[único]

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No relógio batia 2 da manhã, e no sofá, em posição fetal, Jimin chorava, pois não aguentava mais as saídas noturnas de seu marido. Se ele havia saído ás 19h, o que tanto estaria fazendo para não ter chegado em casa ainda? Essas noites passaram a ser rotineiras, e Jimin não aguentava mais sofrer daquele jeito, se Jungkook não lhe amava porque não o deixava?  Um simples ato poderia conter tanta dor, e poupar tantas lágrimas.  

Decidido a acabar aquele ciclo sem fim de sofrimento, ao ouvir a porta fechar jimin levantou, observando aquele homem, se deu conta que era uma pessoa totalmente diferente de quando eles haviam se casado, o mais velho não se arrependia, mas ao ouvir seu nome ser chamado pelo outro se pôs a chorar e com muita dificuldade proferiu duramente:

Me conte lindas mentiras
Olhe na minha cara
Diga que me ama
Ainda que seja for mentira
Porque eu tô pouco me fodendo, de verdade

Você esteve fora a noite inteira
Eu não sei onde você esteve

Você está enrolando todas as suas palavras
Sem fazer nenhum sentido

Mas eu tô pouco me fodendo

Porque eu tenho, realmente, sentimentos por você
Eu ajo como se estivesse pouco me fodendo
Como se eles nem existissem

Eu ajo como se estivesse pouco me fodendo
Porque eu sou medroso pra caralho

E eu não quero perder a pessoa que eu mais amei nos últimos anos, mas você não me da escolha, você não me deixa te amar Jungkook.

-

O recém-chegado continuava parado em frente a porta, dessa vez não houve brecha para suas justificativas fúteis. Ainda com o rosto salgado e respiração descompassada, jimin moveu suas pernas para mais perto de Jungkook, olhou-o nos olhos, e com muita mágoa no coração confessou:

Eu ainda te amo Jungkook.

Observou os traços bem feitos do rosto de seu amado por uma ultima vez e fechou seus olhos, logo abrindo-os e caminhou em direção a porta, deixando Jungkook imóvel e sem reação. Dentro de pouco tempo, a porta foi fechada, causando um alto estrondo, responsável por uma lágrima, que escorria pelo rosto do indivíduo dentro daquele apartamento, agora solitário.

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