinho, manipulador, e só queria voltar para sua Linha Temporal e para Mobius, que fosse talvez a única pessoa que ainda acreditava nele, e Loki precisava daquilo. Precisava da confiança e afeição que o outro depositava nele sem pensar duas vezes.
Depois de tudo que tinha passado, Loki só queria conforto. Queria sua realidade de volta, queria Mobius.
Após furtar vários TemPads de diferentes TVAs e encontrar inúmeras variantes em paradoxos temporais em infinitas ramificações, Loki pensou que ficaria louco. Ao viajar por entre dimensões e outras linhas temporais, tinha perdido o conceito de tempo, e não sabia se seus pesadelos eram sonhos ou realidade, e acabou por ficar semanas sem cair no sono, angustiado demais pelo que se passava em sua mente ao fechar os olhos. Às vezes pensava que o vasto infinito do espaço o consumiria, e outras vezes apenas pensava em se infiltrar em um apocalipse qualquer e ficar lá até o sofrimento acabar. Tinha dias (horas? Semanas? Anos?) em que até esquecia o porquê fazia aquilo, qual era o motivo das suas viagens, seu glorioso propósito.
E foi aí que Loki o encontrou. Quando pisou no chão claro da TVA, algo o dizia que dessa vez era diferente, que o sofrimento tinha acabado. Virou um corredor e seus olhos pousaram em Mobius — seu Mobius —, que o encarou como se fosse um velho amigo e chamou seu nome com um sorriso no rosto. Loki o abraçou forte o suficiente para tirá-lo o fôlego e decidiu que não o deixaria ir tão cedo.
— Woah, Loki. — Mobius respondeu com a voz suave e surpresa, a respiração dele roçando seu pescoço e causando arrepios de alívio por sua pele. Loki não ousou quebrar o abraço. — Está tudo bem? O que aconteceu? Nunca pensaria que você ficaria tão feliz em me ver.