Único

1.6K 149 653
                                    

Mais uma vez Katsuki estava passando pelo enorme tapete vermelho daquela igreja. Ele passou a caminhar a passos lentos em direção ao mesmo lugar de sempre, na terceira fileira ao lado direito do altar.

Era domingo, e logo mais a igreja estaria lotada de fiéis, então Bakugou tratou de se acomodar no banco de madeira esperando que a missa começasse.

Ao passo que mais e mais gente chegava, mais o loiro ficava ansioso, a missa logo começaria e isso deixava o rapaz inteiramente nervoso. O sino tocou assim que todos os lugares estavam todos preenchidos, dando o sinal de que iria começar.

Logo o padre alto e magrelo se pôs de frente a todos em cima do altar, Katsuki olhou para o lado e seu coração acelerou assim que viu o prodígio do padre ancião.

Os cabelos esverdeados estavam penteados e com os pequenos cachos perfeitamente enrolados, o rosto levemente corado realçando ainda mais as sardas de seu rosto; a pele pálida estava quase toda escondida pela bata e Bakugou se questionava se a pele por baixo daquela vestimenta, o rapaz possuía aquelas graciosas sardas também.

Afastando os pensamentos impuros para que não ficasse de pau duro no meio de tanta gente, ele abaixou a cabeça e se focar apenas na voz doce e gentil do menor que anunciava agora um versículo qualquer – que Katsuki realmente não fazia questão de ouvir.

E assim, a missa se passou bem mais rápido do que ele gostaria.

[…]

Assim que chegou em casa, Katsuki seguiu para seu quarto, ignorando completamente as perguntas de sua mãe sobre onde estava. Ele retirou a jaqueta e blusa que usava, logo depois retirou as calças e a cueca.

O loiro riu desacreditado assim viu uma pequena mancha branca na cueca preta.

- Sério mesmo? Que merda eu sou? A porra de um adolescente precoce? – ele se perguntou, caminhando até o banheiro de seu quarto, disposto a tomar uma ducha gelada para se aliviar.

Assim que entrou no box e ligou o chuveiro, Bakugou sentiu os músculos de suas costas relaxarem.

Katsuki encostou o braço esquerdo na parede fria e molhada do banheiro e fechou os olhos, sentindo cada vez mais o corpo relaxar com a pressão daquela água fria.

Com os olhos fechados, o loiro não pôde deixar de lembrar do esverdeado. Não era de hoje que ele tinha pensamentos impuros sobre o mais baixo, na verdade, Katsuki nutria sentimentos desde a primeira vez que o viu na igreja.

Naquela época, sua mãe insistia para que frequentasse mais o lugar e como o adolescente rebelde e birrento que era, Bakugou negou, mas aprendeu a ir na marra.

Ele ia para a missa todos os domingos com os seus pais, era entediante, mas foi só ele ver aquele coroinha de fios verdes que tudu mudou. O loiro passou a acompanhar seus pais todas as terças, quintas e domingos - às vezes ele ia até mesmo no encontro de jovens no sábado, apenas para vê-lo.

Não era obsessão, Katsuki se forçava a acreditar nisso todos os dias, mas era só lembrar em como ele ficava corado sempre que era o centro das atenções quando fazia alguma reza, ou lia algum versículo, que o mais alto poderia pensar em várias formas de tê-lo apenas para si.

Definitivamente era obsessão.

Katsuki sorriu ladino, a água que percorria pelo próprio corpo parecia quente e o loiro sorriu mais largo ainda assim que abriu os olhos e viu a ereção gritante que tinha entre as pernas.

- E lá vamos nós de novo... — ele murmurou, descendo a destra pelo abdômen bem definido. Katsuki guiou a mão até seu próprio pau e deu um leve aperto assim que sua mão alcançou a glande rosada e molhada.

Sinner - bakudekuOnde histórias criam vida. Descubra agora