Incubus

1. Goodbye London.

  As ruas londrinas se encontravam ensopadas pelo longo temporal que tiverá ocorrido na madrugada, crianças corriam pelas poças de água, a senhora Nulermann vez ou outra aparecia na janela reclamando com essas mesmas crianças. Radleigh logo chegaria para me levar de volta ao meu antigo lar. Eu aguardava sua chegada na porta da casa da senhora Nulerman até que ela apareceu na porta para tirar o pô do tapete velho que estaria juntando ácaro durante todo esse tempo em que estive aqui.

- Não vai querer levar algo para o caminho querida?-  dizia-me enquanto batia no tapete, imediatamente me causando uma crise de espirros.

- Não, Não! Ele já está chegando, Veja.- apontei para o antigo Mini Cooper preto que se aproximava do asfalto expulsando as crianças estericas que estavam à porta para longe. Entrei no carro do senhor Radleigh e o mesmo me analisava pelo retrovisor, minhas roupas, feições, talvez me achasse um pouco mais feia agora desde quando cheguei aqui.

- A senhorita mudou senhorita Park, ainda me lembro da garotinha sorrateira que me chutará por não quere ter vindo até aqui, veja só, agora já está indo embora! O tempo passou rápido não foi?

  Não o respondi, olhei para a janela enquanto via o mesmo se afastando mais e mais da casa da senhora Nulerman e das crianças barulhentas. O Centro londrino era até bonito de olhar, todo aquele toque meio antigo das ruas, lojas, faixadas, rodovias, tudo isso me pareceria encantador se eu tivesse vindo aqui há um passeio, mas desde que meu pai tiverá falecido em um acidente da qual nem eu mesma sei direito como aconteceu, sempre tiverá sido um mistério a causa de sua morte, o encontraram na mesa em seu escritório tão sereno como se estivesse dormindo, Agna, minha professora de piano o encontrará horas mais tarde em seu escritório após a minha aula como fazia todo dia. Depois disso a minha guarda foi para a minha tia, até que eu chegasse a maior idade e podesse voltar para o meu lar em Bussan e seria muito bom se não fosse trágico. A minha tia era uma velha gagá que estava de cama a muitos dias quando eu cheguei, ela delirava em febre e tossia muito, mais tarde descobri que a mesma tiverá morrido de tuberculose, através das paredes é claro, eu ouvi uma certa vez a senhora Nulermann a única filha de minha tia e a pessoa mais hostil que já conheci falar ao telefone com alguém enquanto a mesma fungava um pouco, foi a primeira e a última vez que à vi chorando e desde então sempre aguardei pelo momento em que não a veria mais, não vêria mais aquelas ruas, aquelas cores, aqueles rostos comuns, não ouviria mais aquele irritante sotaque sulista, nunca tiverá me acostumado à ter vivido um tempo por aqui, o tempo me fez criar rancor por Londres e eu estava pela primeira desde que cheguei, contente por ter que sair daqui.
  Radleigh me deixou no aeroporto e seguiu de volta até a casa da senhora Nulermann para avisa-lá que já havia me deixado em meu destino. Me sentei em um dos bancos de corino azul enquanto esperava anunciarem os vôos para Bussan e eu espararia a minha vida toda se precisasse por este vôo para poder voltar para casa, eu pensava que talvez nada tivesse mudado tanto desde a última vez que vi. Pensar em casa foi o meu conforto durante esses nove anos, penso se Agna estará ainda lá esperando por mim, se estará como eu havia à deixado, tinha que estar, ela não era nenhuma jovem mulher naquela época.

"Vôo destino à Bussan,16:05"

  Caminhei até um amontoado de pessoas, estava ansiosa, muitos tinham suas feições estrangeiras, suponho que sejam só alguns britânicos querendo dar uma fugindinha dessa terra sem graça deles. Pensando agora um pouco mais eu nunca mais vêria a impertinente da senhora Nulermann e suas crianças medíocres, nunca mais em hipótese alguma voltaria para essa terra insossa de britânicos, minha verdadeira vida estava lá à milhas de mim, em um pedaço distante no mundo. O que eu diria a Agna quando chegasse lá, o que eu lhe contaria sobre o tempo em que passei aqui não importaria, as únicas notícias que realmente me importariam contar seriam sobre o meu lar em Bussan e em como colocarei um fim no caso de assassinato do meu pai, afinal o caso não foi solucionado pois nunca encotraram o mostro que tiverá matado uma pessoa tão boa e deixado uma criança orfã, ele não deixou nem um vestígio. Nada disso faria sentindo para mim se eu não tivesse aguentado todos esses anos para isso, e agora eu o faria.

- Delegacia de Polícia de Bussan, quem fala?

-Oi aqui quem fala é a Park Roseanne e eu gostaria de reabrir um caso de assassinato que aconteceu por volta do ano de 2006.

-Ah sim, o caso do senhor Park, a senhorita esperaria só um segundo? Ah encontrei, a senhorita terá que vir aqui assim que possível para assinar uns papéis para a reabertura do caso 2266-7 senhorita Park.

- Ok, eu estou em um vôo para aí agora, obrigada.-Ok, eu estou em um vôo para aí agora, obrigada.
 
  Desliguei o telefone pois já me encontrava no avião, e uma moça americana esterica avisava em um tom autoritário para que todos desligassem seus celulares, eu achava que isso normalmente deveria acontecer um tempo depois durante a viajem e não assim que a gente entra mas mesmo assim eu desliguei, não iria criar confusão agora que finalmente estava saíndo de Londres.

- A senhora poderia me deixar sentar nesse lugar?
Olhei de soslaio para o rapaz a minha frente que aparentava ter a minha idade e havia me chamado de "senhora" e sorri.

- Não!
Observei a carranca que ele fez ao ouvir minha resposta e ri.

- Se quiser, tem um lugar vago bem alí.
Apontei para um lugar vazio na janela duas poltronas depois da minha ao lado de um homem gordo suado que devorava uma batata cheetos como se fosse o último alimento na terra.

- Não, obrigado, ficarei bem aqui mesmo.

  Acho estranho a forma nada ríspida como a que fui tratada e penso que poderia implicar mais um pouco com ele mas não o faço, ao invés disso decido dormir, ainda haveriam muitas horas ao lado deste desconhecido e precisarei guardar minhas energias para o trabalho.

Iaê meu povo, peço encarecidamente que vocês divulguem e compartilhem a fanfic com seus amigos, sabe, me motivaria muito ter mais leitores. Aprecio o gosto de vocês ;)