Devil Eyes [Castiel - Amor Doce]

Prólogo - Devil Eyes

Oie gente!

O prólogo tende a ser um pouquinho mais parado mesmo, mas é ideal para contextualizar vocês! No decorrer da história as coisas vão se explicando! Continue lendo, os próximos capítulos já estão disponíveis e estão babadoo!

Música do título: Devil Eyes - Hippie Sabotage

Deixe seu comentário 💕 boa leitura!

___________

You've got the devil in your eyes

– Parem vocês dois, agora! – esbravejou a francesa, bufando em seguida. O clima ficou pesado enquanto ela puxava o ar pra soltar suas palavras irritadas – O dia mal começou e eu já não estou mais suportando vocês. – revirou os olhos – E olha que eu os aturo desde criança.

Os rapazes silenciaram. Nathaniel engoliu em seco, não gostava quando Lynn se estressava. Sabia que nesses momentos ela agia por impulso, escolhendo sempre o caminho errado.

– Que eu saiba, você ainda é uma. – rebateu o demônio pouco tempo depois, com um sorriso desafiador nos lábios, os caninos levemente pontiagudos brilharam na luz da manhã. – Ou pelo menos tem a aparência de uma.

– Cala a boca, Castiel! – Lynn respondeu, dando um soco no braço absurdamente musculoso da criatura, arrancando-lhe uma gargalhada debochada. Sabia que era arriscado agir assim com um demônio, mas ela já tinha tanta intimidade que era difícil não agir daquela maneira. Os três eram um só, basicamente.

Nathaniel revirou os olhos com a atitude do rival, não tinha mais paciência para suas jogadas previsíveis. Os dois não se suportavam, era fato. Anjo e demônio não foram feitos para criar empatia um pelo outro, e o máximo que fazia era aturar em respeito à Deus e à missão que haviam lhe ordenado.

Há vinte anos atrás o Arcanjo Miguel ordenou que Nathaniel, o anjo protetor, descesse à Terra em uma missão árdua em nome do Criador. Deveria guiar uma menina especial a seguir o caminho correto. Não, ele não era um anjo da guarda, esse era o papel de Armin na vida de Lynn – porém, tão distraído que era, deixava a menina correr alguns riscos de vez em quando. O loiro angelical tinha o trabalho de guiá-la a fazer boas escolhas, pois no imenso Paraíso ninguém sabia o poder que Lynn possuída, mas ela era muito conhecida tanto no céu, quanto no inferno. Ou melhor, temida. Os Arcanjos só passavam ordens vindas do Pai, que muito misterioso jamais lhe entregava os detalhes.

Castiel recebeu a mesma ordem, mas essa vinda diretamente de Lúcifer. O Senhor das Trevas foi breve, parecia tenso, mas confiava no potencial do demônio, seu braço direito no inferno, sabia que ele era capaz de levar Lynn para o lado errado. Era sua melhor carta na manga, seria difícil Deus ganhar essa batalha.

E lá estavam eles, vinte anos ao lado de Lynn, levando sua consciência à loucura, lutando para convencê-la a ir para um caminho, seja bom ou ruim. Cada um em um lado dos ombros, andando calmamente em direção ao carro da morena, que ia sem muito ânimo para a faculdade.

– Era bem mais fácil lidar com vocês quando eu era pequena. – murmurou, destravando a porta do veículo preto e confortável.

– As responsabilidades aumentam conforme vamos crescendo, Lynn. – Nathaniel respondeu calmamente. Em um piscar de olhos, estava sentado no banco do passageiro.

– E a paciência diminui. – retrucou, ainda irritada. Adorava o anjo, mas definitivamente não era o momento certo para uma lição de moral.

– Por que ele tem que ir ao seu lado? – questionou Castiel ainda fora do carro, indignado, apontando para Nathaniel .