Addicting like a drug

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Quando eu percebi meus sentimentos, já era tarde demais; eu já estava viciado em você, minha mente me alertando para sair fora, mas seus lábios me desconcentravam tanto que perdi o rumo. Aos poucos me dominando como uma doença imperceptível e incurável, mas a sensação era tão boa que podia até ser a própria cura. Não consigo mais te tirar da cabeça nem que eu tente e já nem tenho noção do quanto preciso ou do quanto eu ainda quero você.

E toda vez que penso nos seus olhos me observando e me instigando para me trazer mais perto, toda vez que me puxa apenas para que eu sinta seus lábios brilhosos de gloss raspando contra os meus enquanto me hipnotiza com sua voz doce e palavras sujas, quando me segura pelo pescoço como se tivesse força para levar até o final sem sair da pose e pedir para que eu te foda até o amanhecer, eu sinto que estou mais perto do céu somente para que queda seja pior do que a última.

Parece que estou caindo nas profundezas.

Me veja explodir de prazer, não sou tão hipócrita a dizer que não tenho parte nisso, que não desejo cada momento ao seu lado, mesmo sabendo que o depois venha me cobrar.

Como se com meus valores estivessem na palma de sua mão e eles mudam a cada atitude que eu tomo, influenciado pelo seu perfume forte tão próximo de mim a ponto de me deixar tonto. O mundo gira em torno de você e eu não me isento de culpa por fazer parte disso, continuo caindo no prazer de ser movido porque simplesmente não consigo te rejeitar.

Assim como você não consegue me rejeitar também, meu amor.

Então porque não se dá por vencido nunca? Você sabe que eu estou há muito tempo nessa, quase caindo aos seus pés, já engoli meu maldito orgulho várias vezes para poder te ter novamente, então por que não consegue fazer o mesmo? Viciado no amor, eu fui capturado e fica cada vez pior quando você diz que não, mas age ao contrário. Ah, você brinca tanto comigo, Haechan.

Quanto mais eu luto contra esse sentimento, mais o futuro é destruído. Mais ainda do que quando você faz questão de destruir com seu jeito inatingível.

Só não entendo o porquê.

Me dê, amor, o trauma insuportável da rejeição de uma vez ou pare de me enlouquecer com sua lábia e mãos quentes pelo meu corpo. É insano, é viciante, mas está me esgotando.
Me dê seu amor, inalcançável como um troféu, eu adoraria que você deixasse de me ostentar como um brinquedo, mas talvez eu amaria pendurar seu coração na minha prateleira em troca. Não consigo me conter, é mais forte que eu.

Me dê, me dê seu amor.

Batendo forte, um som que infla seu ego. Meu coração bate rápido e você ri como se finalmente tivesse o que queria desde o início. Deixada no passado, a coroa que foi dada a mim eu coloco em você, você merece a péssima imagem que criou. E mesmo assim, não mudo muita coisa.

Eu sinto raiva, sinto que poderia te bater tanto que minhas mãos sangrariam, mas ainda sinto essa sede, mesmo com a língua adocicada com o gosto das bebidas misturadas depois um de beijo, daquele jeito que só você consegue me derreter, essa sede que me faz subir com você para um quarto e continuar com essa palhaçada. Então eu desisto novamente desse jogo, eu deixo você ganhar, eu me ajoelho e mostro que ainda existem limites até que me machuque de verdade.

Porque eu também não sou fácil de quebrar, embora você pareça querer avidamente isso.

Então eu peço que faça barulho, mais alto, porque você é o único para mim e todos eles sabem. Você também sabe.

Estou mirando em você, mas não vou alcançar sempre no alvo, e daí sou um otário. Ah, você está além do meu alcance, Haechan. Você me domina, me deixa paralizado apenas com um sorriso ladino, assim tão fácil. Mas eu já entendi como está jogando, me perseguindo loucamente e me fazendo ir atrás quando tem minha atenção. Enquanto eu tinha tudo o que queria não via problema em perder, mas agora parece que estou perdendo muito mais.

Estou perdendo algo do qual nunca nem tive.

Viciado, estou caindo nessa maldição que é amar você. Mais e mais, só piora e essa sensação queima. Você me mantém viciado, não consigo respirar e quando finalmente me salva de cair totalmente nessa teia de arrependimentos, você se afasta.

Me diga o porquê.

Continua me usando, sustentando esse trauma que não consigo apagar. Mas também me dá mais e mais, me dá mais motivos para ficar, estou ficando tonto.

Não consigo fugir. Não quero fugir. Não quero perder no meu próprio jogo.

Até onde vamos com isso? Continuamos para sempre ou desisto? Porque mesmo depois de colocar as cartas na mesa, você continua armando jogadas para conseguir brincar comigo. Parece um labirinto sem fim, onde em cada esquina eu me divirto um pouco para suportar a dor do caminho até a próxima parada até seu coração, ou até a sua cama.

Amor tóxico, seu amor parece veneno.

Sussurrando feitiços mágicos em meu ouvido como se fosse uma sereia, eu me afogo nas profundezas do seu amor denso. Você diz que não está tentando me machucar, talvez seja verdade. Agora não posso mais desafiar, apenas obedecer.

Olhos brilhando com charme e com atitudes que parecem significativas, você continua carregando meu coração nas mãos. Age como se estivesse sendo sincero, mas também age friamente e me afasta, eu enlouqueço mais um pouco e então você me beija numa balada qualquer.

Estou sem vontade alguma de jogar com o seu leque de cartas, então venha, venha até mim. Vou continuar andando, se vai me acompanhar dessa vez é melhor parar de querer me derrubar.

Me deu o trauma insuportável da dúvida mesmo sabendo desde o início que não conseguiria ficar sem mim. É viciante a dor e eu quero sentir mais dela, desde que você a sinta também.

Me dê, me dê seu amor até você ir embora, Donghyuck, porque essa noite eu quero morrer envenenado com o seu amor, mesmo que você não morra também.

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