Prólogo

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Durante os meus 17 anos de idade eu percebi que nada que eu fizesse me tornaria "especial",já achei que era especial quando tentei ser dançarina no 6° ano,eu era a melhor,em todos os shows de talentos ou eventos de dança eu era a principal,até que a Keila chegou e fez seu lindo número de dança que aprendeu em sua última aula de ballet,ela era mais linda,mais talentosa que eu e também mais legal,ela era tudo que eu nunca fui,ali eu percebi que não era tão especial assim como dizia na musiquinha da Aline Barros que a diretora do colégio obrigava a gente a cantar todos os dias antes da aula.

Pensei em ser única,mas olhei em volta e me liguei que vivo no Brasil o país é cheio de diversidade e claramente não era a única mestiça da escola,eu era inteligente mas não a ponto de ser uma prodígio igual a Stacy,que ganhou um prêmio de sustentabilidade ambiental júnior com 12 anos sendo a mais jovem a ganhar o prêmio até agora,e ela sentava do meu lado no colégio,tentei competir com ela mas claramente falhei.

Eu parei de fazer exercícios e engordei uns 10kg e do nada muitas garotas me paravam no corredor e falavam "Se ame do seu jeito" ou "Seu padrão de beleza é você" ,nem me passava pela cabeça ser a "feia" da escola ou ser a menos pegável, e mesmo todas as garotas que falavam que era besteira,como minha amiga Gabriela, que era a segunda mais linda e também a mais pegável,mas sempre falava que isso era besteira de garotos.

No nono ano descobri que ela e as 15 primeiras garotas que fizeram as listas,não à culpo até eu me colocaria como mais linda e mais pegável se tivesse a chance.

Essa história é meio que uma confissão de como eu sou invejosa,egoísta e louca.

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