starchildd-: Olá meus amores, espero que gostem! Escrevi de coração, tive ajuda de uma das administradoras, apesar de estar bem insegura com o meu lemon, mas torço para que curtam e gostem do conteúdo.
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Os olhos castanhos, as bolotas que brilham sempre que vê o homem de ombros largos. Olhos que se tornam pequenos e encantadores, seu sorriso parecia brilhar, deixando-o em êxtase, com o corpo entorpecido de serotonina. Seokjin acostumou-se em vê-lo de máscara, tocando-o timidamente em público, indo vê-lo de longe, limitando-se à entrada do hospital de campanha. Sorrindo e acenando, fazendo coraçõezinhos e mandando pequenos bilhetes. Coisas simples, que dão ânimo ao Kim, o motivando a continuar o trabalho exaustivo.
Seokjin o conheceu no hospital em 2009, durante uma maratona de atendimentos. Um pronto atendimento emergencial com dezenas de pessoas na fila de espera. Havia começado cedo, uma equipe de vinte pessoas para lidar com o caos atual existente na cidade.
Foi em uma dessas tardes em que conheceu Namjoon, um paciente com suspeitas do vírus H1N1, também conhecido como gripe suína. O homem alegou ter dores de garganta e febre, falta de apetite, além de ter acordado com dor muscular.
Teimosamente, Namjoon ignorou os sintomas durante alguns dias, temendo pegar um afastamento temporário do trabalho. Esse que foi recente, fazendo apenas duas semanas desde o dia em que começou, exatos quatorze dias. O homem de estatura alta pareceu pequeno aos seus olhos, corado, tossindo levemente, Namjoon temeu receber uma resposta negativa, tornando-se um dos casos positivos dentro do país, desde o primeiro contágio.
Namjoon acorda todos os dias de madrugada, é um homem desatento para certas coisas, sempre esquecendo blusas de frio e o guarda-chuva, não tendo sorte na maioria das vezes, constantemente lidando com dias frios e chuvas imprevistas, fazendo-o chegar molhado e outras vezes voltar para casa, tudo para buscar pertences simples que o impediriam de ficar doente.
Em seus dias de folga, gosta de ver a paisagem, aventurar-se em trilhas e em regiões montanhosas, um verdadeiro amante da natureza, um viciado nas belas visões dadas pelo meio-ambiente.
Naquele dia em questão, após ler seu nome na ficha e analisar os sintomas, passou a torcer para que tudo não passasse de uma gripe comum. Contudo, após observar os olhos castanhos, Seokjin sorriu. Apesar das ações contrárias aos seus pensamentos, sua mente estava um caos, seu coração tornou-se um misto de curiosidade e paixão. Mesmo tendo cuidado dele como se fosse um paciente comum, atendeu o homem com zelo, fazendo o acompanhamento remotamente, especialmente após o resultado do teste. Esse que fez Namjoon suspirar aliviado, levando-o a agradecer o médico responsável por diagnosticá-lo com gripe comum, devido a mudança de clima.
Seokjin riu das expressões felizes, do sorriso estampado no rosto, esse que foi ocultado pela máscara de proteção facial, que cobre nariz e boca. Apesar dos olhos terem se fechado levemente, levantando as bochechas macias e bronzeadas do Kim. O médico sentiu o coração acelerar, seus dedos tremeram diante à beleza masculina, as palavras simples e sinceras, o agradecimento e as palavras doces, essas que o deixaram eufórico.
Mesmo após ver tantos pacientes, o médico ainda se lembra dos cabelos curtos, do boné preto, da regata da mesma cor, a blusa xadrez vermelha amarrada na cintura, calça surrada e o tênis gasto. Havia acabado de sair do trabalho, com os dedos sujos e a mochila jogada em seus ombros. Namjoon estava radiante, agindo amigavelmente, tentando conhecer o homem que o deixou enfeitiçado. Foi amor à terceira olhada, pois na primeira vez que o viu estava com febre, jurou que o homem de jaleco branco era apenas uma alucinação. Na segunda vez estava tossindo, com os olhos lacrimejando e dores na cabeça, foi incapaz de vê-lo corretamente, de prestar atenção no médico que chamou as enfermeiras e gentilmente pediu para que trouxesse um copo de água. Sentou em um dos bancos do corredor, com o corpo curvado para frente, cabeça baixa e os olhos chorosos, com dores devido a tosse constante, ignorando sabiamente o espaço branco, o cheiro de sintetizante colorado, não focando nas luzes claras e no ambiente bem cuidado do Centro Estudantil da cidade, o segundo hospital de campanha aberto após a primeira onda de surtos.
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Rústico
FanfictionNão havia falhas, seu corpo sentia falta do tato áspero, das mãos calejadas e feridas devido ao manuseio de ferramentas. Mãos que o deixam em êxtase. Olhos que o deixam preso, enfeitiçado diante o brilho existente. Em 2009, durante uma epidemia...