-Não notou nenhuma mudança, funções motoras estão bem? A médica pergunta.-Sim, nenhuma perda de inteligência cognitiva, nenhuma dificuldade para engolir ou falar, mas isso você já sabe. E ele não teve úlcera na córnea, é sério, não tem nada que sugira uma degeneração neural.
-Alguma exposição à luz do sol?
-Não, claro que não.
-Eu vou refazer a prescrição para você dessa vez, mas ele realmente devia vir nessas consultas com você.
-É.. bom, adolescentes são assim, eles morrem de vergonha dos pais.
-Ele tem XP Robert..
- Eu sei muito bem o que ele tem.
-Essa doença não tem cura, e a cada ano o risco se torna cada vez mais alto pra ele, então, se ele for exposto a uma quantidade mínima que seja..
- Ele não será. - Robert a interrompeu.
- Ele já chegou naquela idade que…
A interrompeu novamente.
- Ele não será, eu garanto. - Ela assentiu e ficaram uns minutos em silêncio até Robert quebrar ele fazendo uma pergunta. - Alguma notícia da pesquisa da Universidade de Washington?
- Eu mandei o nome do Alec para os testes da segunda fase, isso se eles chegarem até lá. Eu não teria muita esperança, como anda o incentivo à pesquisa é difícil custear um estudo de uma doença que atinge uma pessoa em um milhão. - Ela fala ao lhe entregar a prescrição.
-Sorte a nossa então. - A médica olha sem entender. - Porque Alec é um entre um milhão..
********
-Um funeral de um gato? Will Gargalhou
-Não fala isso em voz alta. - Alec enterrou sua cabeça no travesseiro.
Estava com vergonha, se sentia ridículo e patético e nem acreditava nas próprias palavras que saíram da sua boca.
- Eu já ouvi dizer por aí que bichos mortos são ótimos afrodisíacos. - Will continuou rindo
-Will. - Resmungou. - O que eu deveria ter dito?
-Qualquer combinação de palavras da língua portuguesa.
-Ah sim, tipo, "Oi meu nome é Alec Lightwood e eu fico olhando você da minha janela há quase 10 anos e eu sou apaixonado por você e vigio você todos os dias da minha vida?"
-Nossa, para de ser dramático..
-Ou, "Oi você deve se lembrar de mim do Jardim de infância, quando todos me chamavam de vampiro."
-Ninguém lembra mais disso.. - afirmou ao amigo.
-Ai Will, o que eu faço? - Alec bufa frustrado.
-Olha, foi ruim mas a gente conserta.
-Eu sou tão burro e ridículo..
-Pelo menos você tem chocolate. - Falou enquanto pegava uma barra de chocolate que estava na cama.
Alec revira os olhos e pega seu violão.
-Você compensa da próxima vez. - Will tentou animá-lo.
-Não vai ter próxima vez nenhuma.
-Você não sabe disso.
-Ah eu sei sim.
-Isso é bom, é isso que a Taylor Swift faz, ela é meio esquisita com os caras e escreve músicas incríveis sobre isso. - Falou de repente e Alec o encara no mesmo instante. Ele para de tocar e se levanta depressa.
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Sol da Meia Noite
FanfictionAlec é um jovem de 18 anos que vive protegido dentro de sua casa desde a infância. Confinado no local durante os dias, ele possui uma rara doença que faz com que a menor quantidade de luz solar seja mortal. A vida inteira Alec foi apaixonado por Ma...