Devil Eyes [Castiel - Amor Doce]

Capítulo 5 - I Feel Like I'm Drowning

Música do título: I Feel Like I'm Drowning - Two Feet

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Lynn girou a chave no contato, sentindo o motor vibrar a lataria do carro. Puxou o cinto, observando os alunos saírem da Anteros Academy. Um sorriso bobo escapou de seus lábios, pensando em como Rosalya, sua melhor amiga, reagiria ao descobrir que a francesa tinha um encontro marcado com seu professor gostosão. Sacou o celular do bolso, discando rapidamente para a platinada deixando a ligação no viva voz.

– Alô?

– Sextou, bebê! – Lynn comemorou animada, olhando atentamente para seu caminho enquanto dirigia.

Rosa riu do outro lado da linha.

– Tudo bem?

– Tudo ótimo amiga! E você, Leigh, como estão?

– Estamos bem. – respondeu serena – A que devo o prazer dessa ligação? – sorriu.

– Tenho novidades. – Lynn não conseguia conter a animação em sua voz – Está livre hoje? Pensei em irmos no Snake Room mais tarde, vi em um cartaz da facul que hoje uma banda local vai tocar lá.

– Crowstorm? Eu ouvi falar que são bons! Vamos sim! – respondeu empolgada – Chamarei o Alexy.

– Perfeito. Vocês vão surtar quando escutarem o que tenho pra dizer. – a francesa sabia que deixaria Rosalya enlouquecida – Até mais tarde, gata. – desligou.

Lynn respirou fundo, encarando o semáforo com a luz vermelha intensa acesa. Sua mente instantaneamente vagou até os olhos furiosos de Castiel mais cedo, tendo a impressão que a qualquer segundo daquela conversa ele pularia no pescoço de Ryan. Queria tanto saber o que havia passado na cabeça do demônio naquele momento. Bufou. Ela estava incomodada com aquilo, o fato de não saber o porquê daquela reação inédita, como se ela tivesse feito algo de errado. Automaticamente, sentiu seu estômago dar um nó, precisava tirar aquilo a limpo.

– Onde vocês estão? – murmurou, acelerando o carro aos poucos.

No segundo em que Lynn piscou, Nathaniel e Castiel apareceram sentados em seu carro, o anjo ao seu lado no banco do passageiro como de costume. A garota bateu o olho no retrovisor interno, indo diretamente de encontro com o olhar sufocante do demônio. Ela engoliu em seco, observando sua feição tensa, a mandíbula seguia cerrada como se o impedisse de dizer algo que não podia. Castiel se corroía por dentro, um sentimento caloroso percorria por suas veias deixando seu corpo em chamas. Ele observava o olhar preocupado de Lynn com ódio, sua mente explodindo com flashes da cena que vira mais cedo, o professor insolente se derretendo no lindo corpo da morena. O demônio podia sentir o tesão do homem naquele auditório, o que fez seu estômago revirar. Ele estava claramente com ciúmes, mas não aceitaria esse fato tão cedo, ou melhor, ele não podia aceitar aquilo, ele não podia sentir nada. Mas, mesmo assim, não conseguia deixar de lado a torturante visão de Lynn saindo com outro cara, transando com outro cara que não fosse o próprio demônio. Ela flertou com aquele maldito professor por meses, por quê sair com ele justamente agora? Essa questão não deixava Castiel em paz.

– Você geralmente não nos chama, aconteceu algo? – perguntou o celestial.

– Não, nada. – voltou sua atenção para as ruas de Paris – Estive pensando no que aconteceu hoje mais cedo... – fez uma pausa, virando o volante – Vocês estão... de boa? – sua voz saiu mais insegura do que gostaria. Ela não se importava muito com a resposta do anjo, pois na realidade já sabia muito bem o que ele iria responder. Ela necessitava, no entanto, da resposta do demônio.